a cultura da cana

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  • A CULTURA DA

    CANA-DE-ACAR

    DSc. Anna Christina Sanazrio de Oliveira

  • Utilizao da cana-de-acarAlimentao Humana

    Rapadura

    Acar mascavo

    Aguardente (cachaa)

    In Natura

  • Utilizao da cana-de-acar

    Alimentao animal

    Suplementao volumosa (alimento rico em fibra)

    Menor produo das pastagens (perodos de seca)

  • - vivel por ser uma planta de fcil cultivo;

    - Exigir poucos tratos culturais;

    - No exigir nenhuma prtica de conservao de

    forragem;

    - poca de colheita coincidir com o perodo de

    seca;

    - Ser bem consumida pelo gado (acima de 45

    quilos por animal por dia).

    Vantagens:

    Utilizao da cana-de-acar

    Alimentao animal

  • 253 de acar e lcool.

    O setor sucroalcooleiro

    437 unidades produtoras

    168 produtoras de lcool 16 produtoras de acar

  • Bioeletricidade

    Alimentao animal (in natura e hidropnica)

    produo de celulose

    Adubao de plantio ou de

    soqueiras

    Adubao de soqueira

  • Alimentao Animal

    Cana-de-acar + 1% uria - superior a 23 kg/vaca/dia (manh e tarde)

    12Kg de leite

  • Morfologia

    Perene, ereta, formando touceiras

    Parte area

    formada por colmos, folhas e inflorescncias

    Subterrnea

    razes e rizomas

  • Sementes de cana-de-acar em processo de germinao

  • - Ns e entrens;

    - Cada n - uma gema;

    - Gemas dispostas

    alternadamente;

    - Protegida pela bainha

    foliar;

    - Cicatriz foliar local onde

    se inseriam as folhas.

    Colmo

  • Detalhe do ndio apresentando lbio na cicatriz foliar

  • Formato do entren

  • Tipos de gemas

  • Perfilhamento

    Cada gema

    Colmo primrio Colmos secundrios

    Colmos terciriostouceiras

    Tolete - 2 a 4 ns

  • Perfilhamento afetado por:

    - Luz,

    - Temperatura,

    - gua e nutrientes,

    - Espaamento entre linhas,

    - Profundidade de plantio,

    - Doenas e pragas,

    - poca de plantio.

    No Brasil plantio de 6 a 12 gemas/m 15 colmos

    (cada gema origina 1 a 2 colmos/gema)

  • Folha

    Constituda de lmina foliar, bainha e colar

    Pode se apresentar com os seguintes

    aspectos:

    - Ereta at o topo;

    - Dobrada ou curvada prximo ao topo;

    - Curvada em sua altura mdia.

  • Pancula ou Inflorescncia da cana-de-acar (Seta)

  • - Planta tipicamente tropical (clima quente e mido)

    - Temperatura de 16 a 33C

    - Precipitao pluviomtrica > 1.000 mm bem distribudos

    Exigncias Agroclimticas da Cana

    DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO: PERODO QUENTE E CHUVOSO

    ENRIQUECIMENTO EM ACAR: PERODO FRIO E SECO

  • Cana de ano

    Plantio (SET OUT)Calor e chuvas

    7 meses de desenvolvimento

    vegetativo

    Frio e seca

    4 a 6 meses MATURAO (AGO- OUT)

  • Cana de ano e meio

    Plantio (FEV - MAR)Calor e chuvas

    2 a 3 meses de desenvolvimento

    vegetativo

    Frio e seca

    SEM MATURAO (paralisao do

    desenvolvimento)

    Calor e chuvas

    2 a 3 meses de desenvolvimento

    vegetativo

    Frio e seca

    4 a 6 meses MATURAO (AGO- OUT)

  • Quando se tem grandes reas para plantio, uma segunda

    poca de plantio facilita o gerenciamento e otimiza a

    utilizao de mquinas e de mo-de-obra, que ficam

    subdivididas entre o perodo de plantio de cana de ano e

    meio e cana de ano.

    Vantagem da cana de ano

  • Menor produtividade que a cana de 18 meses - 7 ou 8

    meses de crescimento efetivo (um vero);

    O preparo do solo para o plantio pode ser dificultado -

    pouco tempo para o preparo

    (Ex.: incorporao do calcrio e de outros corretivos)

    Desvantagens da cana de ano

  • A escolha de mudas sadias tem influncia durante

    todo o ciclo - os talhes so renovados aps cinco ou

    mais anos.

    Mudas sadias, livres de pragas e doenas.

    Mudas

  • Programas de melhoramento gentico brasileiros tmconseguido lanar materiais resistentes ou bastantetolerantes s principais doenas.

    O tratamento trmico (custo bastante acessvel) - pode serfeito em mini toletes ou em gemas isoladas - controlar oraquitismo-da-soqueira.

    Submisso dos colmos a 50,5 C, por 2 horas

    Tratamento trmico da cana

  • O material a ser reproduzido deve retirado da touceira apenasquebrando as mudas, sem o uso de ferramentas - evitar uma eventualcontaminao;

    Cada colmo deve apresentar cerca de 5 gemas viveis.

    O plantio deve ser realizado em sulcos com o espaamento usual.

    Deve haver um espaamento nas linhas, entre as mudas, deaproximadamente 70 cm.

    O material retirado do viveiro multiplicador primrio poder serplantado em outra rea - multiplicador secundrio - e, assim,sucessivamente.

    Viveiro multiplicador

    Para formao do viveiro;

  • Viveiro primrio 1 ha

    Viveiro secundrio 10 ha

    12 meses 12 meses

    Lavoura comercial 100 ha

    Soca de viveiro primrio 1 ha

    Lavoura comercial 10 ha

  • Produo de mudas sem mistura.

    Havendo o crescimento de mudas de diferentes variedades,

    aquelas que no se enquadram nos objetivos da empresa

    devem ser descartadas, pois elas podero ser fonte de

    inculo de doenas.

    Devem ser evitados os brotos de touceiras mal arrancadas.

    Objetivo do viveiro

  • reas de boa fertilidade natural com possibilidade de irrigao

    Local isento de doenas, pragas e plantas daninhas

    Prximo ao plantio definitivo

    Evitar o uso de herbicidas principalmente se mudas de cultura detecidos

    Fazer inspees peridicas e "roguing" (arranquio de touceiras comsintomas de carvo, escaldadura ou mistura varietal)

    Aos 12 meses fazer o plantio de viveiro secundario (tx de 1:10)tomando-se o cuidado de desinfetar os facoes, para o corte de mudas,com soluo de creolina a 5%.

    Recomendaes para formao de viveiros

  • Plantio ano e meio

    Relao 3:10

    Mudas com 6 meses,

    com menor custo

    Sem carregamento e

    transporte

    > Vigor

    Sistema de produo de mudas Meiosi

    (Mtodo Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente)

    Set Out (plantio)

    Mar Abr (colheita- plantio)

    Cultura intercalar

  • Culturas com ciclo compatvel

    Leguminosas soja amendoim feijo Crotalaria juncea

    (destaque)

    43% reduo de custos

  • AB

  • PLANTIO E TRATOS CULTURAIS

    DA CANA-DE-ACCAR

  • Solos para cana:

    Ideais - profundos, pesados, bem estruturados,

    frteis e com boa capacidade de reteno;

    Cerrados - arenosos e menos frteis (rusticidade).

    - Declividade de 8 a 12% - depende se mecanizado

    ou semi.

  • Preparo do solo:

    - Primeiro plantio de cana:

    - Preparo antecipado - arao profunda (destruio,

    incorporao e decomposio dos restos culturais),

    gradagem (complemento da arao) e subsolagem

    (se existir camada impermevel 20 a 50 cm).

    - Preparo s vsperas gradagem e eliminao de

    plantas daninhas.

  • - Terreno j ocupado com cana:

    - arao rasa (15 a 20 cm) para destruir da soqueira

    aps a colheita seguida de gradagem leve ou pesada,

    enxada rotativa ou uso de herbicida;

    - caso compactao subsolagem;

    - mais gradagem (destorroamento).

  • - Plantio Direto:

    - Atualmente esta tcnica esta sendo implementada

    na cultura da cana-de-acar, principalmente com

    mquinas plantadoras especiais.

  • - Anlise de solo:

    - Calagem (Calcrio):

    Elevar a saturao por bases a 60%.

    A poca mais indicada para aplicao do calcrio vaidesde o ltimo corte da cana, durante a reforma docanavial, at antes da ltima gradagem de preparodo terreno.

  • - Adubao

    - Cana planta:

    - aplicao no sulco de plantio;

    - 30 a 60 kg/ha de N, em cobertura, durante o

    ms de abril;

    - em solo arenoso dividir a cobertura, aplicando

    metade do N em abril e a outra metade em set out;

    - adubaes pesadas de K2O devem ser

    parceladas, colocando no sulco de plantio at 100

    kg/ha e o restante juntamente com o N em cobertura,

    durante o ms de abril.

  • - Cana soca:

    - deve ser feita durante os primeiros tratos

    culturais, em ambos os lados da linha de cana;

    quando aplicada superficialmente, deve ser bem

    misturada com a terra ou alocada at a profundidade

    de 15 cm.

  • Uso de Resduos da Agroindstria Canavieira:

    - Pode-se substituir a adubao qumica das socas

    pela aplicao de vinhaa;

    - A torta de filtro (mida) pode ser aplicada em rea

    total (80-100 t/ha), em pr-plantio, no sulco de plantio

    (15-30 t/ha) ou nas entrelinhas (40-50 t/ha). Metade

    do fsforo a contido pode ser deduzido da adubao

    fosfatada recomendada

  • Espaamento e profundidade de plantio:

    O espaamento entre os sulcos de plantio de 0,7 a

    1,40 m, sua profundidade de 20 a 25 cm.

  • Plantio:

    - colmos so colocados no fundo do

    sulco, sempre cruzando a ponta do

    colmo anterior com o p do seguinte

    e picados, com podo, em toletes de

    aproximadamente de 2 a 4 gemas.

    - densidade do plantio em torno de

    12 gemas por metro linear de sulco

    (gasto de 7-10 toneladas por ha).

    - os toletes so cobertos com uma

    camada de terra de 7 cm

    (ligeiramente compactada).

  • Plantas daninhas:

    - Perodo crtico emergncia a 90 dias

    - Herbicidas - pr-emergncia (aps o plantio e em

    rea total)

    - Capina e catao manual at fechamento da

    lavoura.

  • MATURADORES QUMICOS

    - Produtos com a propriedade de paralisar odesenvolvimento da cana induzindo a translocao eo armazenamento dos acares.

    - Produtos comerciais utilizados como maturadores:Ethepon, Polaris, Paraquat, Diquat, Glifosato eModdus.

    - O uso desses produtos, pode representar acrscimossuperiores a 10% no teor de sacarose.

  • COLHEITA Uma colheita apropriada deve garantir:

    Colher a cana no pico da maturidade ;

    Cortar a cana a um nvel prximo ao solo para que interndios de baixo, ricos em acar, sejam colhidos;

    Poda na altura certa para que os interndios imaturos superiores sejam eliminados

    Limpeza apropriada da cana para remover folhas, cinzas, razes etc.

    Entrega rpida da cana colhida para a usina.

  • Mtodos para se determinar a poca certa da

    colheita de cana:

    - Idade do cultivo - baseada na idade das plantas

    (agricultores que plantam uma variedade em

    particular);

    - Sintomas visuais - amarelamento e ressecamento

    das folhas, som metlico das canas maduras quando

    batidas, aparncia de acar cristal brilhando

    quando a cana madura cortada de forma inclinada

    e segurada contra o sol

  • - Parmetros de qualidade - Brix

    IM = Brix da ponta do colmo

    -----------------------------------

    Brix da base do colmo

  • Sistemas de colheita

    Manual

    Semi-mecanizada

    Mecanizada

    Operaes

    1. Corte

    2. Carregamento

    3. Transporte

  • Corte manual

    Rendimento do corte manual

    - cana crua: 2 a 2,5 t/homem/dia

    - cana queimada: 6 a 13 t/homem/dia (centro-sul)

    5 a 7 t/homem/dia (nordeste e leste)

  • COLHEITA SEMI-MECANIZADA

  • Carregadorasgarra

    empurrador

    acoplada no chassi do trator

  • Empurradores de carregadoras

  • Classificao das colhedoras quanto ao tipo dematria prima fornecida

    - colhedoras para cana inteira - rendimento de20 t/hora

    - colhedoras para cana picada - rendimento de15 a 20 t/hora.

    COLHEITA MECANIZADA

  • Colhedora de cana inteira

    Cortar e enleirar

    Cortar e amontoar

    Cortar

  • Colhedora de cana inteira

  • Colhedora de cana inteira

    Vantagens

    -os colmos colhidos no se deterioram to rapidamente quanto ospicados, podendo ser estocados por perodos mais longos e noprecisam de depsitos especiais.

    Desvantagem

    -necessidade de utilizao de gruas, para pegar o materialdepositado no terreno, favorecendo a incorporao de matriaestranha.

  • Colhedora de cana picada

    Vantagens- eliminar o uso de carregadoras- eficincia na limpeza

  • Colhedora de cana picada

  • Utilizao do fogo em cultura de cana-de-acar

  • MOTIVOS DA QUEIMA NA COLHEITA MANUAL

    Segurana do trabalhador;

    Rendimento do corte;

    Eliminao de impurezas.

  • MOTIVOS DA QUEIMA NA COLHEITA MECNICA

    Eliminao de impurezas;

    Rendimento;

    Perdas.

  • DESVANTAGENS DA QUEIMA

    O fogo conduz exsudao da gua e acares,

    predispondo os colmos deteriorao microbiana;

    As folhas e bainhas secas e parcialmente verdes

    que so eliminadas pelo fogo poderiam ser utilizadas

    como cobertura morta, incorporada ao solo ou at

    mesmo como fonte energtica;

    Os produtos da queima (gases e partculas) podem

    atingir cidades e populaes.

  • Notcias

    - Reduo do uso de fogo em 65,2% dos canaviais

    de SP em 2012

    - Um protocolo assinado entre as usinas e a

    Secretaria do Meio Ambiente de SP prev o fim da

    queima nas reas mecanizveis at o final de 2014 e

    nas demais reas, at 2017

  • DOENAS

  • Broca da cana-de-acar

    (Diatrea sacchralis)

    - Principal praga

    Prejuzos diretos causados pela

    abertura de galerias:

    - perda de peso e morte das gemas;

    - tombamento pelo vento, se as

    galerias forem transversais ;

    - morte da gema apical, conhecido

    como corao morto;

    - enraizamento areo e brotaes

    laterais.

    PRAGAS

  • - Controle biolgico - Vespa Cotesia flavipes - tem a capacidade de

    localizar as lagartas atravs de substncias presentes nas fezes das

    lagartas.

  • Lagarta mede palmos

    (Mocis latipes)

    - Alimentam-se da parte mais

    mole das folhas e ficam na face

    inferior, o que torna difcil sua

    visualizao.

    - Controle biolgico fungo

    entomopatognico

    (Metarhizium anisopliae)

  • Lagarta-do-cartucho(Spodoptera frugiperda)

    - Ataca as folhas at sua completadestruio. Aps 30 dias, a larva medecerca de cinco centmetros decomprimento, com colorao cinza-escuro a marrom e uma faixa dorsalcom pontos pretos.

    - Nesta espcie, muito comum ocanibalismo, quando as lagartas estoagrupadas.

    - No fim do perodo larval, a lagartapenetra no solo, onde se transforma empupa. Na fase adulta uma mariposade asas anteriores pardo-escuras easas posteriores cinza-claras.

  • Controle biolgico

    - Tesourinha (Doru luteipes) - um predador natural

    que ataca a lagarta;

    - Vespas, Trichogramma spp. e Telenomus sp., que

    so parasitides de ovos que colocam seus ovos no

    interior dos ovos da praga;

    - Vespas, Chelonus insularis e Campoletis flavicincta,

    que so parasitides de lagartas pequenas que pem

    seus ovos no interior das lagartas.

  • Cigarrinha-da-raiz (Mahanarva fimbriolata)

    - Encontrada, praticamente, em todas asregies canavieiras do Brasil.

    - Em SP tornou-se uma pragarelevante, com o aumento das reas decolheita de cana crua. Nesse sistema decolheita, o acmulo de palha contribuipara manter a umidade do solo, o quefavorece o aumento da populao desseinseto.

    - A queima contribui com a destruio departe dos ovos depositados no solo e napalhada.

    - Sua infestao identificada pelapresena de uma espuma esbranquiadasemelhante espuma de sabo, na baseda touceira.

  • - Controle biolgico - fungo-verde (Metarhizium

    anisopliae) atinge ovos e adultos

    - Controle qumico

    - Controle cultural - palhada

  • OBRIGADA!!!