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 Nitya Dharma

 A eterna função da alma

Krishna (Hari), ele toca sua flauta e assim rouba os corações de

todos.

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 Srila Bhaktivedanta Narayan Maharaj 

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 Srila Bhaktivedanta Swami Maharaj 

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 Srila Bhakti Prajnana Keshava Goswami Maharaj 

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 Srila Bhaktissidhanta Sarasvati Goswami Thakura

 Prabhupada

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 Sobre o autor 

Srila Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj nasceu em

Bihar (Índia), perto das margens do rio Ganges em 1921. Ainda jovem, renunciou a vida familiar e se rendeu completamente aos pésde lótus do seu mestre espiritual e ao serviço á Deus. Assim, eleaprendeu os profundos segredos do conhecimento espiritual.

Ele ensinou este profundo conhecimento transcendental por toda

Índia por mais de 40 anos, e em 1996 ele iniciou sua pregação nos países ocidentais, transmitindo assim a sublime mensagem espiritual para todas as almas do mundo.

Ele traduziu mais de trinta livros sagrados, do Sanscrito e Bengali para o Hindi tradicional, iluminando-os também com seus próprioscomentários.

Ele é o maior expoente da ancestral sabedoria Védica nesta era, e aele foi dado o título de “Yuga Acharya” (O mestre espiritual destaera) devido a sua profunda realização e erudição transcendental.

Em uma avançada idade (88 anos atualmente), seu único interesseem viajar pelo globo, é o de despertar a latente consciência espiritualde quem se aproxima dele. Por sua misericórdia sem causa e seu

inconcebível poder espiritual, ele vem iluminando as almascondicionadas do mundo material, acerca da sua real identidade,dando à elas a visão divina do plano transcendental. Assim, ele estádistribuindo a maior forma de amor a Deus por todo mundo.

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 Prefácio

 Este livro consta de palestras proferidas pelo mais proeminente líder 

espiritual da Índia e um expoente do Conhecimento Védico nesta era.Srila Bhaktivedanta Narayana Goswami Maharaja apresenta aqui,aspectos importantes encontrados no livro Jaiva Dharma de SrilaBhaktivinoda Thakur, que também é um proeminente mestreespiritual que viveu no século 19.

Nestas palestras, Narayan Maharaj explica brevemente a naturezada alma, a eterna ocupação da alma, a religião temporária, os deveresocupacionais praticados neste mundo, o objetivo supremo de todas asentidades vivas, e o mais importante, o processo para atingir esteobjetivo. Ele expõe como evidência, muitos diferentes textos dasescrituras sagradas (Vedas), e muito espertamente extrai a essênciade todo este conhecimento.

Esta leitura foi dada em Nova Déli no idioma nativo, o Hindi. Foi  publicada primeiramente em Hindi na revista Bhagavat-Patrika edepois traduzida para o inglês e publicada na revista Rays of Harmonist, na edição do Gaura Purnima de 2003. Ele foi adaptadocuidadosamente visando facilitar os leitores que são novos nagramática Sanscrita e na linha Vaishnava.

Eu oro também a meu Divino Mestre, Om Visnupad ParamahamsaParivrajakacarya Astottarasata Sri Srimad Srila Bhaktivedanta Narayan Goswami Maharaj, para que ele fique satisfeito com meuintento de distribuir seus ensinamentos pelo mundo, e que ele meilumine e me ajude a alcançar a eterna função da alma.

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 A história de Indra e Virochan

As palavras sânscrita nitya-dharma (eterna, intrínsica funçãoreligiosa) automaticamente pressupõe um praticante desta função.Isto é devido a inseparável conexão entre a função religiosa por si sóe o praticante. Temos o exemplo da inseparável relação entre a águae a liquidez ou entre o fogo e o calor.

Antes de considerar a não nascida religião, ou a inerente obrigaçãoocupacional de toda entidade viva, é essencial primeiramente refletir sobre a verdade fundamental das entidades vivas. Assim, vamosconsiderar primeiro qual é esta verdade “Eu”.

O Chandogya Upanishad narra a história do semi-deus Indra eVirochan pela qual o princípio fundamental da alma pode ser compreendido.

No começo da era dourada, milhões de anos atrás, o universointeiro foi dividido em dois grupos. Os semi-deuses e os demônios. Olíder dos demônios era o Rei Virochan e dos semi-deuses era o ReiIndra. Eles disputavam para conseguir felicidade e desfrute semigual. Então, com uma postura invejosa e rancorosa um com o outro,eles aproximaram do pai do universo, Brahma, e perguntaram a elecomo poderiam satisfazer seus desejos.

Brahma disse: “Uma pessoa pode facilmente obter todo desfrutedisponível em todos os mundos e pode satisfazer todos os desejosquando ela conhece a alma. Esta alma é livre de pecados, velhice,morte, lamentação, ira, e desejo, e ela é  satya-sankalpa, isto é, todoseu esforço e resolução é completamente veraz e absoluto.”

Para realizar a alma, Indra e Virochan residiram com Brahma e

 praticaram celibato por trinta e dois anos. Eles então oraram paraBrahma para lhes dizer a verdade sobre a alma.8

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Brahma disse: “Esta pessoa (o eu) que você está vendo agora comseus olhos é a alma, e ela é destemida e imortal.”

Eles então, pediram mais detalhes: “A alma é esta pessoa (o eu)

que estamos vendo na água ou no espelho?” Brahma então disse paraeles olharem para potes separados de terra cheios de água. Aí, ele perguntou de novo: “O que você vê?”. Olhando seus reflexos naágua, eles disseram: “Ó Brahma, nós vemos toda a alma como elarealmente é, dos cabelos à cabeça e descendo até os tornozelos.”

Brahma pediu então que eles cortassem as unhas e os cabelos e sedecorassem com ornamentos. Ele pediu a eles que olhassem de novo para dentro dos potes de barro. “O que vocês estão vendo agora?”

“Estamos vendo estas duas pessoas nos reflexos, elas estão bemlimpas e decoradas com lindas roupas e ornamentos, igual a que nóstemos; elas se parecem perfeitamente conosco.

Brahma disse: “Isto é a alma e ela é destemida e imortal”.

Ouvindo isto, Indra e Virochan partiram muito satisfeitosinternamente.

Chegando na residência dos demônios, Virochan, que agora haviaentendido sobre o corpo, a alma e o objeto de adoração e serviço edeclarou; “Ó demônios, aquele que adora seu corpo como sendo aalma atinge a perfeição neste mundo e nos mais elevados também.

Todos seus desejos são satisfeitos e ele alcança muito prazer.Mas Indra voltou a sua casa refletindo sobre o assunto: “Este corpo

toma nascimento, morte, sofre transformações, está sujeito a doençase tantas outra coisas. Como, então, pode o corpo ser a alma imortal,que é não nascida, não perecível, não tem perturbações ou medo?”.

No meio do caminho, Indra decidiu retornar à morada de Brahma

e questionou sobre sua dúvida. Brahma então fez Indra viver outrostrinta e dois anos em celibato e então disse a ele:

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“A pessoa que é compreendida ser o “eu” em um sonho é a alma, eela é destemida e imortal”

Ouvindo isto, Indra deixou o lugar com o coração pacífico; mas

após sua jornada de volta para casa ele de novo começou á refletir:“O corpo de uma pessoa pode estar doente, mesmo assim, no sonho,esta pessoa pode permanecer livre de doenças. Mas vamos supor queem um sonho, a pessoa identificada com si própria é atacada oumorta. Ele ainda sente medo e chora, e após acordar este “eu” permanece existindo. Então, a forma vista no sonho não pode ser defato a alma.”

Pensando assim, Indra retornou até o Senhor Brahma. Após praticar celibato por mais trinta e dois anos, Brahma o instruiu assim:

“A alma cai no estado de sono profundo onde não há visão ou atémesmo a experiência do sonho”.

Mas assim como as outras vezes, Indra ficou pensando sobre as palavras de Brahma no seu caminho de volta.

“Ele pensou, na condição de sono profundo não há o entendimentode quem a pessoa é, e também ninguém é percebido. Esta condição éentão um tipo de aniquilação.”

Pensando assim, Indra retornou até Brahma de novo. Desta vezapós praticar cinco anos de celibato, Brahma disse a ele : “Indra, ocorpo físico, o qual está naturalmente sujeito à morte, é apenas a

residência da alma. A alma é apegada ao corpo, assim como umcavalo ou touro permanece preso ao carro. Na realidade, é a pessoaquem tem desejos como “eu devo olhar” quem é a alma. Para isto,existem os sentidos, como os olhos. Ele que deseja “eu devo falar”na verdade é a alma, e para atuar com a fala existe a língua. Ele quedeseja pensar é a alma, e a mente pensa para ele. Analisando nestecontexto, fica claro que a alma possui três residências assim como o

amendoim possui três elementos (a casca, a pele e o próprioamendoim)

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As residências são:

1- O corpo grosseiro composto de cinco elementos grosseiros (ar,éter, água, fogo e terra);

2- O corpo sutil (mente, inteligência e falso ego), quem possui umasombra de consciência;

3- O corpo puro da alma, que é composto de três potências espirituais(sac-cit-ananda) a existência pura e eterna, todo o conhecimento ecompleto êxtase espiritual.

Cada um desses corpos tem seu próprio dharma separados, umafunção ocupacional.

O corpo grosseiro e o corpo sutil são ambos impermanentes. Então,suas respectivas funções são também temporárias. A alma, por outrolado, é eterna e sem fim. Este conceito é estabelecido por textossagrados com os Vedas, Puranas, Upanisads (eterno conhecimento

transcendental posto em textos sagrados, na Índia, háaproximadamente cinco mil anos atrás) Assim, a função da alma ésem dúvida uma função eterna, ou uma religião eterna. Isto échamado também de Dharma Védico ou Bhagavat-dharma.

 A verdade sobre a alma e a natureza adquirida

A palavra dharma deve ser compreendida. Ela vem da sílaba dhri,que significa dharana, “reter” ou “possuir”. Então, dharma significa‘aquilo que é retido’.

A permanente natureza ou qualidade que é retida pela entidade vivaé sua religião eterna, ou dharma. Quando, pelo desejo de Deus,qualquer entidade viva é criada, a natureza eterna da entidade vivatambém aparece evidentemente simultaneamente.

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Esta natureza, ou qualidade, é a eterna ocupação da entidade viva,ou sua religião. Se depois acontece a transformação com a entidadeviva, incidentalmente ou devido a qualquer conexão com outro

objeto, então esta eterna natureza é transformada ou distorcida.

Gradualmente, a natureza distorcida se torna estável e isto pareceser eterna e pura, assim como sua natureza prévia. Mesmo assim estatransformação natural não é sua verdadeira natureza. Esta natureza échamada de “natureza adquirida” (nisarga) e isto é temporário.

Esta natureza adquirida torna-se mais proeminente na real natureza

da pessoa, e começa a reviver sua própria identidade como a realnatureza. Água é uma substância da qual a natureza ou o dharma é aliquidez. Mas quando a água solidifica até chegar a virar gelo, suanatureza que era líquida se torna sólida. Esta qualidade de solidezveio a ser a natureza distorcida da água e agora atua no lugar daverdadeira natureza da água que é liquida.

Esta natureza distorcida, como tudo, não é permanente, étemporária. Devido ao fato da transformação ocorrer por algumacausa ou força, quando esta força é removida a natureza adquiridatambém é removida e a verdadeira natureza manifesta mais uma vez,assim como o gelo volta a ficar líquido quando é posto perto do fogo.

 A natureza da alma infinitesimal 

Para entender sobre a alma apropriadamente é essencial entender averdade fundamental e a eterna natureza da alma. Com esteconhecimento uma pessoa pode muito facilmente entender a eternafunção e a temporária função das entidades vivas.

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A palavra GOD em inglês significa – G- Generator, O- Operator, eD- Destructor. Criador, mantenedor e aniquilador do universo, aorigem de tudo e a causa de todas as causa, a indiferenciada Verdade

Absoluta. Ele não é sem forma ou desprovido de qualidades. Narealidade ele possui uma forma transcendental. Ele é inconcebível possuidor de todo o poder e ele é a residência das seis opulências: beleza, fama, riqueza, força, conhecimento e renúncia.

Pela influência da sua inconcebível potência, quem faz oimpossível se tornar possível, a Suprema Verdade Absoluta, ShriKrishna, manifesta em quatro aspectos como dito por Srila Jiva

Goswamipada:

“A Verdade Absoluta é um só. Sua característica própria é que eleestá dotado com potência inconcebível, pela qual ele sempre semanifesta em quatro aspectos:”.

- Sua forma pessoal original.

- Seu resplendor pessoal, incluindo sua residência e associadoseternos, expansões e encarnações.- A alma espiritual individual.- A energia material.

Estas quatro características podem ser comparadas a:

- O interior do planeta Sol.- A superfície do globo solar.- As partículas atômicas como os raios do sol, emanando da sua

superfície.- O remoto reflexo do Sol.

Srila Jiva Goswami diz que se comparamos Krishna, a entidadetoda consciente, ao Sol, então a alma espiritual individual pode ser 

comparada a partícula de luz localizada nos raios do Sol.

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 Os raios do Sol não podem ser independente do planeta Sol,

também não podemos considerar um raio isolado como sendo o Sol esim uma parte do Sol. Da mesma forma, a consciente alma

infinitesimal e espiritual que é comparada às partículas atômicas deluz nos raios do Sol, não pode ser independente de Deus, pois são partes dele. Também não podemos considerar uma alma como sendoDeus, e sim uma infinitesimal parte e parcela dele.

O Bhagavad Gita (15.7) descreve a eterna identidade da almaindividual:

“As eternas almas individuais neste mundo material são certamenteminhas partes e parcelas.”

O Brihadaranyaka Upanishad (2.1.20) diz:

“Inumeráveis almas emanam da Suprema entidade assim comofaíscas emanam do fogo.”

O Shvetasvatara Upanishad declara:

“A pessoa deve saber que a alma é do tamanho da décimamilhonésima parte de um fio de cabelo.”

 No Chaitanya charitamrta (Madhya-lila 20.109) também é dito:

“...... como uma partícula molecular do brilho do Sol ou do fogo.”

Estas afirmações Védicas confirmam que a alma é uma parteseparada da transformação da potência marginal de Deus.

O Shvetasvatara Upanishad (6.8) diz:

“Sozinha, a Suprema potência de Deus manifesta-se como numerosas potências (saktis), das quais três são proeminentes, são elas:

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- A potência interna (cit-sakti) de Deus pela qual seustranscendentais passatempos se manifestam nos planetasespirituais.

- As almas (jivas)

- A manifestação material temporária (maya)”

“Pelo desejo de Deus, a potência marginal de Deus, que seencontra entre a potência espiritual e a material, manifesta

inumeráveis e insignificantes almas conscientes. Estas almas sãoentidades espirituais por natureza e são livres para escolher entreo mundo espiritual e o material. Por esta razão sua potência éconhecida como potência marginal, e as almas própriamente ditassão conhecidas como “ almas que são neutras por natureza.”

 A relação entre Deus e a entidade viva

Há um aforismo no Vedanta–Sutra:  shakti-shaktimator abhedah,que significa “Krishna (Deus) e a potência de Krishna são nãodiferentes um do outro.” Então, Krishna e a transformação da sua potência, as almas, ou entidades vivas, são também não diferentesuma da outra.

Mas isto é apenas do ponto de vista de existirem como entidadesconscientes espirituais. Krishna, é a entidade completamenteconsciente e o mestre da potência ilusória material (maya) que é a potência externa de Deus e que influencia todas as entidades vivas aaceitar o falso ego de ser desfrutadores independentes neste mundomaterial, enquanto as almas são automaticamente conscientes.

Devido a sua natureza marginal, as almas podem ser iludidas atémesmo no estágio puro de entidades conscientes.

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Krishna é a fonte de todo o poder e as almas são desprovidas de poder. Assim sendo, há uma eterna diferença entre Krishna e asalmas condicionadas.

Do ponto de vista filosófico esta diferença e não diferença estáalém da compreensão humana, assim isto é chamado de doutrina dainconcebível diferença e não diferença. Sri Krishna ChaitanyaMahaprabhu, o próprio Deus, harmonizou completamente acontextual a doutrina Védica, com as já existentes filosofias dosVaishnavas Acaryas, Gurus prévios. Ele pegou as doutrinas de SriRamanuja Acharya, Sri Madhvacharya, Sri Visnuswami e Sri Nimbaditya Acarya e revelou sua síntese; a doutrina da inconcebível

igualdade e diferença simultânea, a qual é universal e absolutamenteincompreensível.

Deus é a origem de todas as expansões e as almas são partes e parcelas separadas de Deus. Deus (Krishna) atrai e as almas sãoatraídas. Krishna é o objeto de serviço e as entidades vivas são quemfazem o serviço. Serviço para a completa entidade consciente, SriKrishna, é a real natureza da consciente alma atômica.

Tal serviço é a religião do amor a Deus. Este serviço a Deus, amor aDeus, é a eterna função da alma.

Mas se esta alma, que é marginal por natureza, e que éatomicamente consciente, se torna avessa ao serviço a Deus, então a potência ilusória de Krsna (maya) encobre a pura alma atômica com

a concepção de que está relacionada com o corpo e com a mente.Maya então causa o sofrimento habitual de tais almas que perambulam assim por oito milhões e quatrocentas mil espécies devida; animais, plantas, demônios, semi-deuses etc...

Quando as almas se voltam ao serviço de Deus (Krishna) elas sãoaliviadas de seus corpos dado pela natureza material. Se elas seesquecem desta inclinação de servir Deus, elas então continuam

sofrendo das três misérias; as que são causadas pela própria mente e pelo corpo, por outras entidades vivas, e pela natureza material.16

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Nesta hora a forma pura e espiritual da alma é coberta pelasarmadilhas da ilusão material, e sua Nitya dharma, eterna natureza, étambém coberta, ou pervertida.

Esta perversão da natureza é a função ocasional da alma, assim comoa água se torna sólida quando se transforma em gelo.

Esta religião temporária é de muitos tipos, de acordo com o tempo,lugar e recipiente.

 Divisões do Dharma

Todas as variedades de Dharma (dever ocupacional) neste mundo podem ser divididos em três categorias gerais.

- Dharma impermanente , que não se aceita a existência de Deus e aeternidade da alma;

- Dharma circunstancial , que se aceita a eternidade de Deus e dasalmas, mas apenas prescreve-se o temporário meio para alcançar a misericórdia de Deus;

- O eterno (Nitya) Dharma , onde se almeja o amor puro e serviço aDeus.

Religião eterna é uma só, e não duas ou mais. Diferentes países,classes, raças e línguas, identificam isto por diferentes nomes; maseles não podem mudar a função constitucional inerente da alma. O

amor espiritual inadulterado que a alma infinitesimal (jiva) tem

pela entidade infinita (Deus) é a única religião eterna de todas as

entidades vivas. Esta é a suprema ocupação de todas as almas. 

 Na Índia esta função inerente é chamada de Vaishnava Dharma.Vaishnava Dharma é eterno e mais elevado ideal da religião. Na

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 prática das obrigações ocasionais prescritas não há direta execuçãoda eterna religião e dificilmente atua indiretamente. Então ela é de pouco uso.

Os processos que visam uma religião temporária são desprovidos

da eterna ocupação da alma, e são descritas como a função dosanimais. Elas devem ser rejeitadas.

O Hitopadesha (25) declara:

“Os seres humanos são iguais aos animais em atividades tais comocomer, dormir, temer e acasalar. Ainda sim, a qualidade da religiãoencontra-se apenas nas entidades vivas humanas. Sem vida espiritual,seres humanos não são melhores que os animais.”

Esta religião na qual a natureza da alma não é cultivada; na qualtodo esforço é feito para aumentar os prazeres tais como comer,dormir, acasalar e defender-se; e na qual o desfrute de objetossensuais temporários é conhecido como o principal objetivo da vidahumana, é a religião, ou ocupação, dos animais.

Esta assim chamada religião, torna impossível a entidade viva,obter a felicidade pura que é o único objetivo da vida humana.

 No Srimad Bhagavatam (11.3.18) é dito:

“Todo homem neste mundo está inclinado a fazer karma com a  proposta de ser liberado da insatisfação e obter felicidade, mas

vemos que o resultado é justamente o oposto. Em outras palavras,lamentação não é dissolvida e a felicidade não é obtida.”

Por esta razão o Srimad Bhagavatam (11.9.29) dá a mais elevadainstrução para todas as pessoas do mundo:

“Após perambular pelas 8.400.000 espécies de vida, a pessoa obtéma rara forma humana de vida, na qual, mesmo que temporariamente,

tem a oportunidade de obter a mais elevada perfeição da vida. Então,

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a sóbria forma humana, deve ser usada com objetivo de obter o fimúltimo da vida, sem perder um momento sequer, enquanto estiver emseu corpo que ainda não morreu.”

Algumas pessoas aceitam atividades kármicas, outras aceitam oconhecimento do aspecto impessoal de Deus para obter liberação,enquanto outras aceitam meditação (yoga) para obter a prosperidadeúltima.

Mas tudo isto é refutado no Srimad Bhagavatam (1.5.12):

“Ó Uddhava, meditação (yoga), o caminho do conhecimento

envolvendo análises do espírito e matéria (sankhya), estudo dosVedas, austeridade e fazer caridade não podem me dominar como a prática de bhakti, a intensa devoção unicamente a mim (Deus).”

O significado deste verso é que a devoção pura a Deus é o únicomeio pelo qual a pessoa pode obter seu benefício último. Estainstrução também é dada nos Srutis:

“É bhakti (devoção) quem revela Deus a alma. Esta Suprema Pessoaé controlada apenas por este tipo de devoção.”

Assim sendo, bhakti, ou devoção pura, é superior a todos os outros processo e práticas e é a eterna religião da alma.

 Natureza e ciência da devoção transcendental 

Qual é a forma da devoção e do amor puro? O Sandilya-Sutra diz:

“Devoção pura é o apego supremo, ou seja, amor a Deus. Desde queisto tem a propensão de controlar o controlador supremo, esta

natureza é imortal.”

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Srila Rupa Goswami descreve no Bhakti Rasamrta Sindhu (1.1.11)a intrínseca natureza de bhakti, assim como se segue:

“O serviço devocional puro, é o cultivo de atividades que visamexclusivamente o prazer do Supremo e original Deus, Sri Krsna, emoutras palavras, o ininterrupto fluxo do serviço a Deus feito atravésde todo esforço corporal, mental e verbal, e através da expressão devários sentimentos espirituais. Tal serviço não é coberto peloconhecimento, ações fruitivas, liberação impessoal, meditação ouausteridades; também é completamente livre de todos os desejosseparados que não seja o desejo de dar felicidade ao Deus Supremo.”

Tal devoção, tem dois estágios: 1- prática; 2 - perfeição.”

O amor eternamente perfeito a Krsna é chamado de prema-bhakti ,e esta é a única eterna religião da alma.

Esta devoção no estágio de perfeição, permanece cobrindo as almasque caíram no materialismo. Quando a pessoa está coberta e desejareviver este amor a Deus, ela começa a prática da devoção atravésdos sentidos. Esta prática de devoção é também a religião eterna,mesmo que no estágio imaturo, enquanto que a devoção no estágiode perfeição é totalmente matura e é o estágio máximo da religiãoeterna.

Então, a religião eterna é uma, e tem dois estágios:

- Devoção regulada (vaidhi-bhakti)-

- Devoção espontânea (Raganuga bhakti)

Até que a devoção espontânea e gosto não aparece no coração do praticante, ele segue as atividades reguladas das escrituras védicas eassim engaja-se em bhakti.

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Por outro lado, quem está engajado na prática da devoçãoespontânea e o gosto aterriza em seu coração, ele sem observar asregras e regulações das escrituras, se torna completamente ansioso

 por obter os sentimentos dos eternos associados de Deus em Vraja, o plano espiritual mais alto, que possuem amor e devoção máxima por Krishna. Assim, tal praticante segue os passos dos eternos associadosde Deus.

 As glórias do Sankirtan, o cantar dos santos nomes

No geral existem (64) sessenta e quatro ramos desta práticadevocional. Após tomar refúgio nos pés de lótus do mestre espiritual,quem é auto realizado e livre de todas as impurezas do coração, osramos mais proeminentes são:

1- ouvir, 2- cantar, 3- lembrar dos nomes, formas, qualidades,

 passatempos, caráter e atributos de Deus, 4- servir seus pés de lótus,5- oferecer orações, 6- adorá-Lo, 7 render-lhe serviço , 8- fazer amizade com Ele e 9- oferecer-se completamente de corpo e alma aoSenhor Supremo.

Dos sessenta e quatro ramos da devoção, as (9) nove mencionadassão proeminentes. Destas nove, ouvir, cantar e lembrar são as

 principais, e destas três, cantar seu transcendental nome é suprema.Todos os ramos de bhakti (devoção) estão totalmente incluídas nocantar dos santos nomes de Deus.

De acordo com a fundamental verdade filosófica, Deus e seusnomes são não diferentes um do outro. As glórias dos transcendentaisnomes de Deus são profusamente falada nos sagrados textos da Índia.Especialmente nesta era de desavenças e duplicidade (Kali-Yuga), o

cantar dos santos nomes de Deus é a única religião, ou, refúgio.

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O Brihad-naradiya Purana diz:

“Nesta férrea era de disputas e duplicidade, a era de Kali, o único processo de liberação é cantar os nomes de Deus, os nomes de Deus,

os nomes de Deus. Não há outra maneira. Não há outra maneira. Nãohá outra maneira.”

  O desenvolvimento de bhakti,

começando pela fé até o amor puro a Deus

O caminho progressivo do cultivo da eterna religião é revelado por 

Srila Rupa Goswamipad. Esta sequência foi dada no livro BhaktiRasamrta Sindhu (4.11):

- Fé: Fé com devoção entrará no coração daquela pessoa muitoafortunada que acumulou os resultados das atividades piedosas praticadas em muitas vidas passadas.

- Associação com santos transcendentais : Depois ela obtém a

associação de santos vaishnavas e o mais importante, obtém aassociação com um mestre espiritual auto realizado, que estátranscendentalmente situado e livre de todas as faltas e impurezasdo coração. O mestre espiritual da a ela hari nam, a poderosa esagrada vibração dos santos nomes de Deus. Por cantar  hari-

nama regularmente, o mestre espiritual manifesta o divinoconhecimento transcendental no coração do estudante.

- Práticas espirituais e meditações: Sob a guia de santosempoderados, a pessoa então começa sua prática espiritual.

- Serviço devocional tais como ouvir, cantar e lembrar dos nomes,qualidades formas e passatempos de Deus.

- Destruição de todos os nossos desejos e impurezas do coração .

Como resultado de praticar tais atividades devocionais, todos os

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indesejáveis desejos e impurezas do coração que atrasam nossoavanço no caminho da devoção, são destruídos.

- Fé firme em praticas espirituais. Então, a pessoa obtém firme fé e

se ocupa constantemente nas práticas devocionais.

- Sabor transcendental . Depois disto, o gosto transcendental éobtido. Quando este real sabor é acordado, a atração pelas práticas espirituais tais como ouvir, cantar, lembrar etc.. se tornamais atrativa do que qualquer outra atividade material. Este é oquinto estágio de desenvolvimento no caminho da devoção pura.

- Profunda atração . Isto se refere a atração especial a Deus e seuseternos associados. Isto ocorre quando a avidez pelas práticasespirituais leva a pessoa a Ter uma profunda e direta atração peloobjeto da prática devocional, o Deus Supremo, Krsna.

- Amor espiritual (bhav). Por último a pessoa obtém o contagianteamor puro por Deus. Isto é comparado ao raio de sol do puro e

transcendental amor a Deus.

Neste estágio de devoção, bhava, a essência da potência interna deDeus, a qual consiste no conhecimento puro e êxtase espiritual, étransmitido ao coração do praticante provindo do coração de um doseternos associados de Deus que veio a este planeta. Neste estágio, a pessoa realiza em seu coração, as onze características do seu corpoespiritual eterno, tais como seu nome, sua forma, seu eterno serviço

etc... isto é chamado de perfeição da forma espiritual,  svarupa- siddhi.

Quando o estado de bhav se torna completo e fica condensado,chamamos de prema, amor transcendental puro por Deus.

Este amor transcendental puro por Deus é a eterna religião de todasas entidades vivas.

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Verdadeira religião e religiões enganadoras.

 

  No mundo atual, a maioria das religiões são descritas como“religiões enganadoras” pelo Srimad Bhagavatam, o néctar doVedanta. O Sri Caitanya Bhagavat também diz:

“Todas as idéias mundanas que usam o nome de religião, são nadamais que decepção.”

Religião temporária é o dharma no qual orar pelo pão e manteiga éa maior forma de adoração a Deus. Religião temporária é aquela naqual a pessoa considera o corpo como sendo o eu (alma) e a almacomo sendo Deus.

Doar arroz e lentilha ao povo com a concepção errada de que eles são  pobres; construir hospitais e escolas sem informação sobre Deusacreditando que este é o maior serviço a Deus; pensar que a eterna

ocupação, a temporária ocupação e todas as outras variedades dedharma são a mesma; negligenciar a eterna ocupação da alma e propagar o secularismo; sacrificar animais inocentes e pássaros emnome de amor neste mundo; e servir um homem ou uma nação, sãotodas consideradas como sendo religiões temporárias.

Nenhuma destas atividades trará nem mesmo o bem estar  permanente ao mundo. Se consideramos a eterna religião ser como

um templo, em outras palavras, como sendo nosso maior objetivo,nós podemos aceitar estes outros dharmas, parcialmente, mas apenascomo degraus para chegar a este templo da religião eterna.

Sempre que estas outras religiões se contradizem, cobrem oudominam a nitya-dharma, a eterna ocupação da alma, elas devem ser completamente abandonadas. Moralidade, humanidade ou amor mundano é desprovido da eterna função da alma e indigna de

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qualquer glorificação. O real objetivo e a única proposta dahumanidade e moralidade é obter amor puro por Deus (Krsna prem).

Se houver apenas uma pessoa que realmente pratica esta eterna

função e mantém o fogo do cantar dos santos nomes de Deus sempreaceso, então sua nação, casta e sociedade nunca se arruinará. Atémesmo se esta nação se tornar dependente e oprimida por outro paíse seu tesouro for roubado, as escrituras forem queimadas, e a culturae a prosperidade for destruída, este cantar dos santos nomes de Deus:

  HARE KRISHNA HARE KRISHNA  KRISHNA KRISHNA HARE HARE 

  HARE RAMA HARE RAMA RAMA

  RAMA HARE HARE 

... fará com que o eterno bem estar do mundo, país, sociedade,casta e da vida do próprio praticante, se torne possível.

Eu completo minha palestra repetindo a instrução final de Krishna,o fundador do dharma, como foi falado no Bhagavad Gita (18.66).

“Abandone completamente todas as variedades dedharma relacionados com seu corpo e sua mente, e

simplesmente renda-te completamente a mim. Eu

prometo liberar você de todas as reações pecaminosas.

Não temas.”

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Gaudiya Vaishnava Sampradaya

Título original em Inglês:NITYA DHARMA- The eternal function of the soul.

Autor -Yuga Acarya – Bhaktivedanta Narayana Goswami Maharaja

Tradução e publicação – Baladeva Das Brahmachari

Apoio- Bhaktivedanta Suddhadvaiti Maharaj, Gokul Chandra Das Brahmachari,Krsna Mantra das (revisão), Lakshmana dasMani Kundalika dasi e Kalavati dasi

Capa – Nava yauvana Das

Mais livros e contatos – Keshavji Gaudiya Math (B.H)

(031) 32259035 Baladeva Das B.

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