os tattvas

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    OS TATTWAS

    Captulo IIIOS TATTWAS - Dhran n 32 1969 Ano XLIV

    Definies Cinco ou sete? Classificaes veladas O Akasha e os centros de fora Assete foras sutis Localizao dos Tattwas no corpo humano Hata-ioga no conduz

    evoluo espiritual Causas de confuso Tattwas esotricos e tntricos Diferenas entreHata e Raja ioga Psiquismo e evoluo individual Os Tattwas e os plexos O som, a luz ea cor Visibilidade do aura psquico.

    DefiniesAntes de falarmos dos tattwas, cuidemos de conhecer o significado deste vocbulo snscrito.H.P. Blavatsky define-os como aquilo eternamente existente, inclusive os diferentes princpiosda natureza em seu sentido oculto. So os abstratos princpios de existncia ou categoriasfsicas e metafsicas; os elementos sutis correlacionados aos sentidos humanos no plano fsico.( Glossrio Teosfico Edit. Glem, Buenos Aires).

    Rama Prasad considerado autoridade no assunto, em seguida publicao de seu livro Las fuerzas Sutiles de la Naturaleza que traz como subttulo La cincia Del aliento yFilosofia de los Tattvas (Edit. Kler,Buenos Aires), tendo baseado seus estudos no antigotratado hindu Shivgama os Ensinamentos de Shiva. Define ele os tattvas como ummodo de movimento; o impulso central que mantm a matria em certo estado vibratrio eainda como uma forma distinta de vibrao.

    Podemos defini-los tambm como qualidade de Aquele ou de Aquilo que no se percebe pelossentidos fsicos, mas que pode ser concebido como origem ou natureza essencial; forma demanifestao dos diferentes planos csmicos; as linhas que determinam a forma do tomo,seus eixos de crescimento e suas relaes angulares.Cinco ou sete?Eram considerados cinco por se relacionarem aos cinco planos csmicos nos quais evolui ohomem, mas na realidade existem sete, para acompanhar o mistrio que envolve os universos,de acordo com a harmonia das esferas, expresso encontradia nas escrituras orientais,equivalente a heptacordo divino, simbolizado por uma lira de sete cordas.

    Os autores orientais consideravam apenas cinco tattvas, baseados em reflexes apoiadasnesse nmero. Existem ainda remanescentes lemurianos e atlantes necessariamenteimiscudos na humanidade atual para resgates krmicos de raas e sub-raas primitivas. Defato, neste ciclo a humanidade evolui atravs das cinco sub-raas da quinta raa-raiz, sob agide do Pentalfa, habitando cinco continentes e desenvolvendo cinco sentidos.

    A existncia de mias dois sentidos latentes no homem no pode ser ainda afirmada senomediante provas de ordem fenomnica. Aos cinco sentidos manifestos relacionaram-se oscinco tatvas inferiores. Os dois sentidos embrionrios e as duas foras sutis que escaparams cogitaes dos ocultistas orientais existem subjetivamente e correspondem aos dois maiselevados princpios do homem: o intuicional ou bdico e o espiritual ou atmnico, revestimentoradiante urico, por achar-se iluminado por Atm.

    So vivificados respectivamente por Anupdaka e Adi, nomes snscritos dos tatvas ditosocultos ou superiores, aquele de cor dourada e este prpura.

    Classificaes veladasA menos que consigamos despertar em ns mesmos aqueles dois mais elevados princpios, oque s alguns eleitos conseguem, por seus prprios esforos, ao trmino da dificlima escalada

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    para o Adeptado, jamais poderemos compreender suas equivalncias fsicas e fisiolgicas.Assim, no nos parece correta, luz da Filosofia esotrica, a afirmao contida na citada obrade Rama Prasad, de que na escala tttvica o primeiro e mais importante o Akasha, e queem sentido de descida cada um dos quatro restantes se torna menos sutil.Se o Akasha, tatva quase homogneo e certamente universal, definido como tersonoro, deduz-se que seja limitado ao nosso universo visvel, por no ser de fato o ter doespao.

    O ter uma substncia diferenciada. O Akasha, no possuindo seno um atributo, o som(de que ele o substrato), no substncia. Do ponto de vista profano, pode ser considerado ocaos e o grande vcuo do espao. Esotricamente, o espao sem limites, e no se faz terseno no ltimo plano, isto , naquele em que vivemos. O equvoco reside no termo atributo,com o qual se designou o som. Este no um atributo do Akasha, mas sua correlaoprimria ou manifestao primordial, o Logos ou Ideao divina feita Verbo e este feito carne. Osom no deve ser considerado como atributo do Akasha, a menos que se queiraantropomorfiz-lo. Nele inata a idia do Eu sou Eu (Ego sum qui sum), por sua vez inataem nosso pensamento.

    O Akasha e os Centros de ForaO Ocultismo ensina que o Akasha encerra e compreende os sete centros de fora e, portanto,os seis tatvas, de que ele o stimo, ou antes, de que ele constitui a sntese (nesse caso, valepor trs, porquanto, como dissemos, por ele fluem os outros dois ).Mas, se considera o Akasha representando apenas uma idia exotrica, Rama Prasad estariacom a razo, porque, admitindo ser esse Tatva onipresente no universo, devemosconformar-nos com a limitao purnica, para ser melhor compreendido, colocando-o, ento,no comeo ou alm dos quatro planos de nossa Cadeia terrestre, seguido dos dois tatvassuperiores, ainda latentes, relativos ao sexto e stimo sentidos. Por tudo isso, enquanto asFilosofias snscrita e indiana no consideram seno cinco tatvas, os verdadeiros ocultistas

    estudam mais dois, fazendo-os corresponder a todos os setenrios da Evoluo.As Sete Foras Sutis.Os tatvas ocupam a mesma ordem que as sete foras macro e microcsmicas, a saber:

    1. Adi : a fora primordial universal, existente no comeo da manifestao, ou no perodo dacriao, no seio do eterno Imutvel Sat, e substrato de Tudo.Corresponde ao envoltrio urico, o Ovo de Brahm, no qual, por sua vez, esto envolvidosno s os globos, como os homens, os animais e todas as coisas. o veculo que contmpotencialmente o esprito e a Substncia, a Fora e a Matria. Adi-Tatva, na Cosmogoniaesotrica, a Fora emanada do Primeiro Logos ou Logos no manifestado.

    2. Anupdaka: a primeira diferenciao sobre o plano do ser, diferenciao ideal,originando-se de transformao de algo mais elevado. Para os ocultistas, procede do SegundoLogos.3. Akasha: ponto de partida de todas as filosofias e de todas as religies exotricas. Estasdescrevem-no como sendo a fora etrica, o ter. O prprio Jpiter, o Deus altssimo, erachamado Pater Aether. Indra, que em certa poca foi o maior Deus dos hindus, representa aexpanso etrica celeste, e o mesmo Urano. O Deus cristo tambm representado coEsprito Santo, Pneuma, o Vento ou Ar rarefeito. Os ocultistas chamam a este tatva de fora doterceiro Logos, Fora criadora do Universo j manifestado.4. Vay: o plano areo onde a substncia se acha em estado gasoso.

    5. Tejas: o plano da nossa atmosfera.6. Apas: a substncia ou fora aquosa ou lquida.7. Pritivi: a substncia terrestre slida, o esprito ou fora terrestre, o mais slido.Correspondem aos sete princpios, aos sete sentidos e aos sete centros de fora existentes em

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    nosso duplo etrico. O corpo humano age e reage segundo tattva nele gerado ou introduzidode um plano externo.Localizao dos Tattwas no Corpo HumanoNa Filosofia exotrica da Hata-ioga, indica-se vagamente o crebro como sede fsica doAkasha. Tejas localizar-se-ia nas espduas. Vay na regio umbilical. Apas, nos joelhos ePrtivi nos ps. Assim, os dois tatvas superiores ADI e ANUPDAKA por serem ignorados,so simplesmente omitidos. No entanto, so os fatores preponderantes da Raja-ioga. Nenhum

    progresso espiritual e mental pode ser conseguido sem as suas vibraes.A localizao, ou melhor, a correspondncia anatomo-fisiolgica dos tatvas, como a doschacras, no precisamente a que tem sido divulgada. Em verdade o assunto demasiadocomplexo para poder ser claramente exposto em livros e revistas.

    No concernente aos tattvas e suas vibraes nos diversos departamentos orgnicos,procuramos, mediante a ilustrao da figura 1, corrigir os lapsos aqui apontados.

    Vejamos com olhar clarividente ovo urico de um indivduo equilibrado. Na cabea,correspondente ao mundo divino, distinguem-se as cores azul e dourada, de Manas e Budi

    bafejados por Atm. Dourada para o olho direito, ou bdico, e azul para o esquerdo, oumansico.

    H.P.B. aconselhava uma ioga em que se mentalizava a recepo, pelo olho de Bdi, de umafaixa de cor amarelo-ouro, indo ter glndula pineal, acompanhada da vibrao da nota mil, aoharmnio ou piano. A mistura das duas referidas cores d, como se sabe, o verde. E sendoesta a cor de Vay, o ar, deve ele estar no peito, respondendo pelo abastecimento efuncionamento da rvore respiratria. O encarnado abrange a regio do estmago, fgado,bao e a umbilical, onde o verde e o vermelho se unem. Note-se que na regio sexual figura osigno de Scrpio, do planeta Marte. Este possui a cor encarnada do mesmo Tejas, e da gunaou qualidade de matria Tamas, que a mais grosseira das trs.. Por isso, o indivduo que

    tenha predominncia dessa cor em qualquer parte do corpo (principalmente na cabea) excetona regio pubiana, sem dvida evoludo. De fato , a cor vermelha a que envolve o ovourico do selvagem.

    CORES E SMBOLOS DOS TATWAS:

    PRITIVI: CUBO - ALARANJADO;

    APAS: MEIA-LUA - VIOLETA;

    TEJAS: TRINGULO - VERMELHO;

    VAI: HEXGONO - VERDE;

    ACASHA: CRESCENTE LUNAR - AZUL.

    O homem numa representao esquemtica de seus estado ideal de perfeito equilbrio mental,psquico e fsico, em relao aos smbolos e s cores dos tatvas exotricos.

    A Hata-ioga no Conduz Evoluo EspiritualComo os cinco hlitos (sopros), ou antes, os cinco estados da respirao humanacorrespondem, na Hata-ioga, aos planos e cores terrenos, quais resultados espirituaispoderiam ser obtidos? Nenhum, porque eles so o inverso do plano do Esprito, o plano

    macrocsmico superior, e se refletem em desordem na luz astral, conforme ficou demonstradona obra tntrica Shivgama (Ensinamentos de Shiva).

    Ensina o Ocultismo que o setenrio da natureza visvel e invisvel se compem dos trs maisquatro fogos, na razo das trs emanaes csmicas dos trs princpios superiores e dos

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    quatro inferiores, que se desenvolvem e se fazem quarenta e nove fogos os chamados 49fogos de Kundalini. Quarenta e nove tambm o nmero de uma Ronda, na razo de seteraas-mes, cada uma delas com as respectivas sete subraas, o que demonstra que oMacrocosmo dividido em sete grandes planos, formados das diversas diferenciaes daSubstncia, desde a espiritual ou subjetiva at a que se faz totalmente objetiva ou material;desde o Akasha at a atmosfera saturada de pecados desta terrena humanidade; e que cadaum de seus grandes planos possui trs aspectos baseados nos quatro princpios. Disto no

    diverge a Cincia oficial, que distingue trs estados de matria e o que geralmente denominade estados crticos ou intermedirios para slido, lquido e gasoso.

    Causas de ConfusoA luz astral no seno a matria universalmente difusa, mas pertence exclusivamente Terrae aos demais corpos do Sistema Solar, que se acham no mesmo plano da matria terrestre.Nossa Lua astral , por assim dizer, o Linga-sharira da Terra; somente que, em lugar de ser oprottipo primordial, como nos casos de nosso Chay ou duplo, justamente o contrrio. Oscorpos dos homens e dos animais crescem e se desenvolvem sob o modelo de seu duploanttipo; enquanto a luz astral nasceu das emanaes terrestres, cresce e desenvolve-sesegundo seu genitor prottipo. De outro modo, tudo quanto provm dos planos superiores e do

    inferior slido, a terra, se reflete invertido em suas ondas traioeiras.Da a confuso que se nota em suas cores, formas e sons, no que concerne a clarividncia eclariaudincia, quer dos sensitivos espontneos, quer se fixam em semelhantes arquivos, querse trate de sensitivos artificialmente preparados por inadequados mtodos de ioga ou porinconscientes instrutores de mdiuns.

    Tattvas Esotricos e TntricosPara maior clareza de quanto vimos expondo neste captulo, publicamos um quadro indicandoos sete tatvas, os princpios esotricos, suas correspondncias com os estados da matria,rgos e aparelhos do corpo fsico, as cores e suas relaes com os tatvas tntricos.

    O ensino dos cinco sopros, o mido, o ardente, o areo etc., possui dupla significao eaplicao. Os tantristas ou xivastas interpretam-no literalmente como regularizador do soprovital dos pulmes, enquanto os antigos raja-iogues o relacionavam com o sopro mental ou daVontade, capaz de conduzir o discpulo s mais altas faculdades de clarividncia, aodesenvolvimento funcional do terceiro olho e conquista de poderes ocultos da verdadeiraRaja-ioga. H enorme diferena entre os dois mtodos.

    O primeiro emprega, como dissemos, os cinco tatvas inferiores. O segundo comea porempregar os dois superiores, para o desenvolvimento do mental e da vontade, e no usa osdemais seno depois do completo domnio daqueles.

    Os tatvas so modificaes de Svara. Este a raiz de todos os sons, o substrato da harmoniadas esferas, por ser Aquele ou Aquilo que se encontra alm do Esprito, na mais alta acepoda palavra; ou a corrente da vaga de vida, a emanao da Vida nica, o mesmo que Atm,cujo real significado movimento perptuo. Assim, enquanto nossa Escola ensina odesenvolvimento mental, o processo da prpria evoluo do universo, isto , procedendo douniversal para o particular, a Hata-ioga inverte as condies e comea procurando suprimir seusopro vital. Se, como ensina a Filosofia hindu, no comeo da evoluo csmica Svara seprojeta em forma de Akasha, depois, sucessivamente, em forma de Vay (ar), Tejas (fogo),Apas (gua) e Pritivi (matria slida), o bom senso indica que se deve comear pelos tatvassuperiores, hipersensveis Os rajas-iogue no desce aos planos da substncia alm de

    Sshuna (a matria sutil); o hata-iogue, ao contrrio, no desenvolve nem emprega suasfaculdades seno no plano da matria.

    Os Trs Nadis

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    Alguns tantras localizam os trs nadis na coluna vertebral. Um, que percorre a linha central,chama-se Sshuna; os outros dois, percorrendo as linhas laterais um esquerda e outro direita da central, receberam respectivamente os nomes de Ida e Pngala. Dividem tambm ocorao em trs sees , uma central e duas laterais, atribuindo-lhes os mesmos nomes.A Escola dos antigos raja-iogues, com a qual os modernos iogues da ndia quase no temcontato, localiza Sshuna, a sede principal desses trs nadis (ou condutos) no canal vertebral,e Ida e Pngala sua esquerda e direita. Sshuna desce do vrtice cerebral onde se localiza o

    mstico Bramarandra. Ida e Pngala no so mais que os sustenidos e bemis desse fmusical da natureza humana, tnica e nota mdia da escala da harmonia setenria dosprincpios que, to logo os faa vibrar convenientemente, desperta as sentinelas que se achamde cada lado, o Manas espiritual e o Kama fsico, submetendo o inferior ao superior.15 Por sustentar este ponto de vista, H.P.B. manteve longo debate com Subba-Rao. Este afirmava que, j tendo descido o Esprito naMatria, parecia lgico que, para despert-lo no corpo humano, dever-se-ia faz-lo de baixo para cima, e no de cima para baixo.Ambos permaneceram irredutveis em suas posies. Ela, receosa de que seus discpulos pudessem descambar pelo declive da magianegra, alertava-os das iluses e perigos que levam ao desequilbrio; e ele a insistir que no o crebro (chacra Saasrara),e sim occcix (chacra Muladara) a sede fsica do poder de Kundalini.

    Esse efeito, todavia, deve ser produzido por meio tambm do poder da Vontade, e no apenaspela paralisao dos movimentos respiratrios, seja obtida por meios cientficos ou custa deexaustivos exerccios especiais. Examine-se uma seo transversa da regio da espinha dorsale constatar-se- a existncia de trs sees atravs de trs colunas: uma transmite as ordensda Vontade; a outra transporta uma corrente vital de Jiva, no de Prana, que anima o corpohumano durante o estado de Samdi e outros estados semelhantes; ao passo que a terceira...

    Diferenas entre Hata e Raja-iogaA Hata-ioga exerce aes psicofisiolgicas, ao passo que a Raja-ioga de mbito psico-espiritual, capaz portanto de aproximar cada vez mais a alma do esprito. Parece que ostantristas no se elevam acima dos seus plexos visveis e conhecidos, a cada um dos quaiseles ligam os tatvas. A grande importncia que emprestam ao chacra muladara (plexo

    sagrado) demonstra a tendncia egosta de seus esforos.Ningum pode despertar o poder de Kundalini existente no muladara, fazendo vibrar oschacras em sentido contrrio, isto , de cima para baixo.

    Note-se que o cardaco o nmero quatro, tanto na ordem de descida como na de subida eque, tambm, se lhe d esotericamente , o nome de Cmara de Kundalini, justamente por sernesse plexo que o discpulo se une, afinal, com seu Mestre. Alm disso, estando elecompreendido nos cinco tatvas visveis, os dois superiores ho de ser atingidos, mesmoindiretamente, porquanto ambos fluem atravs do Akasha, para formar com este o que sedenomina Trade superior, ficando ento os outros quatro tatvas abaixo, como os quatro

    princpios inferiores.Psiquismo e Evoluo IndividualS louvvel a busca de poderes psquicos para usa-los em benefcio de seus irmos e dahumanidade; jamais de maneira frvola ou, pior ainda, em detrimento de outrem, razo por queBuda ensinou que devemos reserv-los para a vida futura. Eles constituem poderosos liamespara unir os veculos de que formado o homem, robustecem seu Ovo urico, evitando queeste se rompa. A graves riscos expem os freqentadores de sesses espritas, infestadas delarvas astrais e de outros parasitas nocivos, de que no oportuno tratarmos aqui.

    Os Tattwas e o Plexos

    Os cinco hlitos e os cinco tatvas ligam-se principalmente aos plexos genital, esplnico,cardaco e larngeo. Desconhecendo (os tantristas) quase por completo o plexo Ajna ou frontal,ignoram positivamente o Vishuda, plexo larngeo ou sinttico (H.P.B.).

    Quanto ao poder de sntese desse chacra, no nos parece que Blavatsky esteja coma razo,

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    porquanto, como dissemos, esse papel cabe ao plexo Anaata ou cardaco, inclusive pela sualocalizao central, em quarto lugar, como equilibrante entre os trs superiores e os trsinferiores. provvel que a insigne Autora se tenha referido ao larngeo por constituir este umaespcie de Antakarana, isto , um tubo de ligao entre os dois mundos, superior e inferior,visto que, realmente, a cabea representa o divino e o corpo (do pescoo para baixo) o terreno.

    Pode-se tambm interpretar o peito como mundo humano, relegando para animal ou terrenopropriamente dito a parte inferior do tronco, por ser justamente a mais impregnada de Tamas,como se v no ovo urico. Para os discpulos da Escola antiga, acrescenta H.P.B., o caso diferente. Comeam pelo treinamento do rgo ou glndula centro-cerebral que est emrelao com o terceiro-olho , na mesma razo de Manas para Bdi. Aquele d energia Vontade, enquanto este confere a percepo clarividente.

    Rata-ioga e Jnana-iogaEntre os exerccios da Hata-ioga para obteno da clarividncia, h um que consiste em olharfixamente a ponta do prprio nariz, forando a viso fsica, normalmente bifocal, atransformar-se em unifocal, como a do Esprito, ou viso interna. O nervo tico deconformao bifurcada, semelhante a um Y horizontal. Esse exerccio obriga a interferncia

    da pineal, que se acha atrs do referido nervo.O erro est em querer ligar os plexos inferiores questo dos tatvas. Assim, desprezando aconhecida nomenclatura, o Akasha passaria a corresponder-se com o crebro, isto , comManas, mental, pensamento etc. Logo, praticando-se esse mtodo de ioga sob a direo deum Mestre, equivale a praticar ao mesmo tempo a Jnana e a Raja-ioga, na razo de corpo,alma e Esprito, porque desde o comeo, do mnimo ao mximo, o discpulo deve permanecersob a dependncia dessa trplice manifestao.

    Nesse caso a Hata-ioga pode encerrar a Jnana e a Raja. Quando se passa para Jnana, nomais se faz a Hata e sim ambas; e quando se passa a terceira o discpulo deve dominar as

    trs, equilibrando-se fsica, psquica e espiritualmente, na mesma razo das trs gunas ouqualidades de matria, tornando-se finalmente um Adepto, um Homem perfeito.

    O Som, a Luz e a CorO som capaz de provocar impresses sonoras. Cada impulso ou cada movimento de umobjeto fsico, originando no ar uma certa vibrao, isto , provocando a coliso das partculasfsicas, suscetvel de afetar o sentido auditivo, produzindo ao mesmo tempo um som e umaluminosidade correspondente, dotado de uma determinada cor. Um som audvel no senouma cor subjetiva, enquanto uma cor objetiva ou perceptvel um som inaudvel. Ambosprocedem da mesma substncia potencial, qual a Fsica chamava de ter, e agora lhe dnomes diversos. Ns a chamamos de Espao plstico, embora invisvel.

    A completa surdez, por exemplo, no exclui a possibilidade de poder o surdo perceber os sons.A Cincia mdica registra diversos casos em que os sons foram recebidos e transmitidos pelomental, atingindo o rgo visual do paciente sob a forma de impresses cromticas. O fato deos tons intermedirios da escala cromtica musical serem outrora representados pelas cores,comprova a existncia de uma reminiscncia do antigo ensinamento, segundo o qual a cor e osom, em nosso plano, so dois dos sete aspectos correlativos de uma s e mesma coisa, asaber: a primeira substncia diferenciada da Natureza.

    Visibilidade do Aura Psquico

    Os clarividentes e mesmo os videntes podem ver em torno de cada indivduo um aura psquico,de cores variadas segundo seu carter e temperamento. Virtudes e vcios, paixes, emoes,ideais, pensamentos so registrados ao vivo no Aura por formas, cores, sons e movimentosvariveis segundo sua intensidade. Assim como um instrumento musical vibra emitindo sons, osistema nervoso , como um verdadeiro heptacordo, vibra sob o influxo das emoes,

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    absorvendo vitalidade do Prana ou desperdiando-a, quando elas so destrutivas.Nosso sistema nervoso, em seu conjunto, pode ser considerado como uma harpa elia,respondendo aos impactos da fora vital, o que no uma abstrao, mas realidade dinmica,denunciando as mais sutis nuanas do carter e temperamento individual, por meio defenmenos policrmicos. Se tais vibraes nervosas so bastante intensas e postas emvibratrias relaes nervosas com um elemento astral, o resultado produzido o som. Por que,

    pois, duvidar das relaes existentes entre as foras microcsmicas e as macrocsmicas?Captulo IVFISIOLOGIA ESOTRICA DA RESPIRAORespirao alternada Tipos de respirao Fases lunares e respirao Correspondnciasentre os chacras Caractersticas dos tatvas Conselhos aos discpulos.

    Respirao alternadaPelo fato de possuirmos duas narinas, julga-se que a respirao se processa simultaneamentepor ambas, assim como vemos ao mesmo tempo com os dois olhos e escutamos pelos doisouvidos. Puro engano, pois a respirao se faz alternadamente, ora pela narina direita, ora pela

    esquerda.Desde milnios, no Egito, e antes na Atlntida, eram praticados exerccios respiratrios, comohoje praticam os iogues na ndia e no Ocidente, todos quantos seguem as escolas orientais. Domodo pelo qual so realizados, valendo alguma coisa do ponto de vista exotrico,exotericamente nada representam, alm do mais porque praticar algo sem saber a razoredunda em fanatismo.Os sbios de outrora, pela cincia da respirao e da alimentao protegiam a sade eprolongavam a existncia. No que concerne respirao alternada, o leitor pode certificar-sedo que afirmamos, mediante um teste muito simples. Coloque a mo sob o nariz para sentir seso ambas ou apenas uma das narinas que est funcionando. Se nesse momento a respirao

    se faz por ambas, aguarde uma hora ou pouco mais, e repita a prova. Verificar que arespirao passou a processar-se unilateralmente, pela narina direita ou pela esquerda. quedepois desse lapso de tempo passou a vibrar outro tatva.Um teste ainda mais fcil e rpido pode-se fazer em decbito. Deite-se de flanco e procurecomprimir com o travesseiro o lado que estiver apoiada no colcho; o da regio esplnica, porexemplo. Depois de alguns minutos verificar que a respirao se processa pela narina do ladooposto. Se antes era pela esquerda, passar para a direita, e viceversa.Bastaria isso para demonstrar que a respirao nem sempre se faz por ambas as narinas aomesmo tempo.

    Tipos de respirao

    Chama-se Prana-Vay o ar que penetra por Ida (narina esquerda ou lunar) e Pngala(direita, solar). Quando por ambas simultaneamente Sshuna, a respirao , comodissemos, do tipo andrgino. Em Cincia mdica, a narina lunar est para o vago, assim comoa solar para o simptico. Logo, mediante semelhantes exerccios pode-se conseguir o perfeitoequilbrio do sistema nervoso. Nas crises simptico-tnicas, j alguns mdicos mandamrespirar profundamente, ou por ambas narinas ou, justamente, pela direita; nas vagotnicas,pela esquerda.A respirao pela narina esquerda chama-se tambm Chandraswara, isto , respirao lunar.(Chandra, lua; Swara, hlito). Se pela narina direita, (Suryas-wara ou respirao solar. (Srya,sol).

    A respirao feita pela esquerda menos clida do que pela direita. Por isso, se um doentefebril se deitar sobre o lado direito, obriga a narina esquerda a funcionar, e a febre diminuidentro de poucos instantes. Sim, porque Lua, Apas ou gua e Sol, Tejas, Agni ou fogoso respectivamente termos de igual significado. Tudo quanto est no Macrocosmo se encontratambm no Microcosmo, segundo a sentena hermtica: O que est em baixo como o que

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    est em cima... isso a respirao natural. Mas o iogue pode modificar a prpria Natureza quando desejaalcanar determinado fim, principalmente quando este reverte em benefcio para seussemelhantes. Dominada pelo poder da inteligncia, a respirao se torna submissa vontadedo homem.

    Fases Lunares e RespiraoO ms lunar divide-se em duas metades, isto , nas duas semanas da Lua crescente e nasduas da minguante, o que abrange as quatro fases da lunares.. No primeiro dia das duassemanas da Lua crescente, deve a respirao passar, nascer do Sol, pela narina esquerda, istono princpio dos trs primeiros dias. No stimo dia, comea outra vez a respirao lunar, eassim por diante. Vemos, pois, que em certos dias se comea por uma respirao determinada.A respirao ora se efetua por uma das narinas, ora simultaneamente por ambas durante umperodo de cinco gharis, equivalente a duas horas; fato que o homem vulgar, para escrnio deseu mental, ainda no descobriu.Se no primeiro dia das duas semanas, na Lua crescente, comea a respirao lunar, deve sersubstituda, depois de cinco gharis (ou 2 horas) pela respirao solar, e, passado esse tempo,novamente pela lunar. Tal coisa se d naturalmente todos os dias. No primeiro dia das duas

    semanas da Lua minguante, comea outra vez a respirao solar, que muda depois de cincogharis durante os trs dias seguintes. Donde se conclui que todos os dias do ms sodivididos em Ida e Pngala.A respirao somente corre em Sshuna quando passa de uma para outra narina, ou naforma natural ou sob condies que explicaremos em nossa prpria obra.Alm de ser no ato dessa respirao que o Homem pode ligar-se ao seu Raio (Dhyan Choan),pela realizao do xtase espiritual, era nesse momento que se praticavam determinadasunies sexuais, como, por exemplo, entre os reis e rainhas do velho Egito, para que seus filhosnascessem deuses, filhos de Amon, como rezam suas escrituras. Mas no explicam o resto...Um casal nobre, espiritualizado, poder, dessa maneira, procriar um filho genial, portador de

    dotes de grande valor. Se, porm, os cnjuges no forem de alto padro moral e espiritual,seria v qualquer tentativa nesse sentido. Na terceira parte deste livro desenvolveremos estese outros temas diretamente relacionados com o ttulo do mesmo.Correspondncias entre os ChacrasA regio genital ou sagrada, como indica seu nome, est para a cabea na razo dos prprioscentros de fora ou chacras.Muladara (raiz): Saasrara (coronal): Svadistana (esplnico): Ajna (frontal): Manipura(umbilical): Vishuda (larngeo).Anaata (cardaco) mpar em relao aos demais; a cmara de Kundalini um centro

    independente, se assim o pudermos denominar, por ser nele que se regulam todos os mistrioshumanos, entre os quais o fato de suas doze ptalas aumentarem para quatorze, desde omomento em que se manifesta o poder de Kundalini para elevar o homem categoria deAdepto.

    Caractersticas dos TattWasA tabela abaixo complementa as caractersticas dos Tattvas dadas no comeo deste captulo.

    Tattva Sabor Comprimento Natureza MovimentoTttwa Sabor Comprimento Natureza MovimentoPrtiviApasTejasVayAkasha

    doceadstringentepicantecidoamargo

    12 dedos16 dedos4 dedos8 dedossem dimenso

    grumosofrioquentesempre emmovimentoOnipenetrante

    Move-se no centropara baixopara cimainclinadotransversal

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    Os comprimentos podem ser constatados, colocando-se a mo abaixo das narinas at aomximo que eles possam alcanar, para uma espcie de tenso arterial aplicada ao sistemarespiratrio, se um ligado est ao outro, ou melhor dizendo, todos os sistemas estointerligados apesar da diversidade de suas funes.O fato do Akasha no ter dimenso natural, pois que a tudo alcana e interpenetra, e comotal dando razo a uma nossa assertiva, em parte contrapondo-se da Doutrina Secreta, deque atravs desse Tatva fluem outros dois que lhe so superiores.

    Conselhos aos DiscpulosNo se deve tomar por guia as obras tntricas 16 . Elas concorrem, na maioria dos casos,principalmente quando o praticante no se encontra sob a orientao pessoal de um Mestrenem filiado a um Colgio Inicitico, para ocasionar mais mal do que bem, levando muitas vezeso incauto pelo caminho perigoso da magia negra. Acrescente-se que jamais se poderiaescrever um verdadeiro Tratado de Ioga, mesmo porque, se algum tivesse competncia paratanto, teria igualmente conscincia dos riscos a que se expem os seus leitores.16 O sentido literal do termo snscrito TANTRA ritual ou regra, significando tambm misticismo ou magia destinada a cultuar opoder feminino personificado em Shakti. Devi, Durg (Kali, esposa da Shiva) a energia especial relacionada com os ritos sexuais epoderes mgicos a pior forma de feitiaria ou magia negra. A linguagem adotada nas obras tntricas altamente simblica e as

    frmulas so pouco mais que expresses algbricas sem qualquer utilidade. (H.P.B. Glossrio Teosfico). N. da R.

    Princpios esotricos, Tatvas ou foras e suas Correspondncias com ocorpoHumano e os Estados da Matria e as Cores

    Tatvas tntiricos e suas Correspondnciascom o Corpo Humano e os Estados da Matriae as Cores

    Tatvas

    Adi

    Anupdaka

    Alaya ouAkasha

    Vay

    Tejas

    Apas

    Pritivi

    Princpios

    Ovo urico

    Bdi

    Manas Ego

    Kma Manas

    Kma rupa

    Linga-Sharira

    Corpo vivo

    em Prana ou aVida Animal

    Estado de matria

    Substnciaprimordial,Substratum doEsprito do ter.Essncia espiritualou Esprito; guasprimordiais do

    abismo.ter do espao ouAkasha em sua 3diferenciao.Estado crtico dovapor.Estado crtico damatria.Essncia damatria grosseira,correspondente aogelo.

    ter grosseiro ouar lquido.Estado slido ecrtico

    Parte do corpo

    Envolve e penetratodo o corpo.Emanao recprocapor endosmose.

    3 olho ouglndula pineal.

    Cabea

    Da garganta aoumbigo.

    Espduas ebraos at ascoxas.Das coxas aosjoelhos.

    Dos joelhos aosps.

    Cores

    Sntese detodasas cores Azul(1)Amarelo

    ndigo

    Verde

    Vermelho

    Violeta

    Vermelho -Alaranjado (2)

    Tattvas

    Ignorado

    Ignorado

    Akasha

    Vay

    Tejas

    Apas

    Pritivi

    Estado da

    Matria

    Ignorado

    Ignorado

    ter

    Gs

    Calor

    Lquido

    Slido

    Partes do

    Corpo

    Ignorado

    Ignorado

    Cabea

    Umbigo

    Espduas

    Joelhos

    Ps

    Cores

    Ignorado

    IgnoradoPreto ousem cor.

    Azul

    VermelhoBranco

    Amarelo(3)

    1)-Como dissemos, no azul e sim prpura a cor do Tatva Adi. Os sacerdotes da Agarta usam tal cor, no templo de Jpiter, do mesmo modoque os membros da Confraria Branca dos Bante-Jaul.Os cardeais da Igreja Romana tambm a usam, para fazer jus prpura cardinalcia. Quanto cor do planeta, basta lembrar os termos:Jpiter, Jove, Jeove ou Jeov...2)- Fala H.P.B.: Pode-se avaliar at que ponto so invertidas as cores dos refletidos na luz astral, logo que se v chamar de preto ao ndigo,de azul ao verde, de branco ao violeta, de amarelo ao

    alaranjado...3)-As cores no seguem aqui a escala prismtica, porque esta escala um falso reflexo, uma verdadeira may , enquanto nossa escalaesotrica e a das esferas espirituais dos sete planos do Microcosmo.

    Captulo V

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    ESTUDO SOBRE VAY e OJAS (De um livro desaparecido da face da Terra).

    Funes de Vay no organismo humano Os trs humores Efeitos do desequilbrio Outroprocesso de tratamento Doentes sem Karma Elemento Ojas Ojas e a constituiooculta do homem Origem deste conhecimento Que a Vida? O Esprito e a cincia davida.

    Funes de Vay no Organismo Humano

    Vay o Tatva que anima os constituintes do corpo humano e circula na intimidade de todasas clulas. Ele de forma quntupla, sendo a causa determinante dos movimentos dediferentes classes, Afasta a mente do no desejvel e concentra-a sobre o desejvel. Concorrepara que os sentidos de conhecimento e os rgos de ao cumpram suas respectivas funesprprias. Leva mente a imagem dos objetos que entra em contato com os sentidos . Mantmcoesos os elementos do corpo, a causa da voz, a energia primria do tato, do som e daaudio, sendo tambm a raiz ou causa do olfato.

    Vay desperta a temperatura e age como termo-regulador. Conduz os humores, elimina asimpurezas. D forma ao embrio na matriz e propulsiona o incio da vida do nascituro. Mas,

    quando excitado, aflige o corpo com doenas, sendo capaz de destruir os sentidos deconhecimento e os rgos de ao, chamados,em snscrito, respectivamente jnanaen-dryanis e karmaendrianis.

    Os trs HumoresOs trs humores do sistema vay-blis-fleuma, em suas aes, ou movimentos trplices:1. podem ser atenuados, normais ou excitados;2. podem correr para cima, para baixo ou diagonalmente;3. podem fluir pelo estmago e os condutos eferentes, pelos rgos vitais e pelas articulaes.Em seus estados normais, todo o organismo se mantm hgido; qualquer anormalidade noshumores provoca desequilbrio. Entre as doenas, alm das hereditrias, infecciosas e

    constitucionais, so mais freqentes as contradas por ausncia de higiene, desnutrio,alcoolismo, tabagismo, erros alimentares.Sem querermos invadir a seara alheia, permita-se-nos recordar que para a maioria destasdoenas o melhor remdio a temperana e adoo de regime diettico racional prescrito pelomdico especialista. Mas h outra classe de doenas que afeta praticamente a todos os serespensantes, oriundas da ausncia de higiene mental e de erros na formulao dos pensamentosou idias... Para estas a cura ou tratamento no to fcil, pois que se devem desarraigarvelhos hbitos de pensar e modificar atitudes mentais adquiridas. Posto que neste mundo tudo conseqncia do mental, a reforma deve comear pela cabea, com responsabilidade maiorpara os pais, educadores, psiclogos e psiquiatras.

    Efeitos do DesequilbrioQuando fleuma muda de condio, converte-se nas impurezas que se eliminam pelosemunctrios, podendo ocasionar por acmulo ou deficiente eliminao, as mais variadasdoenas. Todas as funes orgnicas so devidas a vay, por isso mesmo considerando avida. Nele tem origem os males que acabam por desgastar e aniquilar o fsico. A digesto eassimilao dos alimentos se produzem com o auxlio de pepsina, cido clordico e blis.Quando estes se alteram, surgem distrbios gastrintestinais, nervosos, crdio circulatrios. Noorganismo anmicos, as extremidades dos membros so frias. O corpo requer calor. Noentanto, ps quentes, cabea fria.

    Para manter o EquilbrioDa o nosso conselho de se dormi com a cabea voltada para o Norte (Vay), que a regiofria ou polar, e os ps para o Sul, regio quente (Tejas), conquanto polar. O primeiro alimenta osegundo. Vay flui no corpo para que este se mantenha vivo e aquecido. certo dizer-se: o

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    fogo est vivo. Brasas vivas ou acesas. Como fazer tornar normalidade os trs humores?Administrando alimentos ou medicamentos de condies opostas causa que produziu oestado anormal.

    Vay pode ser frio, seco, ligeiro, sutil, instvel, claro e azedo, normalizando-se por meio decoisas que possuam qualidades contrrias. A blis, que pode ser quente, fria, fina, cida eamarga, tambm se normaliza por meio de condies antagnicas.

    As qualidades de fleuma, quando alteradas, podem igualmente normalizar-se mediantesubstncias opostas. Acre, doce, salgado reprimem vay. Adstringente, doce, amargocontrapem-se a fleuma. As doenas geradas por esses trs elementos, separadamente ou emcombinaes, carecem de medicamentos e dietas apropriadas e estabelecer condiescontrrias anormalidade provocada.

    Outro Processo de Tratamento.Cada enfermidade possui o seu devata ou inteligncia prpria. Certas curas consideradasmiraculosas, resultam de uma forma poderosa que se convencionou chamar de magnetismo.A conjugao dessa fora acionada pela vontade do agente e pela f do paciente pode,

    efetivamente, conseguir a cura de molstias consideradas incurveis. Na Filosofia oriental sed ao magnetismo o nome de Kundalini Shakti.

    No Tibete e na Monglia certas molstias so tratadas por meio de mantrans ou daranis, isto, de versos do Rig Veda cantados com entonaes especiais, segundo o tipo de doena.Produzem-se vibraes para obrigar os devatas a abandonar o paciente.Para o Hindusmo no h vida sem forma, nem forma sem vida. No h esprito sem matria,nem matria sem esprito, Cada humor tem, portanto, seu prprio devata e para curar suasperturbaes, basta fazer uso dos sistemas teraputicos fundados nos atos relativos sdeidades e razo. Era esta a medicina do grande Paracelso.

    Doentes sem Carma.Para encerrar o assunto, recordemos a famosa frase de um clebre facultativo brasileiro Noh doenas; h doentes. Mas falta dizer que h tambm doentes sem Karma. So os seresde alta hierarquia espiritual que trazem misso especial para este mundo, aos quais no falta onecessrio equilbrio orgnico, porm so obrigados a assumir as responsabilidades crmicasde seus discpulos e da humanidade.Esses missionrios tornam-se vtimas at dos prprios meios de que devem lanar mo parapoder atrair ateno e despertar interesse pela sua Obra, pois em geral os homens a quemdevem instruir e redimir se portam como crianas: para cumprirem suas tarefas, deve-se antesoferecer-lhes doces e brinquedos. E para doentes de tal categoria no se conhecem remdios.Nesses caso, no h como repetir Sic transit gloria mundi.

    Elemento OjasCircula dentro do nobre rgo central determinada quantidade de sangue puro, ligeiramenteamarelado, ao qual se d o nome de ojas (fora). Quando este elemento escasseia, opaciente se torna febril, com tendncia a ansiedade e desnimo inexplicveis, cansando-se aomenor esforo. Se a escassez perdura, pode at causar a morte. Ojas aparece inicialmente,nas crianas; tem cor de manteiga clarificada, gosto semelhante ao do mel e cheiro de arrozfermentado.

    Ao centro cardaco (anaata) relacionam-se dez grandes condutos (nadis), por sua vez ligados

    medula espinhal (sshuna) e aos demais centros geradores de energia (chacras). Mahat eArtha so, para o iogue, sinnimos de corao. A inteligncia, os sentidos, a alma com seusatributos, a mente e os pensamentos se acham instalados no corao, rgo que encerra asntese evolucional de cada ser humano. O corao a sede do ojas mais perfeito, pois tambm o trono de Brahm. Os dez grande condutos distribuem ojas por todo o corpo,

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    vivificando-o, por isso que um fludo, como o sangue.Fludo fsico ou etrico? Inclinamo-nos pelo etrico e, sem abusar da dualidade das coisas,poderamos considerar ojas como o esprito do sangue. Ele desempenha papel relevante naconstituio humana. Se desejamos preserv-lo, devemos libertar-nos dos tormentospassionais e mentais.

    Ojas e a Constituio Oculta do HomemPara compreender-se o sentido dessas palavras, deve-se aprofundar o estudo da constituiooculta do homem. Como poderia o corao encerrar os dons da mente, da inteligncia, osatributos da alma?

    O homem se constitui, repetimos, de trs corpos: o grosseiro ou denso, o sutil ou psquico e ocausal ou espiritual isto isto , causado ou tecido pelo Esprito universal. O corpo causal portanto, uma sombra espiritual da verdadeira luz espiritual, ou em outras palavras, umapartcula do Todo, uma fagulha acesa soprada pela divina Fogueira; mnada atirada nacorrente evolucional pelo Imanifestado.

    Os sentidos, com suas naturais limitaes, se encontram nos dois primeiros, fsico e anmico;

    e, enquanto estes permanecerem da mesma natureza, o terceiro no se manifesta, isto , ohomem no o percebe, necessitando de numerosas encarnaes para com ele identificar-se.S ento haver o chamado equilbrio das trs cordas da Vina de Shiva, a harmonia entre a strs Gunas: Sattva (amarelo-ouro) pureza, verdade, esplendor, justia; Rajas (azul) atividade, movimento, progresso, evoluo; Tamas (vermelho) resistncia, inrcia, indolncia,involuo.

    Assim como essas trs qualidades de matria se encontram ligadas entre si, compredominncia do vermelho tamsico, tambm os trs corpos do homem se achaminterpenetrados, com geral prevalncia do emocional.

    Restabelecer-lhes o equilbrio, por vontade e esforo prprios, formar o homem perfeito ousinttico. O corpo causal tem este nome justamente por ser a causa dos outros dois e oreflexo, em si mesmo, da Causa das Causas. necessrio que na causa se encontre o efeito,embora de forma latente. De fato, no fsico e no psquico se acham os sentidos. No poderocorrer o mesmo em sua causa?

    As obras esotricas mencionam o corpo causal na forma de ovo urico sem entrar emdetalhes acerca dos sentidos. Segundo alguns autores hindus, seria um corpo deinconscincia, que funciona no alto transe, o que est a indicar que ele s pode ter conscinciaquando ligado aos dois inferiores. Isoladamente, no lhe seria possvel possuir conscincia.No ele o reflexo do esprito universal? Nos Upanishads se descreve o corpo causal com

    sede no corao e diferentes prticos onde se acham localizados os elementos restantes doscorpos menos vibrteis. Nos centros cardacos se concentram, portanto, todas as energias doalto transe. Cabe lembrar, alm disso, que a se abrigam os famosos oito poderes do iogue. Equando o homem tem que despertar o alto transe, ojas compelido a fluir do corao pelosdiferentes condutos, para dar fora ao corpo sutil e depois ao fsico, fato que ser explicadoquando tratarmos dos dois chacras que recebem de cada plano a vitalidade prnica.

    CINCIA DA VIDAOrigem deste ConhecimentoA Cincia da vida (Ayur-Veda) achava-se sob custdia de Brahm , o Criador, e dEle provm

    este conhecimento, o qual foi transmitido por um Mestre a seu discpulo e por este a outros, emsries regulares. Finalmente, o Tratado do discpulo Agnivesha teve por ttuloCHARAKASAMHITA, pelo fato de ter sido corrigido por Chraka. Ayur-Veda ou Cincia davida, assim chamada por ensinar como se alcana a longevidade e como se evitam ascausas das doenas.

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    Chraka (no confundir com Ramachraka e outros de nomes parecidos) dizia que, boa oum,feliz ou desgraada pode ser a vida. Antes de entrarmos em consideraes sobre ascausas determinantes da ventura ou desventura, devemos estar preparados para responderesta pergunta:

    Que a vida?Chraka define-a assim: Chama-se vida a unio do corpo, da sensibilidade e da alma com o

    Esprito. Nossa definio pouco difere dessa, pois dizemos que a vida o fio de Sutra que ligao Esprito com a alma e o corpo. O Chandogy-Upanishad a compara a um cordo queconsegue at-los intimamente. Se considerarmos os corpos do homem, esse fio de Sutra oque une (ioga) todos os seus sete veculos e tem por nome Prana. Quando ele se rompe fatoque em geral se verifica prematuramente a vida deixa de fluir para os veculos inferiores, talcomo o rompimento da linha de transmisso interrompe a passagem da corrente eltrica.

    Por outras palavras, a vida do homem na Terra um entrelaamento ntimo do corpo fsico comas sensaes e emoes do corpo astral, tido como alma, e com os corpo mental e causal. Avida divina se une terrena atravs do Ego ou Esprito, tambm chamado Mnada ou Trade.

    Em linguagem teosfica fala-se, por essa razo, da Trade superior, que transcende esobrevive ao quaternrio inferior, que a mesma trtraktis pitagrica, no smbolo do Kalki-Avatara, dcimo avatara de Vishnu, sob a forma de corcel branco animal nobre, de alvuraimaculada, mesmo que apoiada nas quatro patas alusivas ao quaternrio.

    A vida ainda o que em snscrito se chama Dhari, aquilo que mantm a coeso doselementos do corpo; Jivata, o que torna possvel a existncia; Nityoga, o que passa atravs:Anubanda, ininterrupto, continuidade etc. De tal co-essncia ou interligao de corpo ,sensibilidade, alma e Esprito, diz Chraka, a semelhana o que produz a Unidade, e adissemelhana, a diversidade. Nesse caso, semelhana identidade de essncia e desubstncia. Esprito, alma e corpo, a trindade a que se d o nome de pessoa (persona,

    aquele atravs de quem se manifesta o som),repousam sobre essa co-essncia com trsramos unidos ou trs luzes de um s candelabro, qual smbolo cabalstico da rvore sefirotal,na razo da coroa, com Kether, Chochmah e Binah. Sobre essa trindade tudo descansa. oque nas escrituras orientais se denomina Prusha, a verdadeira Vida universal que anima avida puramente animal, dentro do pequeno mundo de que formado cada indivduo.

    Do exposto resulta que a cincia da vida no busca apenas a longevidade hgida do nossoorganismo, mas principalmente a unio e a perfeita identificao com Prusha, o Espritosupremo Eu que se torna, assim, o regente da Cincia espiritual, por estar de posse daConscincia universal. Os Rishis consideravam as enfermidades como obstculos aoprogresso espiritual e recorriam a processos racionais para as deter ou evitar, a fim de quefosse alcanada a longevidade, qual eucarstia dos corpos humanos (a carne eucarstica ouimortal das tradies) que passavam a pertencer ao mundo jina, agartino ou de Shamballa, aCidade dos deuses.

    O Esprito e a Cincia da Vida.O Esprito imutvel e eterno; as faculdades, os atributos da matria e dos sentidos so ascausas, diz Chraka. Poderamos acrescentar a essa frase: as causas e as formas causais,razo por que um Adepto ou Homem perfeito pode apresentar-se em corpo causal.

    O Esprito a eterna testemunha de todos os pensamentos, palavras e aes, boas ou ms,

    sem jamais ser atingido por qualquer delas, merc de sua inalienvel independncia, que lhefaculta abandonar um veculo tornado indigno de sua presena, ou antes, da beno de suaassistncia. Felizes os que podem vislumbrar a sua presena, os que distinguem a voz daConscincia, a voz silenciosa que nos acusa de todo mal que fazemos e que nos sugere todobem que devemos praticar. A presena simblica do Arcanjo Miguel (o mesmo Dhyanchoan

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    Mikael), como supremo guardio porta do Paraso, com sua flamgera espada na mo direita,no seria para impedir a volta de Ado e Eva, mas para guardar o den at que a ltimaparelha humana se redima de suas faltas ou pecados; e por isso ele sustm na mo esquerdauma balana em cujas conchas se pesam o bem e o mal que praticamos.

    A expresso Esprito tem, pois, aqui a acepo de um raio de Atm, a manifestao da eternatestemunha, o Jivatm da terminologia hindu, a trade Atm-Bdi-Manas dos tesofos ou aSantssima trindade de todas as tradies. Nenhuma enfermidade, seja qual for sua causa,jamais poder atingi-lo, mas apenas ao corpo e mente inferior, por isso que as doenas spodem ser de duas classes, psicofsicas e psicomentais, estas originadas no mental inferior eaquelas no veculo emocional, como imperfeies e deformaes do prprio aura, das quaiscada indivduo o causador, por ignorar as leis do esprito e os conhecimentos de ordemsuperior, dificultando-lhe a ascenso evolucional.

    Consideram-se o corpo e a mente como formas parciais do sujeito ou indivduo inferior, mascoesas e inseparveis, sejam hgidas ou enfermas, at o rompimento do fio de sutra. Daharmonia entre ambas resultam sade e bem estar, donde o sbio aforismo Mens sana incorpore sano.

    Captulo VIO fogo nas vrias tradies As diversas naturezas do fogo Ignis natura renovatur integra O fogo nos demais planos da natureza O fogo no plano mental O fogo e a Tradesuperior Hino ao fogo.

    O DIVINO FOGOAgni! Agni! Agni! AUM.Fogo sagrado, fogo purificador,Tu que dormes no lenhoE te elevas em chamas brilhantes no Altar!

    Te s o corao do sacrifcio.Vo audaz da orao.Centelha divinaQue arde em todas as coisas,Alma gloriosa do Sol!Agni! Agni! Agni! AUM.

    O Fogo nas Vrias Tradies.O hino vdico ao fogo ainda hoje cantado nos templos hindus e nos colgios de iniciao.Para a S.T.B. foi um mantram de notvel poder construtivo. O fogo vem sendo objeto de culto

    desde eras imemoriais. Os Vedas caracterizam o culto de Agni, o fogo. Na religio deZoroastro ele representou papel de relevo e seu nome Zero Astro est ligado ao FogoDivino. No antigo Egito, como entre os incas dos altiplanos andinos, o fogo era religiosamentevenerado. Grcia e Roma o cultuavam e o conservavam aceso nos vestbulos, consagrado aVesta. No jainismo a Swstica era o smbolo dos smbolos sagrados, a representao planade uma pirmide de base quadrada, como as do Egito, o que revela o segredo da relao entrefogo e pirmide, de acordo com o Timeu de Plato.

    No Antigo Testamento encontram-se evidncias da adorao ao fogo. Os autores de obrasteosficas exaltam o princpio da existncia de diferentes planos, mundos ou idealizaesresultantes de agregados diversos e peculiares de um s ltimo tomo original, multiplicado

    ao infinito, como repercusses inmeras da primeira atualizao das potencialidades doindiferenciado Parabram. O fogo no um elemento e sim uma coisa divina (Blavatsky). Achama fsica o veculo objetivo do esprito mais elevado. O ter fogo. A chama a parteinferior do ter. O fogo divindade em sua presena subjetiva, atravs do Universo. Sob certas

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    condies, este fogo universal se manifesta como gua, ar e terra. o elemento uno do nossoUniverso visvel, sendo a potncia criadora (Kriya-Shakti) de todas as formas de vida, luz ecalor. No aspecto menos sutil Prana, a forma primeira e reflete as formas inferiores dosprimitivos seres subjetivos.

    As Diversas Naturezas do FogoSegundo Blavatsky, os primeiros pensamentos caticos divinos so elementais do fogo.Pergunta-se: Os vrios aspectos que adota o fogo correspondem a cada mundo concebvel?Ou melhor: Existem, alm do fogo fsico, um fogo astral o passional, um fogo mansico?Existiriam os fogos de Atm e Bdi?

    Cremos que sim e, ao tentarmos compreender algo da natureza desse divino reflexo, devemosconcentrar-nos em tal idia e com ela penetrarmos seu significado.

    Consideremos o primeiro, alis o menos difcil de entender, e com ele tambm o calrico, acaloria, calor necessrio para elevar de um grau centgrado a temperatura de um grama degua. Para o tesofo, o fogo fsico a atuao da energia csmica, do movimento original daprimeira vibrao inteligvel. Se com um malho ferimos um objeto de metal, a energia comunica

    massa um abalo que modifica seu estado vibratrio, traduzindo-se em calor. Um projtillanado contra uma chapa blindada, se suficientemente resistente para cont-lo, sofre enormeelevao de temperatura, que o faz incandescer, passando para o estado gneo pela comoobrusca experimentada. At no organismo humano, o fenmeno do enrubescimento se verificamediante uma comoo ou abalo de ordem moral, que acelera a velocidade da circulao,produzindo calor.

    Nas combinaes qumicas, o movimento dos tomos que se entrecruzam para formar novasmolculas, ou seja, o aumento do estado vibratrio se traduz igualmente em calor. Assim, ocalor, cuja culminncia fsica o fogo, uma atuao de foras internas que se produzem pelaacelerao do movimento vibratrio.

    Alguns corpos, como a esponja de platina, tem a propriedade de absorver gases que,aprisionados, modificam seu equilbrio interno, atuao de energia que se manifesta por umaelevao de temperatura capaz de incandescer a esponja. Os corpos radioativos, em que ocalor se origina pela constante atuao das partculas primrias constitutivas,fazem supor seachem submetidas a um processo de desmaterializao. H corpos,como o rdio, que sediriam fragmentos do prprio Sol, trazidos Terra por seu calor e luminosidade, praticamenteinesgotveis. Se uma modificao vibratria , uma concentrao de foras em movimento euma atuao das energias elementais constituem, como se supe, o processo inteligvel doprincpio da formao de um sistema csmico, o Fogo teria sido o primeiro elemento a surgir naalvorada de Um Manuntara.

    Poderamos assim corroborar a assertiva da brilhante autora de A Doutrina Secreta, de queos elementais do fogo so os primeiros pensamentos caticos do criador; e compreender suaafirmao de que o Sol Espiritual o centro, o fogo etreo e espiritual, o inquietante enigmados materialistas, que algum dia ho de convencer-se de que a eletricidade, ou, melhordizendo, o magnetismo divino a causa da diversidade de foras csmicas, manifestadas emcorrelao perptua; e que o Sol Fsico um dos milhares e milhares de ims espalhados peloespao, um refletor sem mais luz prpria do que a de qualquer astro opaco. (sis Sem Vu, vol.I., 357).

    Ignis Natura Renovatur Integra

    A instantaneidade da aplicao da fora influi poderosamente na produo ou dissipao docalor fsico. Quando uma fora atua lentamente sobre um corpo, o calor tambm produzido,porm inaprecivel, dissipando-se no ambiente. A razo poderamos, talvez, busc-la no fatode que, sendo o fogo um reflexo das formas inferiores dos primeiros seres subjetivos existentes

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    no universo (elementais do fogo, na acepo de H.P.B.), resultaria o seguinte: quando a massasofre uma comoo ou modificao que aproxime seu estado vibratrio, em intensidade einstantaneidade, ao prprio das primeiras formas inferiores subjetivas do plano, manifesta-se oreflexo o calor, a luz, o fogo.

    Igual efeito reflexo ocorre quando se manifestam e se desligam essas primeiras formas, talcomo nas combinaes qumicas, na afinidade pelos gases observada na esponja de platina,ou nos fenmenos de desmaterializao notados por Gustavo Le Bom nos corpos radioativos.

    Quando intenso e enrgico certos estados da matria, desaparece, pelo contrrio, o reflexocalorfico produzido pela presena daquelas formas inferiores subjetivas, veladas nomovimento total, e se produz o frio intenso que se manifesta nas clssicas experincias deCailletet e Pictet da liquefao dos gases.

    O calor moderado, reflexo da presena dos elementos do plano, estimula a evoluo fsica, ocrescimento. O calor exaltado, o fogo, quebra os edifcios moleculares e torna aquela presenato real e efetiva que chega a separar os elementos atmicos, produzindo as dissociaes.Temos assim o duplo papel do fogo como criador e destruidor no plano fsico: Ignis Natura

    Renovatur Integra (I.N.R.I., iniciais impropriamente traduzidas por Jesus Nazarenus RexJudeorum ).

    Temo-nos referido presena objetiva das formas inferiores do plano. Sem nos esquecermosde que estas so reflexos de seres subjetivos, vejamos at que ponto a Cincia concedemovimento e vida aos corpsculos primrios, considerados no estudo da constituio doscorpos. Os diversos mtodos usados para medir velocidade das partculas de matriadissociada diz Gustavo Le Bom em seu livro Lvolution de La Matire (p.37) deramsempre cifras aproximadas. Essa velocidade quase igual da luz para certas emissesradioativas, e destas para outras. Aceitemos a menos elevada dessas cifras, a de 100.000 Kmpor segundo, e tratemos com esta base de calcular a energia que produziria a desintegrao

    completa de 1 g de uma substncia qualquer.Ponhamos, por exemplo, uma moeda de cobre de um grama e suponhamos que conseguimosdesintegr-la, exagerando a rapidez de sua desintegrao. A energia cinemtica possuda porum corpo em movimento igual metade de sua massa pelo quadrado de sua velocidade.Um clculo elementar nos dar a potncia que representariam as partculas de um grama dematria, animadas pela velocidade que propusemos. Temos, com efeito, 0,001 Kg 1T = ---------------- x ------ . 100.000.002 = 510.000.000.0009,81 2de Kg, nmero que corresponde a cerca de 6.800.000.000 de HP.

    O Fogo Nos Demais Planos da NaturezaAt aqui ocupamo-nos somente do fogo fsico. A seguir, algumas palavras sobre as gradaesdo divino Fogo nos demais planos. Falemos antes do mais prximo, o astral, o campo daspaixes onde impera o desejo de apropriao egosta e da separatividade.

    No mundo astral, em determinado movimento-reteno que, consoante o ocorrido no mundofsico, pode ser ocasionado por uma violenta comoo, ou choque astral, que, transformado emaumento de atividade vibratria dos elementos (ou forma inferiores do corpo astral receptor),nele provoca um fogo caracterstico do plano. De igual modo, o fogo astral pode engendrar-sepela contnua insero e expanso do corpo de desejos de novas formas astrais. Com isto,

    estamos apenas formulando as idias, ficando, porm, claro que as expresses correntes,como o fogo das paixes , desejo ardente, paixo vulcnica e tantas outras no sodesprovidas de sentido concreto, tratando-se evidentemente de fogo criado pelo nosso mentalinferior; de vez que, segundo dissemos no incio deste estudo, o fogo real e verdadeiro nosdiversos planos se manifesta como reflexos do divino Fogo, quais naturezas diversificadas de

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    Purusha, do esprito em sua Fonte ou Manancial de todo o Cosmos. De qualquer modo,reflexos ou projees cada vez mais largas, segundo a abertura do ngulo em maior distnciado Projetor ou farolmatriz.

    Posto que tudo se manifesta sob forma dual, vemos esse Fogo descendo como Fohat (Luz) esubindo como Kundalini (Fora), como choque ou reflexo, segundo a frmula quepropusemos: um projtil lanado contra uma chapa blindada experimenta enorme elevao datemperatura (Laboratrio do E. S. ), que o faz incandescer, passando-o ao estado gneo pelacombusto brusca provocada pela reteno de movimento da massa total, a transmutada emmovimento da substncia ntima do corpo considerado.

    Antes de passarmos ao fogo mental, citemos mais uma vez a teoria de Swedenborg: A Leiessencial da Natureza a da vibrao. Um ponto morto, um ponto imvel no poderia existirem nosso planeta.

    Os movimentos sutis a que chamamos vibraes ou ondas; os mais vagarosos a quechamamos oscilaes; as trajetrias dos planetas e cometas a que denominamos rbitas; aspocas da Histria consideradas como ciclos; tudo isso e mais ainda no passa de um

    movimento ondulatrio cclico de ondas no ter, no ar, na gua, no aura, na terra, pornebulosas, pensamentos, emoes de todo o imaginvel.

    O Fogo no Plano MentalA luz universal em todos os planos e em todas as sua relaes. Quando as ondas etreasimpelem, com movimentos mais lentos, o ar que nos envolve, dizemos que h som; j outras,sumamente rpidas, que o sentido da audio no pode captar, as tomamos por luz. A origemdas vibraes, ondas, ciclos... est na prpria Vida divina.

    No mundo mental o Fogo divino se manifesta de modo prprio e caracterstico do plano, j queo crebro a sede do corpo mental. Na glndula pineal se concentram as vrias naturezas do

    fogo uno ou sinttico. Uma ao interna ou externa, atuando nas formas mentais integrantesdo corpo mental produz a ao de presena das formas assim vitalizadas, o que se expressapor fogo luminoso, este mesmo que em linguagem corrente chamamos fogo do entusiasmo,verbo inflamado, fogo da inspirao etc.

    Essa a primeira manifestao do Fogo ascendente na Terra (mundo psquico), por isso quecaminha para a vitria sobre o mundo astral.

    O Fogo e a Trade superiorNo mundo do discernimento, da intuio (plano bdico), o crebro-professor (sexto princpio), aenergia a manifestada (matria gnea rarefeita), por mais prxima que esteja

    do Sol (Fogueira central)que para baixo vibra no Poo de iluses, como o ardente cu dofilantropo, a chama da caridade, as aspiraes do gnio, etc. j o dissemos em outros lugares a Vlvula de segurana entre a alma e os demais princpios inferiores, para que a matria-esprito no se turve nem se confunda com os demais. como os diques do canal do Panam,pior exemplo, contendo as mars montantes do Pacfico e do Atlntico.

    No Oceano sem litoral as guas somente podem confluir e misturar-se quando a Humanidadeestiver equilibrada ao nvel do Oceano das purssimas e tranqilas guas do "Akasha, oimperecvel Brahm-Shiva-Vishnu, na mesma razo que Atm s se manifesta nessa trpliceforma (Atm-Bdi-Manas; Ida-Pngala-Sshuna), ou os Trs em Um, quando o Hlito correpelo meio... desde j simbolizando o Hermafrodita do fim da Ronda, se este relacionado estiver

    com o mesmo fato. Eis por que o perodo de Sshuna o da meditao e fuso nomaravilhoso Brahma (Tat Twan Asi).

    No mundo espiritual ou atmnico, para a nossa conscincia, todo Ele o Fogo, porque todo Ele

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    o radiante Amor divino. unidade, embora trplice em sua manifestao, como luz e calor nocorao humano, a cmara de Kundalini.Seu despertar no homem a famosa Serpente de fogo que deixa de se arrastarserpenteando na Terra, para evoluir em forma circular nesse mesmo humano corao: o fogodas paixes afinal substitudo pelo Fogo do Amor divino. Nesse instante no se poderia dizerem qual extremidade da serpente se encontra a cabea ou a ponta da cauda, pois ambas seconfundem. Certos estavam os antigos ensinamentos ao considerarem o fogo como elemento

    divino e infernal.Como Fohat, o fogo de tal sutileza que se torna quase inconcebvel, apesar das mltiplasformas sob as quais se manifesta. Como Kundalini, ao mesmo tempo criador de Vida ecausador de Morte; melhor dizendo, Transformao. o mesmo Fogo na nsia de alcanar suaextremidade superior, o Divino. Na sua essncia ou Unidade para a conscincia a revelaoprimeira das energias csmicas.

    a prpria Fora divina revelada; o germe dos universos, conexes imensas das forascsmicas, segundo a prpria Cincia, ao admitir que os corpos celestes e os sistemasnasceram de primitivas nebulosas gneas; a Alma vivificadora, prodigiosa, transmissora de

    vibraes e energias do Logos, que denominamos Sol espiritual.Compreende-se assim a razo por que os primitivos povos veneravam o Fogo. Ante seusolhos, era este o representante legtimo, no plano fsico, das Potncias divinas.

    Podemos reviver sua devoo recitando o Hino entoado pelos antigos Rishis, tal como foiescrito no Rig Veda:

    HINO AO FOGO

    1 fonte de riqueza, Divindade, vida, alimento,Prazer do lar feliz, que te sada e adora,Expresso ideal da Verdade Excelsa!2Igual ao Sol divino, cujo fulgor transmites,s indivisvel, eterno, inaltervel,E em TI a vida inteira se alegra e se revela3 Alma universal, que em tudo penetra! Agni sem igual Suplica-Te o homem,Como causa da ventura e do supremo bem.4

    Dominador sem par, reinas sobre a Terra,O homem e a mulher Te rendem preito,s o vigor do Pai, e da Me afeto.5Puro e encantador, como a esposa amante,s bondade eterna, como eterna aexistncia.6Infunde-nos a Paz: traz-nos a prosperidade.Que teus adoradores sejam sbios e fortesE conquistem a glria, a Paz, a longevidade.

    7Frutos, leite, mel tudo que nos nutre, Fogo, de ti vem, transformador supremo.8Ao cu, Omar, atrai formando nuvens belas,Que por Tua ao fecunda, em chuva se convertem.9Tu produzes a Luz e astros brilhantesQue enchem de esplendor a abbada celeste,Supremo protetor e benfeitor supremo!10Em toda parte ests, em todos os lados brilhas:Para melhor criar, destris, incansvel,

    Em Ti se engendra o Bem, a fora e a opulncia.11A mente, o corao em Tua chama se banham,De Ti se nutre o Sol, de Ti se formaO raio, de Ti brota a flor: em Ti o amor se inspira.12 Agni! Que esta orao elevada em Tuahomenagem,A Ti chegue veloz, o Teu favor conquiste.

    (Continua na prxima edio)Dhran n 32 1969 Ano XLIV