tattva bodha portuguese

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    Vedanta refere-se aos textos no final de cada Veda, cujo sujeito oconhecimento do Ser. Quando voc adquire o conhecimento do Ser, vocno tem mais dvida a respeito da natureza da realidade.

    Todos desejam ser livres da limitao, e apenas atravs do entendimentode que o indivduo o Ser, que esse desejo pode ser realizado.

    Os mantras que compe os Upanishads so enigmticos e portanto precisam

    ser explicados. Muito tempo atrs, um grande sbio, Badarayana comentousobre eles e seus comentrios tambm so considerados material de origem.Ainda que no exista a necessidade de material de origem adicional, pessoascontinuam a tomar conscincia da Verdade e se sentem inclinadas a falarsobre isso. Palavras que surgem mais tarde, no podem ser legitimadas, amenos que no contradigam a premissa fundamental dos Upanishads. Qual a premissa? De que esta uma realidade no dualista e portanto, somente oSer existe. No sculo oito, surgiu a ligao mais importante e moderna natradio Vedica, Sri Adi Shancaracharya, que escreveu muitos textosimportantes sobre o Ser. Ele no se desviou das ideias dos Upanishads, masas apresentou com uma clareza excepcional. Tattva Bodha foi escrito por

    Shankaracharya e considerado o texto introdutrio definitivo para o estudodo Ser.

    Por que deve-se confiar nos ensinamentos do Vedanta? Porque eles no soa filosofia de um indivduo, nem so as alegaes de uma religio especficaou uma escola de pensamento filosfica. Apesar de terem surgido na ndia,no h nada indiano a respeito deles. Eles so Verdade revelada. Verdaderevelada por definio no tem autoria de pessoas nem pertence a nenhumareligio em particular. Ela vem diretamente do Ser. Durante a revelao, ospreconceitos individuais e vises pessoais so suspensos, porque a pessoaest exttica... fora do pequeno ser. Mesmo nesse caso, as palavras que

    so usadas para transmitir o senso de verdade, devem ser verificadas pormuitos outros por um longo perodo de tempo, antes que possam ser aceitos.

    A Verdade revelada normalmente necessita de revelaes adicionais, porqueas pessoas que a ouvem tendem a interpret-la de acordo com seus gostospessoais. A noo de que existe uma minha verdade e uma sua verdadeno endossada no mundo do Vedanta. O Ser um e o conhecimento deles pode ser um. possvel simplesmente ler esses textos e sair iluminado?Pode ser possvel, mas improvvel porque a Verdade, como todo resto, apenas to boa quanto for o seu entendimento dela. Portanto a tradio deensinamento do Vedanta evoluiu. Ela requer uma mente madura e qualificadabuscando conhecer e um professor estabelecido no no-dualismo que possamanejar de maneira habilidosa os meios de conhecimento. esperado que,

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    se o seu estudo do Tattva Bodha vier a despertar um desejo de realizar oSer, voc vai abordar algum estabelecido no no-dualismo e solicitar oensinamento.

    Desejo

    Necessidades fsicas e biolgicas so naturais; elas esto integradas aocorpo e so compartilhadas por todos os membros da espcie humana.Outras necessidades, no entanto, so cultivadas baseadas em ideiaspredeterminadas que surgem da experincia. A tendncia de um co de ir emdireo um homem carregando um osso um instinto cultivado. Ele foipreviamente alimentado mo e se lembra de que a experincia de mastigarum osso atrativa. Se seu dono aparecer segurando um pau, ele corre,tendo desenvolvido uma averso apanhar, baseada nas experinciaspassadas.

    Alm das escolhas instintivas, que compartilhamos com os animais, oshumanos tem a habilidade de pensar. Isso permite que eles escolhamconscientemente entre duas alternativas: bem e mal, prazer e dor, certo eerrado, etc.. A habilidade de discriminar faz com que outro poderoso fatorpsquico seja possvel: o desejo de buscar o aperfeioamento e a melhoria.

    Seres humanos so um trabalho em andamento. Eles no so apenasimperfeitos e incompletos mas, ao contrrio dos animais, eles estoconscientes disso. Esse senso inato de incompletude provoca uma fortenecessidade de buscar a completude e a totalidade. Essa necessidade porsua vez surge como um desejo de ser melhor ou diferente do que a pessoa

    no momento e pode ser to importante para ela - s vezes mais importante -do que seus instintos e necessidades corporais naturais.

    A Ironia do desejo e da Ao

    O senso comum de observao demonstra que as tentativas de satisfazerdesejos no removem permanentemente os desejos. Ao contrrio, quantomais o indivduo satisfaz seus desejos, mais desejos surgem. Apesar dasnoes romnticas promovidas pela cultura a respeito de sua atratividade, odesejo um grande problema para os seres humanos. um estado mentaldesconfortvel e frequentemente doloroso que continuamente grita para ser

    removido.

    A resposta natural quando algum sente a ccega do desejo ou a averso aomedo, fazer alguma coisa. Quando eu busco o objeto do meu desejo, euacredito que a aquisio do objeto vai remover o desejo e me dar paz mental.E por acaso isso at acontece. Mas infelizmente, o senso de satisfao ealvio sentido apenas temporrio. E para deixar tudo pior, a aquisio doobjeto desejado, na verdade refora o desejo original.

    Ento ao invs de terminar livre do desejo quando eu ajo - o que era a minhainteno - em ltima anlise eu termino com mais desejo. Outra maneira de

    formular esse problema dizer que seres humanos so motivadoscontinuamente a remover um senso de limitao inato, mas antinatural.

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    Portanto eles se esforam para se sentirem ilimitados e livres. Por exemplo,quem no se sente limitado por falta de dinheiro, tempo, poder ou amor?

    As milhares de coisas oferecidas pela cultura prometem de alguma formaremover o senso percebido de limitao e falta. Mas mesmo que vejamos o

    problema como uma procura por completude ou uma busca por uma falta delimites, por que - apesar da disponibilidade imediata de objetos materiais,programas de auto aperfeioamento e terapias tanto religiosas quanto laicas -todas as tentativas para nos tornarmos puros e perfeitos, ilimitados ecompletos, falham?

    Causa e Efeito

    O desejo de ser completo s pode ser satisfeito se for possvel alcanar acompletude. Infelizmente, a completude no pode ser alcanada, por causada lei de causa e efeito. Completude/no limitao/perfeio s poderiam ser

    alcanadas se fosse possvel fazer um esforo que trouxesse um resultadoilimitado. Mas aes, que so sempre desempenhadas por entidades finitas,produzem apenas resultados limitados. Mesmo a soma de dezenas demilhares de aes limitadas no se equipara no limitao. Milhardrios setornam milionrios e milionrios se tornam bilionrios e bilionriosempenham-se ainda mais. Tristemente, um indivduo est to longe dariqueza com um dlar quanto com um trilho. No caso do estado de xtaseilimitado, dez mil momentos de satisfao emocional so exatamente omesmo que um momento. Mesmo na esfera do conhecimento, quanto maisalgum sabe, mais se torna consciente do que desconhecido. Apesar deseu grande conhecimento matemtico, Einstein era ignorante de muitas

    outras coisas.

    O que fazer? Compreendendo as limitaes da ao, alguns concluem que ocaminho para a completude afrouxar, desistir e no fazer nada. Mas impossvel no agir. Mesmo no fazer certas atividades produzconsequncias. Por exemplo: eu no pago os meus impostos e terminoencrencado. Se eu no escovo meus dentes, eles apodrecem e caem. Almdisso, como todas as atividades movidas pelo desejo, no fazer no reduz odesejo, portanto uma pessoa que no est perseguindo seus desejos todesconectada emocionalmente quanto algum que est. Ao mesmo tempo, aobservao simples conduz concluso de que, apesar de todas as

    aparncias, essa uma criao intencional e as coisas aqui seguem certasleis bem conhecidas. Tudo o que fazemos depende desse fato. Se um dia agua decidisse ficar seca e o gelo quente, todo o cosmos pararia defuncionar. J que o desejo de ser completo e inteiro, como outros desejos,ocorre numa criao intencional, ele deve servir a um propsito. Se isso verdade ento existe uma maneira de satisfazer a esse desejo. Vedanta essa maneira. Mas realiza nossa plenitude de forma inesperada.

    Concluso do que j Realizado

    Cada ato executado para alcanar algo. Trs fatores esto envolvidos no

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    processo: o que voc quer que seja alcanado, os meios empregados paraalcanar isso e a pessoa que deseja a concluso. Atravs de esforosoportunos e adequados, qualquer coisa que no tenha sido alcanada podeser alcanada. No entanto, nenhum esforo ou ao so requeridos paraalcanar aquilo que j foi alcanado. Certo dia um homem pediu a Deus para

    dar a ele uma cabea sobre os seus ombros, e o Senhor ficoudesconcertado. Eu posso ser onipotente, mas no posso satisfazer o seupedido. Ele disse, Eu posso te dar uma cabea maior, uma cabea menor.Eu posso torcer sua cabea como umpretzel, ou achat-la como uma pizza,mas eu no posso te dar uma cabea sobre os seus ombros. Por que no?o homem perguntou. Porque, tolinho, voc j tem uma cabea sobre os seusombros.

    Completude-perfeio-sem limites-liberdade entram na categoria do Jrealizado e nenhuma ao ou esforo so requeridos para alcan-los.

    VEDANTA

    O Dcimo Homem

    Um grupo de dez homens estava fazendo uma viagem pelo pas. Eleschegaram a uma parte rasa do rio que precisava ser atravessada a p. Parase certificar de que estavam todos presentes e contabilizados para depois decruzarem, o lder os alinhou e contou... mas a conta revelava apenas nove.Eles ficaram agoniados e procuraram por toda parte pela pessoa

    desaparecida. Quando todos os seus esforos no produziram o dcimohomem, eles caram em uma profunda depresso. Nesse momento, umsenhor se aproximou e vendo a sua aflio perguntou qual era o motivo. Older explicou a situao e o velho sorriu. Se alinhe com os outros, ele disseao lder. Ento o senhor contou. ... Oito, nove, dez! ele disse apontandopara o lder... que havia esquecido de incluir a si mesmo.

    Nenhuma ao produziu a pessoa desaparecida. Ela foi produzida nomomento em que o lder percebeu que esqueceu de incluir a si mesmo naconta. Na verdade, ele estava apenas procurando por si mesmo... todo otempo pensando que estava procurando por outra pessoa. Vedanta diz:

    liberdade-perfeio-completude-sem limites j esto realizados. E declarasem equvocos (e epifanias confirmam) que ns somos inteiros e completospor natureza e que nenhuma ao de nossa parte ou de qualquer outro,incluindo Deus, pode nos completar.

    O Ensinamento, o Professor e o Ensino

    Se eu acredito que a completude que eu busco vai ser encontrada em outracoisa que no eu mesmo, numa experincia permanente de iluminao porexemplo, eu serei incapaz de perceber minha perfeio inata, porque atotalidade e a completude residem apenas no meu Ser, no em uma

    experincia especfica. Portanto, esse fato precisa ser conhecido por mim.Acontece que o conhecimento de que o Eu inteiro e completo tem estado

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    conosco desde que os seres humanos esto na terra. Os ensinamentos queremovem a ignorncia do Ser evoluram a partir de tentativas bem sucedidasde seres Auto Realizados, para revelar isso e compreender a antiga tradiode ensinamento do Vedanta, um meio de conhecimento do Ser. Vedantatambm inclui as escrituras de Yoga, que so essenciais para atingir o estado

    mental apropriado para receber o conhecimento. Um professor de Vedanta algum que tomou conhecimento da sua natureza ilimitada e podehabilmente revelar o Ser ao desdobrar o verdadeiro significado dosensinamentos. Frequentemente acredita-se que uma epifania ou umatransmisso energtica de um mestre espiritual vo resultar na Realizaodo Ser, mas isso no verdade, a no ser nas situaes extremamente rarasonde o conhecimento eu sou conscincia ilimitada surge durante aexperincia e mantem-se de forma permanente na mente quando aexperincia termina, destruindo todos os pensamentos subsequentes delimitao. O assim chamado mundo espiritual consiste de um pouco maisde centenas de milhares de pessoas, que desfrutaram da experincia de

    sentirem-se ilimitados e completos, mas que persistem em ver a si mesmoscomo criaturas carentes e limitadas. Portanto algum que busca oconhecimento do Ser precisa estar preparado. A preparao consisteessencialmente em adquirir uma mente imune atrao ao medo e aodesejo, uma mente na qual o Ser possa ser claramente apreendido e quepossa reter o conhecimento Eu sou o Ser.

    Conhecimento

    Dois fatores so necessrios para obter o conhecimento de um objeto: Oobjeto em si e um meio vlido de conhecimento. Para adquirir oconhecimento de cachorro, um cachorro deve estar presente dentro doescopo da percepo e dos olhos que devem estar funcionando - apoiadospela ateno da mente (porque todo o conhecimento acontece na mente). Seapenas os olhos estiverem funcionando mas a mente no estiver presente, oconhecimento no pode acontecer. Nesse caso, os olhos e a mente so osmeios de conhecimento.

    Conhecimento direto ou indireto. O conhecimento de um cachorroconseguido ao olhar para ele, conhecimento direto. No entanto, se o

    cachorro no est presente no campo de viso do indivduo, o conhecimentoobtido ao ouvir a sua descrio, conhecimento indireto. Ainda que ocachorro esteja presente, mas se os olhos no estiverem funcionando, oconhecimento obtido atravs dos outros sentidos tambm indireto. Para oconhecimento direto, um meio vlido de conhecimento tem que estardisponvel. Por exemplo: ouvidos no so um meio de conhecimento vlidopara ganhar o conhecimento direto de uma cor ou objeto. Se os meios deconhecimento e o objeto a ser conhecido estiverem presentes, oconhecimento acontece sozinho. Nenhuma ao est envolvida no processodo conhecimento. Apenas o funcionamento dos meios de conhecimento necessrio. A ignorncia nos priva de um meio de conhecimento do Ser. Nspodemos ter ouvido falar muito de uma pessoa, sem t-la visto. Mesmo sepor acaso acontecer de estarmos em sua presena, ns no obtemos o

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    conhecimento de quem ela , at que algum nos informe que aquela pessoaque estamos procurando est na nossa frente. Quando isso acontece, oconhecimento ocorre instantaneamente. Nesse caso, as palavras daqueleque nos informou constituem os meios de conhecimento.

    Apenas o conhecimento direto completo e livre de erro. O conhecimentoobtido atravs de ler ou ouvir algo sobre um objeto est sujeito aoquestionamento, porque a imagem formada na mente depende de nossasimpresses passadas e nossas crenas e opinies. A imagem do mesmoobjeto ou descrio de um objeto, formada em diferentes mentes geralmente diferente.

    A maioria de ns ignorante ao fato de que somos seres completos eperfeitos. Assim como os olhos no podem ver a si mesmos, os rgos dossentidos e a mente no podem ver o Ser. Vedanta um meio direto eimediato de conhecimento do Ser. Ele pode comunicar o conhecimento do

    Ser porque o Ser est sempre presente. No est escondido no Coraoespiritual ou num estado transcendental, nem est coberto pelo corpo fsico.Se voc existe, voc o Ser. Portanto voc est sempre dentro do escopo dasua percepo. Quando voc no experiencia a si mesmo? Que voc penseque o mundo que est experienciando outra coisa que no voc, devido falta de entendimento. Que voc no perceba quem , devido a uma crenade que algo ou algum que no seja quem voc . Quando essa crena investigada e subsequentemente descartada luz dos ensinamentos doVedanta, sua sensao de limitao se dissolve... porque o Ser ilimitado.Portanto se voc quer perceber a liberdade dada por Deus, voc precisa seexpor a um meio vlido de conhecimento do Ser.

    O Texto

    Tattva Bodha foi escrito em Snscrito no Sculo Oito por Shankaracharya esignifica conhecimento da verdade. um texto introdutrio, que delineia osfundamentos do Vedanta. Aps explicar as qualificaes necessrias pararealizar o Ser, ele lida com o relacionamento entre o indivduo, o mundo e oSer. Ele explica os termos tcnicos que formam a base do Vedanta. Semcompreender o sentido dessas palavras, os meios de conhecimento no vo

    funcionar.

    INVOCAO

    Saudaes ao Ser, aquele que confere o conhecimento na forma do meuprofessor. Este tratado, O Conhecimento da Verdade para o

    benefcio dos buscadores da liberao qualificados.

    No comeo da maioria dos textos Vedantinos, o indivduo normalmenteencontra um verso que diz qual o propsito do texto, a quem se destina e obenefcio que ser obtido atravs do seu entendimento. Nesse caso

    dedicado a um buscador qualificado e seu propsito explicar a natureza darealidade. O benefcio a ser obtido a liberdade do sofrimento existencial. O

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    professor algum que ajuda a remover a ignorncia do Ser.

    A sociedade moderna um autntico supermercado de identidades. Mastodas as suas identidades so baseadas na ignorncia da nossa verdadeiraidentidade. Apesar das identidades limitadas oferecerem a soluo de nossos

    problemas existenciais, elas apenas oferecem alvio limitado. Se eu sou umgay, no posso ser hetero. Se eu sou um homem, no posso ser uma mulher.Se eu sou um Republicano, no posso ser um Democrata. Os ensinamentosdo Vedanta revelam uma identidade que engloba todas as identidades e noentra em conflito com nenhuma.

    Para compreender nossa verdadeira identidade, o processo de discriminao(viveka) deve ser empregado. O conhecimento do Ser est misturado com aignorncia do Ser. Portanto uma pesquisa discriminativa necessria. Essapesquisa apenas produzir resultados bem-sucedidos se o estudante forqualificado. Uma pessoa qualificada possui as qualidades abaixo.

    (1) Discriminao(viveka)

    O que se entende por discriminao entre o impermanente e opermanente? a convico de que apenas o Ser permanente e que

    tudo o que experienciado impermanente.

    Pessoas atradas pela auto-investigao frequentemente j tiveramexperincias que as convenceram de que existe um algo espiritual alm

    daquilo que elas percebem com os sentidos, com as emoes e com amente. Mas elas esto sempre em dvida quanto ao que isso seja. O mtodofundamental para a realizao do Ser a discriminao entre o que permanente... o Ser... e o que no ... a mente e o mundo. Ainda que essaseja uma realidade no-dualista e tudo que muda seja tambm o Ser, essefato desconhecido para o iniciante. Mesmo que ele fosse conhecidointelectualmente, ele ou ela teria que passar pelo longo e por vezes difcilprocesso introspectivo de separar o Eu - o Ser - de todas as suas formasmutantes.

    (2) No apego (viragya)

    O no apego a ausncia do desejo pela apreciao dos frutos dasaes de um indivduo nesse mundo.

    Essa qualificao basicamente exclui noventa e nove vrgula nove por centoda raa humana da realizao do Ser. Por que? Porque precisamente porcausa do desejo pelos resultados das suas aes que as pessoas executamaes. Um buscador da liberao, no entanto, compreendeu e aceitou o fatodoloroso de que os resultados de uma ao no apagam permanentemente oseu senso de inadequao, incompletude e limitao. Por que? Porque elesso condicionados pelo tempo. O no-apego deve surgir desse

    entendimento, no do desespero. comum as pessoas se tornaremnegativas quando percebem que conseguir o que querem e evitar o que no

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    querem, no resolve a questo da felicidade. Uma pessoa discriminativaficar satisfeita ao descobrir que os resultados das aes (o que acontece navida dele ou dela) no so permanentemente satisfatrios. Por que? Porqueisso a libera da sua compulso por agir e permite atividades criativas eespontneas que no so orientadas por objetivos. E libera a mente para

    buscar a felicidade no Ser.

    (3) Controle da mente e dos sentidos (sama e dama)

    A fora de vontade til mas no o suficiente para controlar uma menteinquieta. Controle mental significa que uma pessoa no cede aos medos edesejos que surgem na mente, mas vive de acordo com um princpiosuperior. Ao subordinar-se a um princpio superior, a mente se torna calma.

    (4) Observao rigorosa da sua obrigao (uparama)

    Obrigao um princpio mais alto do que a ao motivada pelo desejo,baseada numa crena em direitos. Quando algum cumpre o seu dever emrelao a si mesmo, sua famlia, comunidade e religio, a mente fica sobcontrole.

    (5) Tolerncia (titiksha)

    Ater-se ao seu caminho escolhido com um estado de esprito alegre, noimportando quais so os obstculos encontrados, chamado de titiksha.

    (6) F (shraddha)

    F a crena de que o que a escritura e o professor dizem verdade.

    F no uma crena cega. Ao contrrio, deve-se refletir e analisar demaneira independente o que est sendo ensinado, para ver se isso concorda

    com o senso comum e a razo. F a crena de que uma tentativa honestade questionamento vai levar ao entendimento.

    (7) Mente Direcionada para um nico Foco (samadhana)

    Mente Direcionada para um nico Foco a habilidade de manter amente absorvida numa linha de pensamento especfica, num tpicodeterminado.

    Todos possuem a habilidade de se concentrar em coisas que particularmenteos interessa. O estudante da realidade mantem a sua mente constantemente

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    trabalhando, refletindo nos ensinamentos do Vedanta.

    (8) Desejo ardente pela liberao (mumukshutva)

    Um desejo ardente pela liberao significa que a pessoa descarta apossibilidade de que qualquer coisa que possa acontecer na vida, possafaz-la permanentemente feliz. Como resultado todo o desejo queanteriormente foi direcionado para fazer o mundo funcionar, agora sedireciona para a busca do Ser. Se esse fator estiver operando de maneiraintensa, todas as outras qualidades se desenvolvem rapidamente. E emcontra partida, uma pessoa discriminativa, desapegada, com uma menteclara, no vai realizar o Ser a no ser que desenvolva um interesse

    duradouro por isso.

    Estas so as qualificaes para fazer uma investigao discriminativano Ser. Nenhum outro fator necessrio.

    Investigao no Ser

    O texto agora discute a natureza da investigao (discriminao) que leva verdade do seu Ser.

    Apenas o Ser real. Todo o resto irreal. Essa a convico firme doinvestigador e chamado de investigao.

    O SER

    aquilo que permanece imutvel no passado, presente e futuro. Eleexiste antes e depois do tempo. Ele permeia e transcende todos os

    estados de conscincia. chamado de satyam, aquilo que .

    Aquilo que no existe, como os chifres de um peixe, chamado de asat,irrealidade.

    Aquilo que existe mas sofre mudana chamado de mithya, realidadeaparente. Todas as coisas nos mundos subjetivo e objetivo mudam.

    Toda a existncia pode ser dividida em duas categorias: (1) o Eu que chamado de aham e (2) o resto do mundo que chamado Isso

    (idam).

    Devido ignorncia sobre a natureza do Ser, um ser humano est sempreidentificado com o que mutante e aparente: o corpo, as emoes ou o

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    intelecto. A crena de que eu sou meu corpo, sentimentos ou pensamentos,constitui uma falsa noo do Ser. Isso chamado de ego.

    Se uma pessoa puder claramente distinguir o Ser do aparente e mutante noSer, o no Ser pode ser negado como identidade principal e o Ser real

    pode ser reconhecido e apreciado. A investigao da natureza real doindivduo atravs de primeiramente identificar o que no eu (anatma) esubsequentemente afirmar que ele o Ser imutvel, chamado deinvestigao (tattva viveka). A forma de fazer isso compreender que aquiloque algum conhece sobre si mesmo diferente daquele que conhece.

    A anlise que segue mostra como o Eu, aquele que conhece, diferente do corpo com o qual est falsamente identificado.

    O INDIVDUO

    O que so os trs corpos (sharira traya)?

    O Ser est aparentemente vestido de trs corpos e desfruta de trs estadoscorrespondentes. O corpo do alimento chamado de Corpo Bruto (sthulasharira). Os sistemas psicolgicos, as emoes, o intelecto e a auto imagem(ego) so chamados de Corpo Sutil. As sementes das experincias passadasdo indivduo so chamadas de Corpo Causal, porque elas causam seupensamento, sentimentos e aes.

    Os corpos Bruto, Sutil e Causal so testemunhados pelo atman, o Ser. Se oSer se identifica com o Corpo Bruto, ele parece ser uma entidade ambulante.

    Quando se identifica com o Corpo Sutil, parece ser um sonhador oupensador. Quando se identifica com o Corpo Causal, parece ser aquele quedorme. Esse processo parecido com o de um ator, fazendo diferentespersonagens num drama, ou um cristal lmpido que assume a cor de umobjeto que est prximo dele. Mas como um ator, o Ser se distingue dospapis que aparenta assumir. O Ser portanto chamado de testemunha(sakshi) dos trs corpos e de seus respectivos estados. O Ser Eu e oscorpos so isso.

    O que o Corpo Bruto?

    aquilo que composto dos cinco elementos (mahabhutas)... espao,ar, fogo, gua e terra... depois deles terem passado pelo processo de se

    dividir e combinar (panchikarana).

    Nasce como resultado de aes meritrias do passado e o veculoatravs do qual algum ganha experincia no mundo. Nasce, cresce, se

    sustenta, decai e finalmente morre.

    O que o Corpo Sutil?

    composto dos aspectos sutis dos cinco elementos (tanmatras), antes

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    que eles passem pelo processo de se dividir e recombinar. umresultado de boas aes no passado e um instrumento para

    experincias sutis. constitudo de dezessete partes: os cinco sentidosperceptivos (jnanendriyas),os cinco rgos de ao (karmendriyas), os

    cinco ares vitais: respirao(prana),evacuao (apana), circulao

    (vyana),digesto e assimilao (samana) e o poder do corpo de rejeitarobjetos indesejados(udana). Udana tambm ativado no momento damorte e responsvel por expelir o Corpo Sutil do Corpo Bruto. O

    Corpo Sutil tambm contm a mente e o intelecto.

    A mente (manas) a localizao psquica dos sentimentos, emoes ehumores do individuo. O intelecto (buddhi) a faculdade de deciso e a fontedo sentido do ego, do fazedor de aes (ahamkara). O Ser identificado com ointelecto resulta no sentido de Eu sou um fazedor. Eu sou um conhecedor.A mente e o intelecto so dois aspectos funcionais do Corpo Sutil. Quando oCorpo Sutil est sentindo-se volitivo, emocional ou vacilante, chamado de

    mente. Quando est envolvido no aspecto cognitivo de determinar, decidir oudiscriminar, chamado de intelecto.

    O Corpo Bruto, o envoltrio material externo, mantido vivo pelo CorpoSutil que opera os rgos da percepo e ao e os pranas, os sistemas

    fisiolgicos. Quando o Corpo Bruto morre, o corpo Sutil o deixa. OCorpo Sutil varia de uma pessoa para a outra. A identificao do Ser

    com o aspecto emocional do Corpo Sutil resulta em sentimentos como:Eu estou feliz. Eu estou infeliz. Eu estou bravo. Etc.

    Os rgos da percepo so chamados dejnana indriyas,rgos de

    conhecimento. Eles so olhos, ouvidos, nariz, lngua e pele. Oselementos que fazem surgir os rgos perceptivos so os seguintes:Espao para o ouvido. Ar para a pele. Fogo (luz) para os olhos. gua

    para o paladar e Terra para o nariz.O campo de experincia para o ouvido o espao, que faz com que osom seja possvel. O campo de experincia para a pele o ar, que fazcom que o toque seja possvel. Fogo (luz) faz com que a percepo da

    forma seja possvel. Percepo das formas funo dos olhos. A lnguafunciona porque a gua faz com que o gosto seja possvel. O propsito

    do nariz a cognio dos elementos da terra.Os rgos da ao so chamados karma indriyas. Eles so: fala, mos,

    pernas, anus e genitais. O elemento responsvel pela fala o fogo. Paraas mos, ar. Para os ps, espao. Para o nus, terra e para os genitais,

    gua.

    O que a mente? (antahkarana)

    A mente recebe o estimulo dos sentidos perceptivos e unifica ouassimila a informao em uma experincia. A mente pensamento.

    Pensamentos podem ser divididos em quatro categorias baseadas emsuas funes. Quando a mente est num estado volitivo, vacilante ou

    em dvida, ela chamada manas, emoo. Quando a mente estenvolvida na anlise de uma situao, com a ideia de determinar,

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    discriminar ou julgar, chamada de buddhi, intelecto. Quando a mentese considera como sendo autora da ao, ou quem desfruta do prazerou da dor, chamada de ego ou ahamkara. A parte da mente que se

    lembra de memrias e guarda impresses subconscientes chamadade chitta. A mente responde no modo que for apropriado s situaes

    que ocorrem na vida. uma outra forma de conceber doCorpo Sutil.

    O que o Corpo Causal?

    Aquilo que inexplicvel (anirvachaniya)e sem comeo (anaadi).

    livre de diviso e a fonte da ignorncia do Ser.

    a causa dos Corpos Sutil e Grosseiro. chamado de karana sharira.

    Se ns somos inteiros e completos, puros e perfeitos por natureza, no existerazo para entrar num corpo para experienciar o mundo, j que o mundo simplesmente um lugar para acumular experincia cujo objetivo remover osentimento universal de incompletude. O verso diz que a ignorncia quecausa o nosso nascimento inexplicvel. Isso significa que ela anterior formao do Corpo Sutil (a mente) e portanto no pode ser racionalmenteexplicada.Sono identificao com o Corpo Causal. Em sono profundo, todosexperienciam uma felicidade ilimitada ou xtase (ananda), que resultado deuma ausncia de identificao com o corpo e a mente. Durante esse estado,

    o indivduo est livre das dualidades criadas pelos Corpos Bruto e Sutil eportanto esse estado desprovido de qualificaes (nirvikalpa) Durante esseestado, ns somos completamente ignorantes de tudo; no experienciamosnada em particular. O Corpo Causal inexplicvel porque o estado deignorncia no nem real - que significa dizer, existente nem irreal -significando que no pode-se dizer que no exista. A ignorncia que o produz oposta ao conhecimento do Ser e chamada avidyarupam. A ignorncia doSer real resulta na identificao com os Corpos Bruto e Sutil e a nooequivocada de que algum incompleto e inadequado... j que os corposso limitados.

    A experincia do xtase

    O Corpo Causal responsvel pelo xtase que um indivduo sente no estadodesperto. Existem trs energias sutis (vrittis) que operam nele. A primeira priya vritti. a alegria sentida ao pensar num objeto que se gosta. Moda vritti a alegria sentida quando o objeto de desejo de algum est prestes a serpossudo. Pramoda vritti a alegria de experienciar o objeto desejado.

    O que so os cinco Envoltrios?(pancha koshas)

    A palavra envoltrio (kosha) no indica uma cobertura verdadeira, porque oSer onipresente no pode ser escondido por matria grossa ou sutil. Um

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    envoltrio deve ser compreendido como um erro universal decorrente daignorncia do Ser e resulta em uma identificao com algum aspecto de umdos trs corpos. Os cinco envoltrios so simplesmente uma maneiradiferente de descrever os Corpos Bruto, Sutil e Causal.

    O primeiro envoltrio, ou cobertura do Ser, o corpo. Ele compostode comida e chamado envoltrio de comida (annamaya kosha).

    O segundo envoltrio constiudo pelas funes fisiolgicas do corpo:Digesto, respirao, absoro, circulao e excreo. Isso chamado

    de envoltrio de energia (pranamaya kosha).O terceiro envoltrio feito de projees emocionais, humores e

    sentimentos. chamado de envoltrio da mente (manomaya kosha).Intelecto, a faculdade atravs da qual algum est consciente de seu

    conhecimento e de suas realizaes, o quarto envoltrio e conhecido comovijnanamaya kosha.

    No estado de viglia, um indivduo est consciente de certas coisas e

    ignorante de outras. No estado de sono profundo, todos os indivduosexperienciam o estado de xtase. Pelo fato da mente e do intelecto no

    estarem funcionando, em sono profundo no existem problemas. Oestado de sono profundo chamado de anandamaya kosha.

    O fato de que o Eu est consciente dos cinco envoltrios significaque ele no pode ser nenhum deles.

    Assim como as posses materiais de uma pessoa so diferentes dela, o Serno tem conexo com os trs corpos ou cinco envoltrios. Aquele queconhece sempre diferente daquilo que conhecido. Portanto dito que o

    Ser, aquele que conhece, est alm dos corpos e dos envoltrios(panchakoshatita).

    Os Trs Estados (avasha traya)

    Os trs estados da experincia so a viglia, sonho e sono profundo ecorrespondem aos trs corpos.

    O que o estado de viglia? (jagat avastha)

    O estado de experincia no qual os objetos dos sentidos so

    percebidos atravs dos rgos dos sentidos, o estado de viglia.Quando o Ser se identifica com o corpo Bruto, chamadovishwa, o

    acordado (the waker). Os corpos sutil e causal tambm estofuncionando no estado desperto.

    O que o estado do sonho? (swapna avastha)

    O estado do sonho o mundo projetado pelo Corpo Sutil no estadodormente, a partir de impresses (vasanas) acumulados no estado de

    viglia. Quando o Ser de identifica com o Corpo Sutil chamado detaijasa, o brilhante. um estado luminoso com pensamento e

    sentimento, mas no tem realidade objetiva.

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    O que o estado de sono profundo? (sushupti avastha)

    Esse estado sobre o qual o indivduo diz mais tarde Eu no sabia denada. Eu desfrutei do ilimitado. o estado de sono profundo. O Ser

    identificado com o corpo Causal chamado de prajna.

    Prajna significa quase ignorante. Ainda que o Corpo Sutil seja ausente eportanto nenhum conhecimento esteja disponvel no estado de sono, o Ser,conscincia, est presente e portanto quase ignorante.Nos estados desperto e de sonho, ns adquirimos experincias distintas, masa experincia no sono profundo universal. Ns no estamos cientes denada porque a mente, o instrumento do conhecimento, est ausente. Nstambm somos livres de limitao no sono profundo. Liberdade de limitao xtase. por isso que as pessoas estimam o sono. O Ser, conscincia, noentanto est presente no sono profundo, de forma que quando o adormecidose torna o acordado, a memria da experincia do sono no desaparece.

    O SER (ATMA)

    Os trs estados de conscincia relacionados ao indivduo foramdescritos. Pela descrio, fica claro que dado ao Ser um nome

    diferente em cada estado, porque ele est identificado com um corpodiferente. No entanto, o Ser sempre o mesmo e sempre presente em

    cada estado. o conhecedor dos estados e portanto chamado sakshiou a testemunha.

    No suficiente saber o que o Ser no . Para ter conscincia dissodiretamente e reter o conhecimento, o buscador necessita saber o que isso .O texto agora explica o que o Ser. Ainda que se oua comumente que oSer no pode ser conhecido com segurana, j que a nica coisa que sempre existente, sempre presente e nunca muda. Os objetos, sutis egrosseiros que uma pessoa conhece, desfrutam de uma condio ontolgicae peculiar: eles no so nem reais nem irreais. Qualquer conhecimento delesest sujeito a erro e correo porque eles nunca permanecem os mesmos.

    A Natureza do Ser (satchitananda swarupa).

    Se o Ser no nem os cinco envoltrios nem os trs corpos, ento oque ele ? a conscincia deles. Essa conscincia chamada chit. Por

    causa de chit, as coisas so conhecidas. Portanto ele chamado deaquele que conhece.

    O Ser no muda quando os trs corpos e seus respectivos estadosmudam. Est alm do tempo e portanto chamado de aquilo que

    sempre existe (sat).As limitaes sofridas pelos corpos no afetam o Ser. Ele ilimitado.

    auto-radiante, v o espao como um objeto interno e permeia cadatomo do cosmos. ilimitado e completo(purna). um todo sem

    partes.

    a natureza de cada coisa viva e no viva, mas no conhecido porque

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    toda a nossa ateno est envolvida em (1) tentar afastar a morte - a morteno entanto, no uma questo para o Ser e tentativas de imped-la

    demonstram falta de discriminao- ; (2) Tentar obter a liberdade de umsenso de limitao percebido. Esse empreendimento ftil porque o Ser j completo. Os problemas aparentes dos quais os humanos sofrem originam-

    se de uma identificao desnecessria com aquilo que muda; (3) Tentarapagar a ignorncia atravs da busca por conhecimento objetivo. O Ser, noentanto, est alm do conhecimento e da ignorncia. aquilo que causa que

    eu saiba o que sei e saiba o que eu no sei.O tempo uma projeo da mente, um conceito relativo, no absoluto. Aidentificao com o tempo causa preocupao sobre o nascimento e a morte.Que ele relativo provado pela experincia comum de que quando algumest se divertindo, o tempo parece se mover muito rapidamente, mas quandoalgum est sofrendo, o tempo parece se mover muito devagar. Ou o fato deque aquilo que faz uma criana feliz perde o seu valor na vida adulta. O Ser atemporal ou eterno. Felicidade como definida pelos seres humanos

    meramente um estado mental temporrio.

    A felicidade real acontece quando o indivduo sabe que o Ser. Objetosno podem fornecer felicidade. No estado de sono profundo, no

    existem objetos, nem corpos ou mente, no entanto o indivduoexperiencia xtase ilimitado, o Ser.

    O Universo (jagat)

    O que o cosmos e como ele evoluiu?

    Ns vamos agora explicar o cosmos e a evoluo dos princpioscsmicos.

    O universo que nasce de Mayadepende do Ser, conscincia, paraexistir. Essa conscincia chamada Brahmane idntica aoAtman, o

    Ser. A palavra Brahman significa infinito ou ilimitado.

    Ento surge a pergunta: como o mundo objetivo, que finito, surge doinfinito? Porque o infinito no pode se transformar em finito, a presena de

    uma realidade temporal apresenta um problema.

    MAYA

    Um objeto criado pode vir a existir como uma mudana ou como umamodificao da substncia a partir da qual foi feita, ou por erro que

    confunde a substncia real com outra coisa.

    Um exemplo do primeiro tipo de criao seria um pote que foi criado apartir de um monte de argila.Para compreender a criao a partir de um erro na percepo, considereessa situao: No crepsculo, uma viajante sedenta aproxima-se de um poode um vilarejo. Tentando alcanar a gua, ela recua amedrontada quando vuma grande cobra enrolada prximo ao balde. Incapaz de mover-se por

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    causa do medo de ser mordida, ela imagina coisas terrveis, incluindo a suaprpria morte. Naquele momento, um senhor vindo em direo ao poo apercebe, parada ali, petrificada de medo."Qual o problema?" ele pergunta gentilmente."Cobra! Cobra! Pegue um pau antes que ela ataque!" ela sussurrou

    freneticamente.O senhor explodiu em risadas. "Hei!" ele disse, "Tenha calma. Isso no uma cobra. a corda do poo que est enrolada. Apenas se parece comuma cobra no escuro."Nesse caso a cobra foi criada pela ignorncia da mulher a respeito da corda.Esse poder de projeo universal e se aplica momento a momento a quasetudo o que experienciado. a causa da maior parte dos conflitos sociais.O processo de auto investigao basicamente implica em tornar-seconsciente das suas projees e descartar a parte do Ser que as produz: amente.

    Quem ou o Que Deus?

    O poder atravs do qual o Ser aparenta ser o corpo e a mente chamado demaya. Pelo fato de essa ser uma realidade no dualista, composta apenas deconscincia ilimitada... o Ser... esse poder reside no Ser. Quando o Ser operaesse poder e produz a realidade experiencivel e aparente que nschamamos de mundo, chamado de Deus, o criador (Ishwara). Quando elese identifica com os trs corpos, chamado de indivduo (jiva).Essencialmente o indivduo e Deus so o mesmo, mas tambm existe umadiferena. O indivduo est sob o controle de mayae pode apenas criar um

    mundo pessoal a partir de seus pensamentos, mas Deus controla mayae criao mundo material.Enquanto o indivduo se sentir separado de tudo, ele sofre. Como algumpode perceber a sua identidade com Deus, o todo? O indivduo possui tanto ocorpo sutil quanto o corpo bruto. Enquanto o corpo bruto absorve aconscincia, como um muro de tijolos absorve a luz, o Corpo Sutil reflexivoe o Ser pode ser percebido nele.Ou atravs da contemplao sobre a localizao dos objetos. Um homemest em p, de frente a uma rvore. Onde ele experiencia a rvore? Aexperincia acontece fora do corpo dele, na rvore? No. Ela acontece nasua conscincia. Quo longe est a rvore da conscincia? Existe um espao

    entre elas? No existe. A conscincia toma a forma da rvore e aexperiencia. Portanto tudo o que experienciado no nada alm deconscincia. Se Deus o universo e o universo experienciado naconscincia, ento Deus est na conscincia e no separado da conscincia.Se o Eu conscincia, ento o Eu no separado de Deus.Maya a causa (karana) do efeito (karya) conhecido como criao. A criaode qualquer objeto sempre envolve trs aspectos: conhecimento (jnana) quesurge do princpio da luz, sattva, atividade (kriya) que surge do princpio ativoou energtico, rajas, e matria inerte (jada) que surge do princpio da inrcia,tamas. Sattva, rajas e tamas so chamados de gunas. Gunas significacordas. So chamados de cordas porque a identificao com eles prende o

    indivduo ao mundo. Maya e a criao dependem do Ser, mas o Ser sempre livre deles.

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    Criao

    Duas causas so necessrias para qualquer criao intencional: uma causaeficaz (nimitta karana) e uma substncia material (upadana karana). Quandoum pote criado, a mente do ceramista e a ideia contida nela so a causa

    eficaz e a argila a causa material. A causa eficaz precisa ter oconhecimento necessrio, inteligncia e poder para criar.Com respeito criao do universo, pode parecer que o criador criou omundo a partir da matria. Mas quem criou a matria? parecido com umaaranha que tanto a substncia da sua teia quanto a inteligncia que aformata.

    Os Elementos

    A prxima seo do texto descreve o processo da evoluo, tanto doselementos sutis quanto grosseiros que constituem o universo. Os objetossutis evoluem a partir dos elementos, antes de sua diviso e recombinao.Os elementos evoluram a partir de Maya, que por sua vez o poder deBrahman, o Ser. Portanto o Ser a substncia fundamental a partir da qual ouniverso de matria grosseira e sutil (energia) feito.A descrio longa e complicada no texto descrevendo a criao doselementos, no se relaciona diretamente ao sujeito da investigao do Ser,na medida em que o conhecimento da maneira pela qual os objetos soformados no til na pratica da investigao. Portanto eu decidi no inclu-la. A criao sempre est presente na forma do corpo e da mente doindivduo e ele ou ela precisa apenas remover a sua identificao com as

    sensaes, pensamentos e sentimentos que surgem na mente, para tomarconscincia do Ser. O Vedanta no aconselha a remoo do pensamento...apenas da identificao do Ser com o pensamento.O espao transcende tudo o que est nele. Portanto quando algum moveum objeto de um lado a outro, ele no precisa mover o espao que o objetoocupa. De forma similar, a conscincia ou Atman est em todo lugar. OCorpo Sutil est sempre banhado em conscincia. Ele brilha com conscinciaquando est livre de agitao e de embotamento. Se o indivduo meditasobre a mente nessas condies, ele pode ver facilmente o reflexo perfeitodo Ser. Conforme algum medita sobre o Ser na mente, ele deve pensarclaramente sobre o que ele e como se relaciona com os Corpos Sutil e

    Bruto, mantendo na mente o tempo todo que o que est experienciando no nada diferente do que o seu prprio Ser... ainda que possa parecer. Opropsito de todos os ensinamentos Vedatinos ajudar o indivduo a terconscincia da sua identidade como o Ser. Essa identidade est contida nomantra: tat tvam asi que significa aquilo (conscincia) voc.Ler escrituras no vai resultar na realizao do Ser, porque as escrituras,como a vida, so cheias de paradoxos. O paradoxo sutil do indivduo e dotodo pode ser removido com a ajuda de um professor que tenha oentendimento adequado e a habilidade de comunicar isso, de acordo com ametodologia bsica de ensino. Ao contrrio do Yoga, Vedanta no umsistema de praticas para fazedores. revelao atravs de paradoxos.

    O que uma pessoa Auto-realizada? (jivanmukta)

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    Algum que tenha: (1) tomado conscincia de que o Ser ilimitado; (2)de que o Ser e o mundo no so diferentes e (3) que aquele que possui

    a viso o Ser, no um indivduo separado.

    A prpria ideia de uma pessoaAuto-realizada na verdade contrria aosaltos ensinamentos do Vedanta. Por que? Porque essa uma realidade nodualista. Em uma realidade no dualista no existem dois (ou muitos) seres.Pessoa um conceito que significa que o Ser ilimitado est limitado a umcorpo e uma mente especficos. Auto-realizao acontece quando o Ser, quetem sofrido por um senso de aparente limitao, remove a noo de que uma pessoa.No entanto, esse texto escrito para aqueles que esto presos na teia dadualidade e pensam em si mesmos como pessoas, ento o texto explica aAuto-realizao em termos de uma identidade limitada. Um jivanmukta algum que livre ainda vivo. O indivduo no pode na verdade serliberado (porque j livre), a no ser que a liberao ou a iluminao sejavista como uma remoo da ignorncia do Ser.Liberao, iluminao, Auto-realizao so a convico inabalvel de que oindivduo livre de forma e puro como oespao. a compreenso(firme/solida e imediata) de que o Ser livre de tudo (asanga) e autoluminoso (prakasa svarupa). Aquele que se liberou como uma onda que seconscientizou que no est separada do oceano. Ele ou ela no parece serdiferente de outros seres humanos. Ele ou ela no se sente inclinado adesenvolver uma identidade como um ser iluminado, no intuito deimpressionar os outros. Seu corpo fsico continua enquanto o momentum das

    aes passadas ainda estiver em vigor (prarabdha karma). Ele ou ela nofazem aes com um senso de fazedores e so despreocupados quantoaos resultados das aes.

    Que tipo de conhecimento conhecimento do Ser?

    O conhecimento do Ser conhecimento imediato (aparoksha jnana).Conhecimento obtido de trs formas:(1) atravs da percepo direta vinda dos rgos dos sentidos (pratyaksha);(2) indiretamente, atravs de concluso quando o objeto de conhecimentoest distante de quem o percebe (anumana);

    (3) e imediato (aparoksha). Conhecimento imediato conhecimento de algoque est presente mas desconhecido.O Ser sempre presente. Sem ele, nada pode ser experienciado ouconhecido. O conhecimento do Ser Eu sou o Ser ilimitado, e no Euconheo ou experiencio o Ser. Se o conhecimento de algum equivale declarao Eu estou experienciando o Ser, ele deve continuar a investigar.

    O que Karma?

    O indivduo (jiva) no tem comeo porque nasce da ignorncia que no temcomeo. Durante a sua existncia, ele assume formas diferentes e passa por

    incontveis nascimentos e mortes. Quando em forma humana, faz boas oums aes (karmas), com um sentido de autor das aes.

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    O que determina se uma ao boa ou ruim o motivo, ao invs da ao emsi. A lei do karma a lei de causa e efeito. Cada ao produz um efeito. Cadaao produz um efeito sutil ou invisvel, dependendo do motivo. Quando osmotivos so nobres, o karma chamado depunya.Punya karma resulta emexperincias felizes nessa vida e na prxima. Quando a motivao egosta

    e prejudicial, o karma chamado depapa. Papa karma resulta em desgraatanto nessa vida quanto na prxima.

    Quantos tipos de Karmaexistem?(1) agami karma

    As aes que um indivduo faz intencionalmente, com um sentido defazedor durante a sua existncia na forma humana que deixa impressespositivas (punya) e negativas (papa) no corpo causal e frutificam no futuro,so chamadas de agami karmas. Animais no possuem karmas porque noexiste o sentido de fazedor em suas aes.Agami karma destrudo peloConhecimento Eu sou Conscincia Ilimitada.

    (2) sanchita karma

    O depsito depunyas epapas acumulados com o tempo, que ficamaguardando para frutificar numa conta individual karmica chamado desanchita karma. Sanchita Karma destrudo pelo Conhecimento Eu souConscincia Ilimitada.

    (3)prarabdha karma

    Tendo nascido em um corpo, os resultados das aes anteriores quefrutificaram nessa vida, que podem ser exauridas apenas atravs do seusofrimento ou desfrute, so chamados deprarabdha.Oprarabdha karma determina a forma que um corpo toma nessa vida e o tipode ambiente que mais adequado para que ele seja expresso eprocessado. Os tipos de karmasque esto operando determinam se oambiente/experincia agradvel ou desagradvel. Quando oprarabdhakarma for exaurido, o corpo morre.A Lei do Karmae os trs tipos de karmasexplicam a variedade e diversidadeencontradas na vida humana, assim como a natureza em geral. Algumas

    pessoas so felizes, outras no. Mesmo na vida animal e vegetal, essasdiversidades so evidentes. A causa a grande diversidade de Karmas.Assim como o sonhador se torna livre de todas as aes que ele ou ela fezno sonho ao despertar, a alma realizada liberada de sanchita e agamikarma quando ele ou ela despertam para o conhecimento Eu souconscincia inativa inteira, ilimitada e completa.Mesmo osprarabhdhakarmas que iro frutificar nessa vida no vo afet-lo.Assim como um homem que v a sim mesmo num espelho cncavo oudistorcido sabe que livre das limitaes da imagem distorcida, uma almaauto realizada tambm sabe que no est preso s limitaes do corpo e damente.

    Conhecimento o nico meio de se ganhar conscincia do ser, assim comoo fogo o nico meio de cozinhar a comida. Assim como o combustvel, etc.,

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    so requeridos para acender o fogo, mtodos e tcnicas so requeridas parapreparar a si mesmo para o conhecimento. As tcnicas de auto-purificaoque resultam no desenvolvimento das qualificaes descritas acima sochamadas de Yoga e so explicadas nas escrituras sob o nome de Yoga. Astcnicas usadas para se obter conhecimento do Ser so a audio (sravana),

    reflexo (manana) e assimilao (nididyasana) e constituem a prtica doVedanta (sadhana).Para que o conhecimento seja obtido, o indivduo deve primeiro ouvir o queele . Depois de ouvir, ele deve refletir e investigar para ver se o que eleouviu verdade. Uma vez que esteja convencido, ele ou ela precisa viver deacordo com a verdade. Se uma pessoa acredita que ele ou ela limitado,inadequado e incompleto, sua vida nunca ser uma fonte de alegria. Noentanto, se depois de uma longa contemplao a pessoa aceitarcompletamente o fato de que inteiro e completo, a vida ser um grandeprazer.

    Fim

    Uma Confisso

    por James SwartzSe o leitor comparar o texto acima com o original em Snscrito, ele ou ela vai

    encontrar muitos exemplos onde essa verso no uma rplica exata dooriginal. Isso no se deve a um erro. A cpia a partir da qual eu estavatrabalhando, uma publicao da Chinmaya Mission escrita h uns quarentaanos atrs, continha todos os versos originais, mas a apresentao eratediosa. Portanto eu escolhi interpretar o texto de uma maneira mais atrativae num formato mais intuitivo e como resultado, combinei e condensei algunsversos. Em grande parte eu me ative aos comentrios originais de uma dasSwaminis da Chinmaya Mission, mas ocasionalmente adicionei outrosexemplos relevantes e explicaes que esto bem estabelecidas na tradiodo Vedanta.

    Uma Justificativa

    Como posso justificar algumas modificaes no formato original? Essestextos antigos no so sacrossantos? Sim e no. Em primeiro lugar eu notenho nada a ganhar pessoalmente ao fazer as mudanas. Vedanta o amorda minha vida precisamente porque sua sabedoria impessoal passou peloteste do tempo. Infelizmente no existe nenhuma entidade jurdica que gozede um estatuto legal e sbios como funcionrios, fundada de forma annima,que possa eternamente controlar a publicao e distribuio de literaturaVedantina, no intuito de manter a sua pureza. A publicao contnua doVedanta ao longo dos sculos tem sido conduzida por entendedores

    dedicados que reconhecem sua importncia histrica e espiritual e almasAuto-realizadas que foram transformadas pelo Vedanta e por entusiasmo e

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    compaixo so motivados a mant-lo vivo. Infelizmente existem muitos quedespertaram fora dessa tradio que no compreendem seu significado masreconhecem a sua genialidade e sentem que sua sabedoria pode sermelhorada ou adaptada aos tempos modernos. No pode. Seres humanosso seres humanos. O que eles so, sempre sero. Na ndia, h muito tempo

    atrs alguns grandes pioneiros espirituais descobriram a sada para oproblema de ser um ser humano e essa sabedoria tornou-se o Vedanta. Noh necessidade de reinvent-la. Infelizmente, a exploso da busca espiritualao redor do mundo que tem acontecido nos ltimos trinta e cinco anos,produziu muitas pessoas despertas dentre as quais muitas no tiveramtempo de purificar o seu entendimento altura do alto padro do Vedantatradicional. Portanto certo grau de corrupo aconteceu recentemente, oexemplo mais evidente sendo uma difcil e rpida confuso entre osensinamentos do Yoga e do Vedanta. Yoga uma disciplina secundria sobo guarda-chuva geral do ensinamento tradicional do Vedanta. Serve parafazedores, e as pessoas que a buscam acreditam - at que a experincia

    prove que estavam errados - que a iluminao algum tipo de experincianica de nirvana ou de nirvikalpa samadhi

    . No entanto, pelo fato das pessoas serem to orientadas por experincias,elas so facilmente seduzidas pela viso Yogica e facilmente ignoram overdadeiro significado do Vedanta, que : a ignorncia, no a falta de umaexperincia permanente do Ser que responsvel pelo senso de limitaoque confunde a mente humana.

    Tattva Bodha, no entanto, no sofre desse problema. apenas um texto queestabelece a base para o ensinamento tradicional ao introduzir a linguagemque usada para remover a ignorncia do Ser e revelar o Ser. Seu problema menos bvio: a linguagem evoluiu... como acontece... de forma quetradues que serviram a geraes anteriores no funcionam to bem hoje.Acontece que textos Vedantinos tem sido publicados em Ingls por bem maisde cem anos. O Ingls Vitoriano usado para redigir a primeira onda detradues, serviu ao seu propsito e no atrai mais o pblico. Ento eu torneiminha misso atualizar o Ingls de algumas das tradues de textosimportantes. Me sinto especialmente qualificado para fazer isso, primeiroporque, conforme mencionado acima, meu amor pelo Vedanta puro.Segundo, eu aprendi nas internas, na ndia, de sbios indianos que ainda

    estavam conectados a essa tradio antiga.Terceiro, porque minhacompreenso dos ensinamentos a base da minha vida; quem eu sou ecomo eu vivo no est separado dos ensinamentos. E finalmente, eu amopalavras e me mantive atualizado com a natureza mutante do Ingls.Acontece que eu estou em algo porque outros trabalhos que eu atualizeitiveram um impacto profundo na vida das pessoas. Se voc um purista equer ter certeza de que eu no peguei nenhum atalho, voc pode desencavarum original em Snscrito e compar-lo com a cpia acima. Eu prevejo quevoc no encontrar nenhuma discrepncia sria e que em esprito, ele estigual ao original.

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    Traduo para o Portugus:Cristina Di DrioReviso:Arlindo Moraes (Nagarjuna Anand)