2ª pratica-curva padrao

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  • 8/19/2019 2ª Pratica-Curva Padrao

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    Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

    Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

    U NIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO R IO DE JANEIRO 

    Licenciatura em Química

    UFRJ/CEDERJ 

     Nome: ISABEL DA SILVA REBELLO

    Matrícula: 12214070079

    E-mail: [email protected]

    Telefone: (21) 2717-5081

    Polo: SÃO GONÇALO Curso: QUÍMICA

    Cidade em que reside: NITERÓI

    R ELATÓRIO: PRÁTICA II

    DISCIPLINA: QUÍMICA V

  • 8/19/2019 2ª Pratica-Curva Padrao

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    2ª Prática: Cinética Enzimática

      INTRODUÇÃO:

    A cinética enzimática estuda as reacções químicas catalisadas pelas enzimas, em especial a

    velocidade de reacção. O estudo da cinética de uma enzima permite elucidar os pormenores do

    seu mecanismo catalítico, o seu papel no metabolismo, como é controlada a sua atividade na

    célula e como pode ser  inibida a sua atividade por  drogas ou venenos, ou potenciada por outro

    tipo de moléculas. 

    As enzimas são macromoléculas com a capacidade de manipular outras moléculas, 

    denominadas substratos.  Um substrato pode unir-se ao centro catalítico da enzima que o

    reconheça e transformar-se num produto ao longo de uma série de passos denominados

    mecanismo enzimático. Algumas enzimas podem unir vários substratos diferentes e/ou libertar

    diversos produtos, como é o caso das proteases ao romper uma proteína em dois polipéptidos. 

    Em outros casos, produz-se a união simultânea de dois substratos, como no caso da DNA

     polimerase,  que é capaz de incorporar um nucleótido (substrato 1) a uma cadeia de ADN

    (substrato 2). Embora todos estes mecanismos sigam usualmente uma complexa série de passos,

    também podem apresentar um passo limitante que determina a velocidade final de toda areacção. Este passo limitante pode consistir numa reacção química ou numa mudança de forma

    da enzima ou do substrato.

    O conhecimento adquirido acerca da estrutura das enzimas é útil na interpretação dos dados

    cinéticos. Por exemplo, a estrutura pode sugerir como permanecem unidos substrato e produto

    durante a catálise, que mudanças de forma ocorrem durante a reacção, ou mesmo o papel em

     particular de determinados aminoácidos no mecanismo catalítico. Algumas enzimas modificam

    a sua forma significativamente durante a reacção, em cujo caso pode ser crucial saber a estruturamolecular da enzima com e sem substrato unido (costumam usar-se análogos que se unem mas

    não permitem levar a cabo a reacção e mantêm a enzima permanentemente na forma de

    substrato unido).

    Os mecanismos enzimáticos podem ser divididos em mecanismos de substrato único e

    mecanismos de múltiplos substratos. Os estudos cinéticos com enzimas que apenas unem um

    substrato, como a triose-fosfato isomerase,  visam a medir a afinidade com a que se une o

    substrato e a velocidade com que o transforma em produto. Por outro lado, ao estudar una

    enzima que une vários substratos, como a di-hidrofolato redutase, a cinética enzimática pode

    mostrar também a ordem pela qual se unem os substratos e se libertam os produtos.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cin%C3%A9tica_qu%C3%ADmicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_enzim%C3%A1ticohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Drogahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Venenohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Macromol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Produtohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Proteasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Polip%C3%A9ptidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nucle%C3%B3tidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADNhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Triose-fosfato_isomerasehttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Afinidade&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidadehttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Di-hidrofolato_redutase&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Di-hidrofolato_redutase&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidadehttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Afinidade&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Triose-fosfato_isomerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADNhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nucle%C3%B3tidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Polip%C3%A9ptidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Proteasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Produtohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Macromol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Venenohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Drogahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_enzim%C3%A1ticohttps://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cin%C3%A9tica_qu%C3%ADmicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica

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     Nem todas as catálises biológicas são efectuadas por enzimas proteicas. Existem moléculas

    catalíticas baseadas no ARN, como as ribozimas e os ribossomas, essenciais para o splicing

    alternativo e a tradução do ARNm, respectivamente. A principal diferença entre as ribozimas e

    os ribossomas radica no limitado número de reacções que as primeiras podem efectuar, embora

    os seus mecanismos de reacção e as suas cinéticas possam ser estudados e classificados pelos

    mesmos métodos.

    A velocidade de reacção aumenta com a concentração do substrato, eventualmente ficando

    a enzima saturada a altas concentrações de substrato.

    A reacção catalisada por uma enzima utiliza a mesma quantidade de substrato e gera a

    mesma quantidade de produto que uma reação não catalisada. Tal como ocorre noutros tipos de

    catálise, as enzimas não alteram em absoluto o equilíbrio da reacção entre substrato e produto.Ao contrário do que acontece noutras reacções químicas, as enzimas saturam-se. Isto significa

    que com uma maior quantidade de substrato, mais centros catalíticos estarão ocupados, o que

    incrementará a eficiência da reacção, até ao momento em que todos os sítios possíveis estejam

    ocupados. Nesse momento ter-se-á alcançado o ponto de saturação da enzima e, embora se

    adicione mais substrato, não aumentará mais a eficiência.

    As duas propriedades cinéticas mais importantes de uma enzima são: o tempo que demora

    a saturar-se com um substrato em particular e o seu ponto máximo de saturação. Oconhecimento destas propriedades torna possível formular hipóteses sobre o comportamento de

    uma enzima no ambiente celular e prever como responderá frente a mudanças nessas condições.

    Cinética de Michaelis – Menten

    Curva de saturação para uma enzima mostrando a relação entre a concentração do substrato

    (abcissas) e a velocidade de reacção (ordenadas).

    As reacções catalisadas por enzimas são saturáveis, e a sua velocidade de catálise não indica

    uma resposta linear face ao aumento de substrato. Se a velocidade inicial da reacção é medida

    https://pt.wikipedia.org/wiki/ARNhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribozimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribossomahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ARNmhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_qu%C3%ADmicohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Satura%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Michaelis-Menten_saturation_curve_of_an_enzyme_reaction.svghttps://pt.wikipedia.org/wiki/Satura%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_qu%C3%ADmicohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ARNmhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribossomahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribozimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/ARN

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    sobre uma escala de concentrações de substrato (denotada como [S]), a velocidade de reacção

    (v) aumenta com o acréscimo de [S]. Todavia, à medida que [S] aumenta, a enzima satura-se e

    a velocidade atinge o valor máximo Vmax.

     No modelo da cinética de Michaelis-Menten de uma reacção mono-substrato existe uma

    reacção bimolecular inicial entre a enzima E e o substrato S para formar o complexo ES.

    Embora o mecanismo enzimático para a reacção unimolecular possa ser

     bastante complexo, há tipicamente um passo na determinação da velocidade que permite que

    se modele o mecanismo como um passo catalítico simples de velocidade constante k 2.

    (Eq. 1).

    k 2  também é designado como k cat  ou turnover, o valor máximo de reacções enzimáticas

    catalisadas por segundo.

    Com baixas concentrações de substrato [S], a enzima permanece em equilíbrio entre a

    forma livre E e o complexo enzima-substrato ES; aumentando [S] aumenta [ES] à custa de [E],

    mudando o equilíbrio para o lado direito. Uma vez que a velocidade de reacção depende da

    concentração [ES], a velocidade é sensível a pequenas alterações de [S]. Todavia, com altos

    valores de [S], a enzima fica totalmente saturada com substrato, e existe apenas na forma ES.

     Nestas condições, a velocidade (v≈k 2[E]tot=Vmax) é insensível a pequenas alterações de [S];

    assim, [E]tot é a concentração total enzimática

    que é aproximadamente igual à concentração [ES] em condições de saturação.

    A equação de Michaelis – Menten descreve como a velocidade de reacção v depende da

     posição do equilíbrio ligado ao substrato e da constante de velocidade k 2. Michaelis e Menten

    mostraram que se k 2 for bem menor que k -1 (chamada a aproximação de equilíbrio), pode obter-

    se a seguinte equação:

    (Eq. 2)

    Esta equação de Michaelis-Menten é a base da maior parte da cinética enzimática mono-

    substrato.

    A constante de Michaelis K m é definida como a concentração para a qual a velocidade

    da reacção enzimática é metade de Vmax. Isto pode verificar-se ao substituir K m = [S] na equação

    de Michaelis-Menten. Se o passo de determinação da velocidade for lento, quando comparado

    com a dissociação do substrato (k 2 

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    aproximadamente à constante de dissociação do complexo ES, embora tal situação seja

    relativamente rara.

    A situação mais normal dá-se quando k 2 > k -1 na por vezes chamada cinética de Briggs-

    Haldane. A equação ainda se verifica em condições mais gerais, como provém da aproximação

    ao estado estacionário. Durante o período inicial, a velocidade de reacção v é relativamente

    constante, indicando que [ES] é também aproximadamente constante (cf. equação 1):

    Assim, a concentração [ES] é dada pela fórmula

    em que a constante de Michaelis K m é definida por

    ([E] é a concentração de enzima livre). Em conjunto, a fórmula geral para a velocidade de

    reacção v vem pela equação de Michaelis-Menten:

    A constante de especificidade é uma medida da eficiência de conversão pela

    enzima do substrato em produto. Usando a definição da constante de Michaelis , a equação

    escreve-se na forma

    sendo [E] a concentração de enzima livre. Assim, a constante de especificidade é um modo

    eficaz de obter a constante de segunda ordem da velocidade para enzimas livres na reacção comsubstrato livre para formação de produto. A constante de especificidade é limitada pela

    frequência com que o substrato e a enzima se encontram na solução, podendo atingir 1010 M−1 

    s−1. Esta taxa máxima é amplamente não dependente da dimensão do substrato ou da enzima.

    A razão entre constantes de especificidade para dois substratos é uma comparação quantitativa

    da eficiência da enzima na conversão dos substratos. O declive do gráfico de Michaelis-Menten

    com baixa concentração de substrato [S] (i.e. [S]

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    O gráfico de Lineweaver-Burke ou do duplo recíproco mostra o significado dos pontos

    de intercepção entre a recta e os eixos de coordenadas, e do gradiente da velocidade.O gráfico de velocidade face a [S] mostrado anteriormente não é linear. Embora a baixas

    concentrações de substrato se mantenha linear, vai curvando à medida que aumenta a

    concentração de substrato. Antes da chegada dos computadores, que permitem ajustar

    regressões não lineares de forma simples, podia chegar a ser realmente difícil estimar os valores

    de K m e Vmax nos gráficos não lineares. Isto deu lugar a que vários investigadores concentrassem

    os seus esforços em desenvolver métodos de linearização da equação de Michaelis-Menten,

    dando como resultado o gráfico de Lineweaver-Burke, o diagrama de Eadie-Hofstee e o gráficode Hanes-Woolf. Com o seguinte tutorial da cinética de Michaelis-Menten realizado na

    Universidade de Virgínia, pode-se simular o comportamento de uma enzima variando as

    constantes cinéticas.

    O gráfico de Lineweaver-Burk ou representação de duplo recíproco é a forma mais

    comum, e simples,de mostrar os dados cinéticos, apesar de não ser a mais fiável. Para tal,

    tomam-se os valores inversos de ambos os lados da equação de Michaelis-Menten. Como se

     pode apreciar na figura da direita, o resultado deste tipo de representação é uma linha recta cujaequação é e = mx + c, sendo o ponto de intercepção entre a recta e o eixo das ordenadas

    equivalente a 1/Vmax, e o ponto de intercepção entre a recta e o eixo de abcissas equivalente a -

    1/K m.

    Evidentemente não se podem tomar valores negativos para 1/[S]; o mínimo valor

     possível é 1/[S] = 0, que corresponderia a uma concentração infinita de substrato, e daí 1/v =

    1/Vmax. O valor do ponto de intercepção entre a recta e o eixo x é uma extrapolação de dados

    experimentais obtidos em laboratório. Geralmente, os gráficos de Lineweaver-Burke distorcem

    https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Regress%C3%A3o_n%C3%A3o_linearhttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Eadie-Hofstee&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Inverso_multiplicativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Extrapola%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Lineweaver-Burke_plot.PNGhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Extrapola%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inverso_multiplicativohttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Eadie-Hofstee&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Regress%C3%A3o_n%C3%A3o_linearhttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1

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    as medidas realizadas a baixas concentrações de substrato e isto pode dar lugar a estimativas

    não muito exactas de Vmax e de K m. Um modelo linear muito mais exato é o diagrama de Eadie-

    Hofstee, mas nas investigações científicas actuais, todo este tipo de linearizações tornou-se

    obsoleto e foi substituído por métodos mais fiáveis baseados na análise de regressão não linear.

    Para analisar os dados é conveniente a normalização dos mesmos, já que isto pode ajudar à

    diminuição da quantidade de trabalho experimental a realizar e incremento da fiabilidade da

    análise.

    Importância prática das constantes cinéticas

    O estudo da cinética enzimática é importante por duas razões principais. Em primeiro

    lugar, ajuda a explicar como as enzimas trabalham, e, em complemento, permite prever o

    comportamento das enzimas em organismos vivos. As constantes cinéticas acima definidas, K m e Vmax, são críticas na compreensão do modo de funcionamento conjunto das enzimas para

    controlar o metabolismo. 

    O objetivo desta prática e ilustrar os conceitos básicos da cinética enzimática , o estudo dos

    fatores que determinam as velocidades de uma reação catalisada por uma enzima.

      PROCEDIMENTOS:

    1° Experimento: Efeito da Concentração de enzima na velocidade inicial da reação:

    Protocolo de Dosagem de Áçucar Redutores.

     Numerar 5 tubos e proceder de acordo com a tabela:

    tubo tampão Enzima Sacarose AbsmL mL mL

    I-1 0,6 0 0,4 0,065

    I-2 0,5 0,1 0,4 0,209

    I-3 0,4 0,2 0,4 0,297

    I-4 0,3 0,3 0,4 0,377

    I-5 0,2 0,4 0,4 0,406

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo

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    2° Experimento: Determinação das velocidades da reação em função da concentração de

    substrato:

     Numerar 7 tubos e proceder de acordo com a tabela:

    tubo tampão Enzima Sacarose Abs

    mL mL mL média

    II-1 0,8 0,2 0 0,035

    II-2 0,7 0,2 0,1 0,279

    II-3 0,6 0,2 0,2 0,461

    II-4 0,5 0,2 0,3 0,543

    II-5 0,4 0,2 0,4 0,74

    II-6 0,3 0,2 0,5 0,807

    3° Experimento: Determinação da curva padrão:

     Numerar 10 tubos e proceder de acordo com a tabela:

    tubo tampão Enzima Sacarose Abs

    mL mL mL média

    II-1 1 0 0 0

    III-2 0,9 0,1 0,5 0,107

    III-3 0,8 0,2 1 0,219

    III-4 0,7 0,3 1,5 0,283

    III-5 0,6 0,4 2 0,372

    III-6 0,5 0,5 2,5 0,561

    III-7 0,4 0,6 3 0,683

    III-8 0,3 0,7 3,5 0,76

    III-9 0,2 0,8 4 0,859

    III-10 0,1 0,9 4,5 1,045

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      RESULTADOS E DISCUSSÕES:

    1º Construção da Curva Padrão :

    tubo Sacarose Abs

    mL média

    II-1 0 0

    III-2 0,5 0,107

    III-3 1 0,219

    III-4 1,5 0,283

    III-5 2 0,372

    III-6 2,5 0,561

    III-7 3 0,683

    III-8 3,5 0,76

    III-9 4 0,859

    III-10 4,5 1,045

    y = 0,2274x - 0,0228

    R² = 0,9911

    -0,2

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    0 1 2 3 4 5

       A   B   S

    [ ] de sacarose hidrolisada (mmols/mL)

    Curva Padrão

  • 8/19/2019 2ª Pratica-Curva Padrao

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    2º Gráfico da velocidade inicial da reação em função do volume de enzima:

    I-1 f(x)= 0,227x-0,023

    0,065 = 0,227x  –  0,023

    0,088= 0,227x

    X= 0,387

    I-2 f(x)= 0,227x-0,023

    0,209 = 0,227x  –  0,023

    0,232= 0,227x

    X= 1,022

    I-3 f(x)= 0,227x-0,023

    0,297= 0,227x  –  0,023

    0,320= 0,227x

    X= 1,410

    I-4 f(x)= 0,227x-0,0230,377 = 0,227x  –  0,023

    0,400= 0,227x

    X= 1,762

    I-5 f(x)= 0,227x-0,023

    0,406 = 0,227x  –  0,023

    0,429 = 0,227xX= 1,890

    tubo Enzima Abs Sacarose

    mL mol/mL

    I-1 0 0,065 0,387x10-3 

    I-2 0,1 0,209 1,022x 10-3 

    I-3 0,2 0,297 1,410x10-3 

    I-4 0,3 0,377 1,762x10

    -3

     I-5 0,4 0,406 1,890x10-3 

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    tubo Enzima Velocidade

    mL 10-³mol/mL

    I-1 0 0,0387

    I-2 0,1 0,1022

    I-3 0,2 0,141

    I-4 0,3 0,1762

    I-5 0,4 0,189

    tubo 1/V Conc

    I-1 0 0

    I-2 10 9,78

    I-3 5 7,09

    I-4 3,3 5,68

    I-5 2,5 5,29

    Cálculos:

    I-2 1/V= 1/0.1=10

    I-3 1/0,2= 5

    I-4 1/0,3=3,3

    I-5 1/0,4=2,5

    0

    0,02

    0,04

    0,06

    0,08

    0,1

    0,12

    0,14

    0,16

    0,18

    0,2

    0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5   V   e    l   o   c   i    d   a    d   e    (   1   0  -   3   m   o    l   s    /   m   L    /   m   i   n    )

    Volume da Enzima (mL)

    Velocidade da reação em função da

    quantidade de enzima

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    3º Gráfico da velocidade inicial da reação em função do volume de substrato:

    tubo Sacarose Abs

    mL médiaII-1 0 0,035

    II-2 0,1 0,279

    II-3 0,2 0,461

    II-4 0,3 0,543

    II-5 0,4 0,74

    II-6 0,5 0,807

    tubo mM Sutrato

    mL

    II-1 0 0

    II-2 20 0,1

    II-3 40 0,2

    II-4 60 0,3

    II-5 80 0,4II-6 100 0,5

    y = 3,342ln(x) + 1,9284

    R² = 0,9824

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    0 2 4 6 8 10 12

       1    /   V    (   1   0  -   3   m   o    l   s    /   m    l    /   m   i   n

    volume da enzima (ml)

    Velocidade da reação em função da quantidade

    de enzima

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    tubo mM Velocidade

    II-1 0 0

    II-2 20 0,133

    II-3 40 0,213

    II-4 60 0,249

    II-5 80 0,335

    II-6 100 0,365

    tubo 1/V 1/Conc

    II-1 0 0

    II-2 0,05 7,52

    II-3 0,025 4,69

    II-4 0,017 4,02

    II-5 0,0125 2,99

    II-6 0,01 2,74

    y = 0,1443ln(x) - 0,3114

    R² = 0,958

    0

    0,05

    0,1

    0,15

    0,2

    0,25

    0,3

    0,35

    0,4

    0 20 40 60 80 100 120

       V   e    l   o   c   i    d   a    d   e    (   1   0  -   3   m   o    l   s    /   m

       L    /   m   i   n

    Conc.(mM) sacarose

    velocidade de reação x quantidade de substrato

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    Cálculos

    M1V1 = Mf  Vf  

    0,2 . 0,1 = Mf .1

    Mf = 0,02 mol/L = 20mM

    M1V1 = Mf  Vf  

    0,2 . 0,2 = Mf .1

    Mf = 0,04 mol/L = 40 mM

    M1V1 = Mf  Vf  

    0,2 . 0,3 = Mf .1

    Mf = 0,06 mol/L = 60mM

    M1V1 = Mf  Vf  

    0,2 . 0,4 = Mf .1

    Mf = 0,08 mol/L = 80mM

    M1V1 = Mf  Vf  

    0,2 . 0,5 = Mf .1

    Mf = 0,10 mol/L = 100mM

    y = 2,9792ln(x) + 16,158

    R² = 0,9718

    0

    2

    4

    6

    8

    0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06

       1    /   V

    1/Conc mM

    velocidade de reação x quantidade de

    substrato

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    Y= ax-b

    0,279 = 0,2274x  –  0,0228

    0,3018 = 0,2274

    X =0,3018

    0,2274 

    X= 1,33 mol/L

    V=1,33

    10 = 0,133 mol/L/min

    0,461= 0,2274x  –  0,0228

    0,4838 = 0,2274

    X =0,4838

    0,2274 

    X= 2,13 mol/L

    V=2,13

    10 = 0,213 mol/L/min

    0,543 = 0,2274x  –  0,0228

    0,5658 = 0,2274

    X =0,5658

    0,2274 

    X= 2,49 mol/L

    V=2,49

    10 = 0,249 mol/L/min

    0,740= 0,2274x  –  0,0228

    0,7628 = 0,2274

    X =0,7628

    0,2274 

    X= 3,35 mol/L

    V=3,35

    10 = 0,335 mol/L/min

    0,807 = 0,2274x  –  0,0228

    0,8298 = 0,2274

    X =8298

    0,2274 

    X= 3,65 mol/LV=

    3,65

    10 = 0,365 mol/L/min

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    Observa-se então que um aumento na concentração de enzimas leva a um aumento na

    velocidade da reação. Contudo, o aumento nessa velocidade é gradualmente menor em

    concentrações cada vez maiores de substrato (ROSKOSKI, 1997, p. 54). Desta forma, essa

    afirmação explica os resultados obtidos já que se observa uma relação entre a concentração de

    substrato e a velocidade da reação enzimática. Esse tipo de relação pode ser expressa

    quantitativamente através da equação de Michaelis e Menten que relaciona a velocidade da

    reação enzimática com duas constantes cinéticas:

    1.  Velocidade máxima (Vmax)  –  que indica que a velocidade se aproxima como um valor limite de

    acordo com o aumento da concentração;

    2. 

    Constante de Michaelis-Menten (Km)  –  que é a concentração de substrato para a metade davelocidade máxima.

    Assim, a equação de Michaelis-Mentem é expressa da seguinte forma:

    V = _Vmax [S]_

    Km + [S]

    Essa equação é muito importante, uma vez que constitui um instrumento para que se possa

    compreender as reações enzimáticas.

    Vmáx e Km só podem ser calculados quando V0 é medida em função de váriasconcentrações de substrato. E para tal determinação é necessário que com estes valores proceda-

    se com uma transformação matemática denominada Lineweaver-Bürk ou Duplo-recíproco, que

    consiste em inverter os dois lados da equação de Michaelis-Menten, dando origem a um gráfico

    de 1/V versus 1/[S], que é uma função do primeiro grau. A vantagem deste método é a

    determinação acurada de Vmáx e Km. Outra característica do duplo recíproco é que quando a

    reta intercepta o eixo y tem-se o valor de 1/Vmáx e quando a reta intercepta o eixo x tem-se o

    valor de -1/Km.Como já comentado, os valores de 1/Vmáx e -1/Km são definidos nos pontos de

    interseção da reta com os eixos y e x, respectivamente. Ou seja, quando x tiver valor igual a

    zero, a reta estará interceptando o eixo y e vice-versa. A partir deste princípio, é possível

    determinar 1/Vmáx e -1/Km pela equação da reta do gráfico acima. E, conseqüentemente, os

    valores de Vmáx e Km.

    O gráfico dos duplos recíprocos permite a determinação precisa de Km e Vmáx já que

    na extrapolação dos dados experimentais, chega-se a uma situação em que 1/V0=1/Vmáx

    quando 1/[S] = 0. Ou seja, quando a concentração de substrato for muito alta.

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    Km é uma medida da afinidade da enzima pelo substrato. Estabelecendo-se os seguintes

     parâmetros: Km ALTO = BAIXA afinidade e Km BAIXO = ALTA afinidade. A determinação

    da influencia de substrato pode ser realizada apenas se as condições de temperatura ótima, pH

    ótimo e concentração de enzima forem mantidas. É importante ressaltar que a formação de

     produto é diretamente proporcional a concentração de substrato, e que a velocidade de catálise

    só será independente da mesma , se esta estiver em excesso. Pois em baixas concentrações de

    substrato a velocidade de reação é de primeira ordem, em outras palavras, proporcional a

    concentração de substrato. Já quando esta está em excesso a velocidade de reação é de ordem

    zero, mantêm-se constante e passa a independer da concentração de substrato.

      CONCLUSÃO

     Nota-se uma eficiência catalítica admirável das enzimas devido ao seu alto grau de

    especificidade por seus substratos, acelerando reações químicas específicas. Observa-se que

    tais reações ocorrem em condições necessárias para que ocorra uma boa atividade da enzima, já que elas funcionam em condições suaves de temperatura e pH. Pôde-se verificar também que

    a velocidade da reação enzimática está relacionada com a concentração do substrato e que

    através da equação de Michaelis-Menten é possível descrever o comportamento cinético de

    grande maioria das enzimas.

      REFERÊNCIAS

      CAMPBELL, Mary K. Bioquímica. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

      HOLME, David J; PECK, Hazel. Bioquímica Analítica. Zaragoza, Espanha: Editorial

    Acribia, 1987.

      LEHNINGHER, Arthur. et al. Princípios de Bioquímica. 2 ed. São Paulo: Sarvier

    Editora, 1995.

      ROSCOSKI, Robert. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.