2ª pratica-curva padrao
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8/19/2019 2ª Pratica-Curva Padrao
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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
U NIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO R IO DE JANEIRO
Licenciatura em Química
UFRJ/CEDERJ
Nome: ISABEL DA SILVA REBELLO
Matrícula: 12214070079
E-mail: [email protected]
Telefone: (21) 2717-5081
Polo: SÃO GONÇALO Curso: QUÍMICA
Cidade em que reside: NITERÓI
R ELATÓRIO: PRÁTICA II
DISCIPLINA: QUÍMICA V
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2ª Prática: Cinética Enzimática
INTRODUÇÃO:
A cinética enzimática estuda as reacções químicas catalisadas pelas enzimas, em especial a
velocidade de reacção. O estudo da cinética de uma enzima permite elucidar os pormenores do
seu mecanismo catalítico, o seu papel no metabolismo, como é controlada a sua atividade na
célula e como pode ser inibida a sua atividade por drogas ou venenos, ou potenciada por outro
tipo de moléculas.
As enzimas são macromoléculas com a capacidade de manipular outras moléculas,
denominadas substratos. Um substrato pode unir-se ao centro catalítico da enzima que o
reconheça e transformar-se num produto ao longo de uma série de passos denominados
mecanismo enzimático. Algumas enzimas podem unir vários substratos diferentes e/ou libertar
diversos produtos, como é o caso das proteases ao romper uma proteína em dois polipéptidos.
Em outros casos, produz-se a união simultânea de dois substratos, como no caso da DNA
polimerase, que é capaz de incorporar um nucleótido (substrato 1) a uma cadeia de ADN
(substrato 2). Embora todos estes mecanismos sigam usualmente uma complexa série de passos,
também podem apresentar um passo limitante que determina a velocidade final de toda areacção. Este passo limitante pode consistir numa reacção química ou numa mudança de forma
da enzima ou do substrato.
O conhecimento adquirido acerca da estrutura das enzimas é útil na interpretação dos dados
cinéticos. Por exemplo, a estrutura pode sugerir como permanecem unidos substrato e produto
durante a catálise, que mudanças de forma ocorrem durante a reacção, ou mesmo o papel em
particular de determinados aminoácidos no mecanismo catalítico. Algumas enzimas modificam
a sua forma significativamente durante a reacção, em cujo caso pode ser crucial saber a estruturamolecular da enzima com e sem substrato unido (costumam usar-se análogos que se unem mas
não permitem levar a cabo a reacção e mantêm a enzima permanentemente na forma de
substrato unido).
Os mecanismos enzimáticos podem ser divididos em mecanismos de substrato único e
mecanismos de múltiplos substratos. Os estudos cinéticos com enzimas que apenas unem um
substrato, como a triose-fosfato isomerase, visam a medir a afinidade com a que se une o
substrato e a velocidade com que o transforma em produto. Por outro lado, ao estudar una
enzima que une vários substratos, como a di-hidrofolato redutase, a cinética enzimática pode
mostrar também a ordem pela qual se unem os substratos e se libertam os produtos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cin%C3%A9tica_qu%C3%ADmicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_enzim%C3%A1ticohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Drogahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Venenohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Macromol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Produtohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Proteasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Polip%C3%A9ptidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nucle%C3%B3tidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADNhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Triose-fosfato_isomerasehttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Afinidade&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidadehttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Di-hidrofolato_redutase&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Di-hidrofolato_redutase&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Velocidadehttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Afinidade&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Triose-fosfato_isomerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADNhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nucle%C3%B3tidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/ADN_polimerasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Polip%C3%A9ptidohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADnahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Proteasehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Produtohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Macromol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mol%C3%A9culahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Venenohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Drogahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_enzim%C3%A1ticohttps://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lulahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cin%C3%A9tica_qu%C3%ADmicahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Enzimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3o_qu%C3%ADmica
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Nem todas as catálises biológicas são efectuadas por enzimas proteicas. Existem moléculas
catalíticas baseadas no ARN, como as ribozimas e os ribossomas, essenciais para o splicing
alternativo e a tradução do ARNm, respectivamente. A principal diferença entre as ribozimas e
os ribossomas radica no limitado número de reacções que as primeiras podem efectuar, embora
os seus mecanismos de reacção e as suas cinéticas possam ser estudados e classificados pelos
mesmos métodos.
A velocidade de reacção aumenta com a concentração do substrato, eventualmente ficando
a enzima saturada a altas concentrações de substrato.
A reacção catalisada por uma enzima utiliza a mesma quantidade de substrato e gera a
mesma quantidade de produto que uma reação não catalisada. Tal como ocorre noutros tipos de
catálise, as enzimas não alteram em absoluto o equilíbrio da reacção entre substrato e produto.Ao contrário do que acontece noutras reacções químicas, as enzimas saturam-se. Isto significa
que com uma maior quantidade de substrato, mais centros catalíticos estarão ocupados, o que
incrementará a eficiência da reacção, até ao momento em que todos os sítios possíveis estejam
ocupados. Nesse momento ter-se-á alcançado o ponto de saturação da enzima e, embora se
adicione mais substrato, não aumentará mais a eficiência.
As duas propriedades cinéticas mais importantes de uma enzima são: o tempo que demora
a saturar-se com um substrato em particular e o seu ponto máximo de saturação. Oconhecimento destas propriedades torna possível formular hipóteses sobre o comportamento de
uma enzima no ambiente celular e prever como responderá frente a mudanças nessas condições.
Cinética de Michaelis – Menten
Curva de saturação para uma enzima mostrando a relação entre a concentração do substrato
(abcissas) e a velocidade de reacção (ordenadas).
As reacções catalisadas por enzimas são saturáveis, e a sua velocidade de catálise não indica
uma resposta linear face ao aumento de substrato. Se a velocidade inicial da reacção é medida
https://pt.wikipedia.org/wiki/ARNhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribozimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribossomahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ARNmhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_qu%C3%ADmicohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Satura%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Michaelis-Menten_saturation_curve_of_an_enzyme_reaction.svghttps://pt.wikipedia.org/wiki/Satura%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Equil%C3%ADbrio_qu%C3%ADmicohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cat%C3%A1lisehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Substratohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reac%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/ARNmhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Splicing_alternativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribossomahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ribozimahttps://pt.wikipedia.org/wiki/ARN
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sobre uma escala de concentrações de substrato (denotada como [S]), a velocidade de reacção
(v) aumenta com o acréscimo de [S]. Todavia, à medida que [S] aumenta, a enzima satura-se e
a velocidade atinge o valor máximo Vmax.
No modelo da cinética de Michaelis-Menten de uma reacção mono-substrato existe uma
reacção bimolecular inicial entre a enzima E e o substrato S para formar o complexo ES.
Embora o mecanismo enzimático para a reacção unimolecular possa ser
bastante complexo, há tipicamente um passo na determinação da velocidade que permite que
se modele o mecanismo como um passo catalítico simples de velocidade constante k 2.
(Eq. 1).
k 2 também é designado como k cat ou turnover, o valor máximo de reacções enzimáticas
catalisadas por segundo.
Com baixas concentrações de substrato [S], a enzima permanece em equilíbrio entre a
forma livre E e o complexo enzima-substrato ES; aumentando [S] aumenta [ES] à custa de [E],
mudando o equilíbrio para o lado direito. Uma vez que a velocidade de reacção depende da
concentração [ES], a velocidade é sensível a pequenas alterações de [S]. Todavia, com altos
valores de [S], a enzima fica totalmente saturada com substrato, e existe apenas na forma ES.
Nestas condições, a velocidade (v≈k 2[E]tot=Vmax) é insensível a pequenas alterações de [S];
assim, [E]tot é a concentração total enzimática
que é aproximadamente igual à concentração [ES] em condições de saturação.
A equação de Michaelis – Menten descreve como a velocidade de reacção v depende da
posição do equilíbrio ligado ao substrato e da constante de velocidade k 2. Michaelis e Menten
mostraram que se k 2 for bem menor que k -1 (chamada a aproximação de equilíbrio), pode obter-
se a seguinte equação:
(Eq. 2)
Esta equação de Michaelis-Menten é a base da maior parte da cinética enzimática mono-
substrato.
A constante de Michaelis K m é definida como a concentração para a qual a velocidade
da reacção enzimática é metade de Vmax. Isto pode verificar-se ao substituir K m = [S] na equação
de Michaelis-Menten. Se o passo de determinação da velocidade for lento, quando comparado
com a dissociação do substrato (k 2
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aproximadamente à constante de dissociação do complexo ES, embora tal situação seja
relativamente rara.
A situação mais normal dá-se quando k 2 > k -1 na por vezes chamada cinética de Briggs-
Haldane. A equação ainda se verifica em condições mais gerais, como provém da aproximação
ao estado estacionário. Durante o período inicial, a velocidade de reacção v é relativamente
constante, indicando que [ES] é também aproximadamente constante (cf. equação 1):
Assim, a concentração [ES] é dada pela fórmula
em que a constante de Michaelis K m é definida por
([E] é a concentração de enzima livre). Em conjunto, a fórmula geral para a velocidade de
reacção v vem pela equação de Michaelis-Menten:
A constante de especificidade é uma medida da eficiência de conversão pela
enzima do substrato em produto. Usando a definição da constante de Michaelis , a equação
escreve-se na forma
sendo [E] a concentração de enzima livre. Assim, a constante de especificidade é um modo
eficaz de obter a constante de segunda ordem da velocidade para enzimas livres na reacção comsubstrato livre para formação de produto. A constante de especificidade é limitada pela
frequência com que o substrato e a enzima se encontram na solução, podendo atingir 1010 M−1
s−1. Esta taxa máxima é amplamente não dependente da dimensão do substrato ou da enzima.
A razão entre constantes de especificidade para dois substratos é uma comparação quantitativa
da eficiência da enzima na conversão dos substratos. O declive do gráfico de Michaelis-Menten
com baixa concentração de substrato [S] (i.e. [S]
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O gráfico de Lineweaver-Burke ou do duplo recíproco mostra o significado dos pontos
de intercepção entre a recta e os eixos de coordenadas, e do gradiente da velocidade.O gráfico de velocidade face a [S] mostrado anteriormente não é linear. Embora a baixas
concentrações de substrato se mantenha linear, vai curvando à medida que aumenta a
concentração de substrato. Antes da chegada dos computadores, que permitem ajustar
regressões não lineares de forma simples, podia chegar a ser realmente difícil estimar os valores
de K m e Vmax nos gráficos não lineares. Isto deu lugar a que vários investigadores concentrassem
os seus esforços em desenvolver métodos de linearização da equação de Michaelis-Menten,
dando como resultado o gráfico de Lineweaver-Burke, o diagrama de Eadie-Hofstee e o gráficode Hanes-Woolf. Com o seguinte tutorial da cinética de Michaelis-Menten realizado na
Universidade de Virgínia, pode-se simular o comportamento de uma enzima variando as
constantes cinéticas.
O gráfico de Lineweaver-Burk ou representação de duplo recíproco é a forma mais
comum, e simples,de mostrar os dados cinéticos, apesar de não ser a mais fiável. Para tal,
tomam-se os valores inversos de ambos os lados da equação de Michaelis-Menten. Como se
pode apreciar na figura da direita, o resultado deste tipo de representação é uma linha recta cujaequação é e = mx + c, sendo o ponto de intercepção entre a recta e o eixo das ordenadas
equivalente a 1/Vmax, e o ponto de intercepção entre a recta e o eixo de abcissas equivalente a -
1/K m.
Evidentemente não se podem tomar valores negativos para 1/[S]; o mínimo valor
possível é 1/[S] = 0, que corresponderia a uma concentração infinita de substrato, e daí 1/v =
1/Vmax. O valor do ponto de intercepção entre a recta e o eixo x é uma extrapolação de dados
experimentais obtidos em laboratório. Geralmente, os gráficos de Lineweaver-Burke distorcem
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Regress%C3%A3o_n%C3%A3o_linearhttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Eadie-Hofstee&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Inverso_multiplicativohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Extrapola%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Lineweaver-Burke_plot.PNGhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Extrapola%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inverso_multiplicativohttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Eadie-Hofstee&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Regress%C3%A3o_n%C3%A3o_linearhttps://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diagrama_de_Lineweaver-Burke&action=edit&redlink=1
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as medidas realizadas a baixas concentrações de substrato e isto pode dar lugar a estimativas
não muito exactas de Vmax e de K m. Um modelo linear muito mais exato é o diagrama de Eadie-
Hofstee, mas nas investigações científicas actuais, todo este tipo de linearizações tornou-se
obsoleto e foi substituído por métodos mais fiáveis baseados na análise de regressão não linear.
Para analisar os dados é conveniente a normalização dos mesmos, já que isto pode ajudar à
diminuição da quantidade de trabalho experimental a realizar e incremento da fiabilidade da
análise.
Importância prática das constantes cinéticas
O estudo da cinética enzimática é importante por duas razões principais. Em primeiro
lugar, ajuda a explicar como as enzimas trabalham, e, em complemento, permite prever o
comportamento das enzimas em organismos vivos. As constantes cinéticas acima definidas, K m e Vmax, são críticas na compreensão do modo de funcionamento conjunto das enzimas para
controlar o metabolismo.
O objetivo desta prática e ilustrar os conceitos básicos da cinética enzimática , o estudo dos
fatores que determinam as velocidades de uma reação catalisada por uma enzima.
PROCEDIMENTOS:
1° Experimento: Efeito da Concentração de enzima na velocidade inicial da reação:
Protocolo de Dosagem de Áçucar Redutores.
Numerar 5 tubos e proceder de acordo com a tabela:
tubo tampão Enzima Sacarose AbsmL mL mL
I-1 0,6 0 0,4 0,065
I-2 0,5 0,1 0,4 0,209
I-3 0,4 0,2 0,4 0,297
I-4 0,3 0,3 0,4 0,377
I-5 0,2 0,4 0,4 0,406
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo
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2° Experimento: Determinação das velocidades da reação em função da concentração de
substrato:
Numerar 7 tubos e proceder de acordo com a tabela:
tubo tampão Enzima Sacarose Abs
mL mL mL média
II-1 0,8 0,2 0 0,035
II-2 0,7 0,2 0,1 0,279
II-3 0,6 0,2 0,2 0,461
II-4 0,5 0,2 0,3 0,543
II-5 0,4 0,2 0,4 0,74
II-6 0,3 0,2 0,5 0,807
3° Experimento: Determinação da curva padrão:
Numerar 10 tubos e proceder de acordo com a tabela:
tubo tampão Enzima Sacarose Abs
mL mL mL média
II-1 1 0 0 0
III-2 0,9 0,1 0,5 0,107
III-3 0,8 0,2 1 0,219
III-4 0,7 0,3 1,5 0,283
III-5 0,6 0,4 2 0,372
III-6 0,5 0,5 2,5 0,561
III-7 0,4 0,6 3 0,683
III-8 0,3 0,7 3,5 0,76
III-9 0,2 0,8 4 0,859
III-10 0,1 0,9 4,5 1,045
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RESULTADOS E DISCUSSÕES:
1º Construção da Curva Padrão :
tubo Sacarose Abs
mL média
II-1 0 0
III-2 0,5 0,107
III-3 1 0,219
III-4 1,5 0,283
III-5 2 0,372
III-6 2,5 0,561
III-7 3 0,683
III-8 3,5 0,76
III-9 4 0,859
III-10 4,5 1,045
y = 0,2274x - 0,0228
R² = 0,9911
-0,2
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 1 2 3 4 5
A B S
[ ] de sacarose hidrolisada (mmols/mL)
Curva Padrão
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2º Gráfico da velocidade inicial da reação em função do volume de enzima:
I-1 f(x)= 0,227x-0,023
0,065 = 0,227x – 0,023
0,088= 0,227x
X= 0,387
I-2 f(x)= 0,227x-0,023
0,209 = 0,227x – 0,023
0,232= 0,227x
X= 1,022
I-3 f(x)= 0,227x-0,023
0,297= 0,227x – 0,023
0,320= 0,227x
X= 1,410
I-4 f(x)= 0,227x-0,0230,377 = 0,227x – 0,023
0,400= 0,227x
X= 1,762
I-5 f(x)= 0,227x-0,023
0,406 = 0,227x – 0,023
0,429 = 0,227xX= 1,890
tubo Enzima Abs Sacarose
mL mol/mL
I-1 0 0,065 0,387x10-3
I-2 0,1 0,209 1,022x 10-3
I-3 0,2 0,297 1,410x10-3
I-4 0,3 0,377 1,762x10
-3
I-5 0,4 0,406 1,890x10-3
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tubo Enzima Velocidade
mL 10-³mol/mL
I-1 0 0,0387
I-2 0,1 0,1022
I-3 0,2 0,141
I-4 0,3 0,1762
I-5 0,4 0,189
tubo 1/V Conc
I-1 0 0
I-2 10 9,78
I-3 5 7,09
I-4 3,3 5,68
I-5 2,5 5,29
Cálculos:
I-2 1/V= 1/0.1=10
I-3 1/0,2= 5
I-4 1/0,3=3,3
I-5 1/0,4=2,5
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0,18
0,2
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 V e l o c i d a d e ( 1 0 - 3 m o l s / m L / m i n )
Volume da Enzima (mL)
Velocidade da reação em função da
quantidade de enzima
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3º Gráfico da velocidade inicial da reação em função do volume de substrato:
tubo Sacarose Abs
mL médiaII-1 0 0,035
II-2 0,1 0,279
II-3 0,2 0,461
II-4 0,3 0,543
II-5 0,4 0,74
II-6 0,5 0,807
tubo mM Sutrato
mL
II-1 0 0
II-2 20 0,1
II-3 40 0,2
II-4 60 0,3
II-5 80 0,4II-6 100 0,5
y = 3,342ln(x) + 1,9284
R² = 0,9824
0
2
4
6
8
10
12
0 2 4 6 8 10 12
1 / V ( 1 0 - 3 m o l s / m l / m i n
volume da enzima (ml)
Velocidade da reação em função da quantidade
de enzima
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tubo mM Velocidade
II-1 0 0
II-2 20 0,133
II-3 40 0,213
II-4 60 0,249
II-5 80 0,335
II-6 100 0,365
tubo 1/V 1/Conc
II-1 0 0
II-2 0,05 7,52
II-3 0,025 4,69
II-4 0,017 4,02
II-5 0,0125 2,99
II-6 0,01 2,74
y = 0,1443ln(x) - 0,3114
R² = 0,958
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0 20 40 60 80 100 120
V e l o c i d a d e ( 1 0 - 3 m o l s / m
L / m i n
Conc.(mM) sacarose
velocidade de reação x quantidade de substrato
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Cálculos
M1V1 = Mf Vf
0,2 . 0,1 = Mf .1
Mf = 0,02 mol/L = 20mM
M1V1 = Mf Vf
0,2 . 0,2 = Mf .1
Mf = 0,04 mol/L = 40 mM
M1V1 = Mf Vf
0,2 . 0,3 = Mf .1
Mf = 0,06 mol/L = 60mM
M1V1 = Mf Vf
0,2 . 0,4 = Mf .1
Mf = 0,08 mol/L = 80mM
M1V1 = Mf Vf
0,2 . 0,5 = Mf .1
Mf = 0,10 mol/L = 100mM
y = 2,9792ln(x) + 16,158
R² = 0,9718
0
2
4
6
8
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
1 / V
1/Conc mM
velocidade de reação x quantidade de
substrato
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15/17
Y= ax-b
0,279 = 0,2274x – 0,0228
0,3018 = 0,2274
X =0,3018
0,2274
X= 1,33 mol/L
V=1,33
10 = 0,133 mol/L/min
0,461= 0,2274x – 0,0228
0,4838 = 0,2274
X =0,4838
0,2274
X= 2,13 mol/L
V=2,13
10 = 0,213 mol/L/min
0,543 = 0,2274x – 0,0228
0,5658 = 0,2274
X =0,5658
0,2274
X= 2,49 mol/L
V=2,49
10 = 0,249 mol/L/min
0,740= 0,2274x – 0,0228
0,7628 = 0,2274
X =0,7628
0,2274
X= 3,35 mol/L
V=3,35
10 = 0,335 mol/L/min
0,807 = 0,2274x – 0,0228
0,8298 = 0,2274
X =8298
0,2274
X= 3,65 mol/LV=
3,65
10 = 0,365 mol/L/min
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Observa-se então que um aumento na concentração de enzimas leva a um aumento na
velocidade da reação. Contudo, o aumento nessa velocidade é gradualmente menor em
concentrações cada vez maiores de substrato (ROSKOSKI, 1997, p. 54). Desta forma, essa
afirmação explica os resultados obtidos já que se observa uma relação entre a concentração de
substrato e a velocidade da reação enzimática. Esse tipo de relação pode ser expressa
quantitativamente através da equação de Michaelis e Menten que relaciona a velocidade da
reação enzimática com duas constantes cinéticas:
1. Velocidade máxima (Vmax) – que indica que a velocidade se aproxima como um valor limite de
acordo com o aumento da concentração;
2.
Constante de Michaelis-Menten (Km) – que é a concentração de substrato para a metade davelocidade máxima.
Assim, a equação de Michaelis-Mentem é expressa da seguinte forma:
V = _Vmax [S]_
Km + [S]
Essa equação é muito importante, uma vez que constitui um instrumento para que se possa
compreender as reações enzimáticas.
Vmáx e Km só podem ser calculados quando V0 é medida em função de váriasconcentrações de substrato. E para tal determinação é necessário que com estes valores proceda-
se com uma transformação matemática denominada Lineweaver-Bürk ou Duplo-recíproco, que
consiste em inverter os dois lados da equação de Michaelis-Menten, dando origem a um gráfico
de 1/V versus 1/[S], que é uma função do primeiro grau. A vantagem deste método é a
determinação acurada de Vmáx e Km. Outra característica do duplo recíproco é que quando a
reta intercepta o eixo y tem-se o valor de 1/Vmáx e quando a reta intercepta o eixo x tem-se o
valor de -1/Km.Como já comentado, os valores de 1/Vmáx e -1/Km são definidos nos pontos de
interseção da reta com os eixos y e x, respectivamente. Ou seja, quando x tiver valor igual a
zero, a reta estará interceptando o eixo y e vice-versa. A partir deste princípio, é possível
determinar 1/Vmáx e -1/Km pela equação da reta do gráfico acima. E, conseqüentemente, os
valores de Vmáx e Km.
O gráfico dos duplos recíprocos permite a determinação precisa de Km e Vmáx já que
na extrapolação dos dados experimentais, chega-se a uma situação em que 1/V0=1/Vmáx
quando 1/[S] = 0. Ou seja, quando a concentração de substrato for muito alta.
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Km é uma medida da afinidade da enzima pelo substrato. Estabelecendo-se os seguintes
parâmetros: Km ALTO = BAIXA afinidade e Km BAIXO = ALTA afinidade. A determinação
da influencia de substrato pode ser realizada apenas se as condições de temperatura ótima, pH
ótimo e concentração de enzima forem mantidas. É importante ressaltar que a formação de
produto é diretamente proporcional a concentração de substrato, e que a velocidade de catálise
só será independente da mesma , se esta estiver em excesso. Pois em baixas concentrações de
substrato a velocidade de reação é de primeira ordem, em outras palavras, proporcional a
concentração de substrato. Já quando esta está em excesso a velocidade de reação é de ordem
zero, mantêm-se constante e passa a independer da concentração de substrato.
CONCLUSÃO
Nota-se uma eficiência catalítica admirável das enzimas devido ao seu alto grau de
especificidade por seus substratos, acelerando reações químicas específicas. Observa-se que
tais reações ocorrem em condições necessárias para que ocorra uma boa atividade da enzima, já que elas funcionam em condições suaves de temperatura e pH. Pôde-se verificar também que
a velocidade da reação enzimática está relacionada com a concentração do substrato e que
através da equação de Michaelis-Menten é possível descrever o comportamento cinético de
grande maioria das enzimas.
REFERÊNCIAS
CAMPBELL, Mary K. Bioquímica. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.
HOLME, David J; PECK, Hazel. Bioquímica Analítica. Zaragoza, Espanha: Editorial
Acribia, 1987.
LEHNINGHER, Arthur. et al. Princípios de Bioquímica. 2 ed. São Paulo: Sarvier
Editora, 1995.
ROSCOSKI, Robert. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.