o yoga no ensinamento do bhagavad gita

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  • 7/25/2019 O Yoga No Ensinamento Do Bhagavad Gita

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    O

    YOGA

    NOENSINAMENTO

    DOBHAGAVAD GITA

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    Os quatro YogasKarma, Jnna, Rja e Bhakti

    No Bhagavad-Gt Krishna discursa sobre os quatro Yogasde Karma, Jnna, Rja eBhakti no dilogo com Arjuna. Georg Feuerstein escreve o seguinte: difcil dar a esseYoga um rtulo que lhe seja apropriado. No s Jnna-Yoga e Karma Yoga, mas tambm

    Bhakti-Yoga. [1]

    Madhusdana Sarasvat (c.15401640), um filsofo Indiano[2], dividiu os dezoitocaptulos ou lies em trs, cada diviso com seis lies. Sarasvati classificou as primeiras

    seis lies comoKarma-Yoga, as segundas seis lies comoBhakti-Yoga, e as ltimas seislies comoJnna-Yoga.

    O nomeRja-Yoga um neologismo que entrou em uso por volta do Sculo 16 d.C. [3]em referncia aos Yoga-Stras de Patanjali essa parece ser a razo pela qual o nome no erautilizado nem por George Feuerstein ou Madhusudana Sarasvat quando escreveram sobre osYogas doBhagavad-Gt. A sexta lio dedicada prtica de meditao e inclui refernciasque podem ser atribudas aos oito angas mencionados nos Yoga-Stras tal como em outrasestrofes deBhagavad-Gt.

    Em todas as lies deBhagavad-Gtpodemos encontrar uma aluso a um ou outro dosquatro Yogas.[4] Por exemplo, na sexta lio, o Yoga da Meditao em tma, estrofe 47,podemos ler uma referncia sobre Bhakti-Yoga:

    6.47.Entre todos os yguis, aquele que tem o tmasempre absorvido em Mim e Me adora com f,na verdade, , por Mim, considerado o maisintegrado, maior entre os yguis todos.[5]

    Num outro captulo do livro A Tradio de Yoga,Feuerstein escreve o seguinte sobrea definio de Yoga:

    O Mahabharata (14.43.24) afirma que o sinal distintivo do Yoga a atividade(pravritti). Isso faz-nos lembrar a definio do Bhagavad-Gt (2.50), equivalente hindu do

    Novo Testamento, segundo a qual Yoga a percia em ao (Yogah Karmasu kaushalam).Isso significa que o yogin ou a yogin fazem o trabalho que lhes cabe e desincumbem-se dassuas obrigaes sem esperar por recompensa alguma. [6]

    Esta citao leva-nos na direco doKarma-Yoga, o Yoga de Aco.

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn6https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn5https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn4https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn3https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn2https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn1https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn1
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    Karma-Yoga

    A palavraKarma derivada da raiz kri que quer dizer fazer e tem vrios sentidos:

    aco, trabalho, efeito, etc, e neste contexto, Karma-Yoga traduzido como sendo oYoga da Aco. No seu livro A Tradio do Yoga, Georg Feuerstein cita o dicionrioWebster dizendo que a palavra Karma definida como:

    a fora gerada pelas aces da pessoa, fora essa, segundo o Hindusmo e o Budismo,que perpetua a transmigrao e, em suas consequncias ticas, determina o destino da

    pessoa na encarnao seguinte.[7]

    Isto quer dizer que todas as aces tm as suas consequncias estas consequnciaspodero ser realizadas de imediato, outras adiadas e ainda outras sero realizadas em futuras

    encarnaes.

    O Bhagavad-Gt o primeiro texto sagrado que descreve detalhadamente oKarma-Yoga. Krishna ensina que para conseguir a meta do Yogatodos os actos tm quer serpraticados sem apego aos resultados das aces. Arjuna fala com Krishna sobre o seutormento de ter que lutar contra os seus parentes, amigos e mestres e este ter que lhe explicarque o abandono do seu dharmacomo guerreiro tambm implica que no est a seguir adoutrina doKarma.

    Na terceira lio, Krishna discursa sobre oKarma-Yoga, dizendo que impossvel parao homem existir sem agir. Todas as aces tm as suas consequncias, at a mais simples, mas

    mesmo assim a aco melhor que a inaco, no importa quais as suas consequncias.

    Na estrofe seguinte, Krishna explica que a fora da nossa natureza (prkriti) queimpele a aco:

    3.5.Porque ningum, ningum, por um instante,deixa de praticar qualquer aco:quer queira ou no queira, obrigado aco pelos trs gunas da Prkriti.[8]

    Na dcima-quarta lio Krishna discursa sobre os gunas ou qualidades. A qualidademais pura a do sattva, o guna da sabedoria e iluminao e a pessoa que o desenvolvetorna-se altrusta e feliz com tudo que a vida lhe trazem seguida a do rajas, ogunaque levaao apego e desejos que conduz actividade por fim, o do tamas, o guna que leva ignorncia, letargria e disiluso. A sua descrio est nas estrofes 6 a 8:

    14.6.E sattva imaculado, Sem Mcula!Luminoso e isento de doena,plo apego virtude que vinculae tambm pelo apego ao conhecimento14.7.E rajas, fica sabendo, paixo,que s provm de apego e da avidez:vincula, sim Filho de Kunt,

    pelo apego aco, o tma encarnado.

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn8https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn8https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn7
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    14.8.E tamas s procede da ignornciaque ilude os tmas todos encarnadose vincula, Gro Filho de Bhrata,

    pla negligncia, indolncia e sono.[9]

    Voltando terceira lio sobre oKarma-Yoga,Krishna continua a explicar que qualqueraco tem que ser praticada sem apego seno, no est a pratic-la como devia e est a agir nomundo da iluso:

    3.6.Depois de refrear os rgos da acoquem continua com a mente nos objectosdos sentidos, mantendo o tma iludido,esse chamado, com certeza, um vil hipcritca.3.7.Mas, quem vigia os seus sentidos com a mente

    e empreende assim, Ardjuna, o Ygada aco, com os rgos todos da acoe sem apego aos frutos, esse superior. [10]

    O desapego um acto de renuncia do ego e tem que ser praticado em toda a aco noKarma-Yoga. Krishna fala com Arjuna dizendo que se este consegue praticar o desapego naaco em conjunto com o seu dever, ir conseguir realizar o objectivo mais importante:

    3.19.Portanto, tu realiza sempre, sem apego,a aco dharmonia com teu prprio Karma,

    porque, ao realizar a aco sem apego,

    o homem, na verdade, alcana o Ser Supremo.[11]

    Nas estrofes 22 a 24 Krishna parece que est a explicar que at ele prprio segue a lei deKarma-Yoga e quais seriam as consequncias da sua inactividade se no a seguisse:

    3.22.Pra Mim, Filho de Prith, no hmais nada que fazer nestes trs mundos:nenhum inatingvel Meu alvoe, no obstante, continuo activo.3.23. Porque, se no agisse sempre, infatigvel,

    os humanos, Filho de Prtha,o Meu exemplo seguiriam todoe para sempre ficariam inactivos3.24. Chegariam ao fim estes trs mundos,

    se Eu no fizesse mais aco nenhuma:Eu seria o Autor da grande confusosim, Eu destruiria as criaturas todas.[12]

    Nesta lio podemos concluir que Krishna quer transmitir que no precisamos de nosretirar da sociedade, mas que conseguiremos a meta de unio ou realizao de Brman porfazer aquilo que nos compete o nosso dever ou dharma sem apego aos resultados.

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn12https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn11https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn10https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn9
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    Jnna- Yoga

    A palavraJnnaquer dizer conhecimento mas no no simples sentido do saber. George

    Feuerstein explica-a assim:

    A palavra significa conhecimento, intuio ou sabedoria, e no contextoespiritual significa especficamente aquilo que os gregos chamavam gnosis,um tipo especialde conhecimento ou intuio libertadora. [13]

    O conhecimento que o adepto de Jnana-Yoga procura o do Absoluto, o que conseguido atravs da sabedoria de discernimento ter que saber discernir entre matria etma, o irreal e o real. A questo que leva o adepto a procurar este caminho Quem soueu?e no Quem Brman. Atravs do estudo, auto-estudo e auto-conhecimento o adepto

    deJnna-Yoga espera chegar Verdade, a percepo que o tma, tman e Brman so Unos.Mesmo assim, a tradio reza que isto no ser possvel sem um mestre para o ajudar nestecaminho. O Jnna-Yoga traduzido como sendo o Yogado Conhecimento e considerado omais difcil a seguir.

    Na terceira lio encontramos Krishna a discursar sobre Karma-Yoga, o Yogade Acoe na quarta lio, Krishna mostra o caminho deste Yogapara o deJnna-Yoga. O adepto de

    Jnna-Yogaexplora atravs do seu intelecto a questo da aco e inaco na sua procura deresposta ao Quem sou eu?.

    Nas primeiras estrofes, Krishna conta como foi ele que comeou a transmitir o

    ensinamento de Yoga e isto pode ser visto como o princpio do ensinamento atravs dosmestres ou gurus para os seus discpulos. DeJnna-Yoga, diz-se que os adeptos somente iroconseguir chegar unio comBrmanatravs dos cuidados e ensinamentos de um mestre ouguru j iluminado, ou seja algum que j alcanou a unio com Brman.

    Nas estrofes 15 e 34 encontramos referncias que incitam o adeptode Jnna-Yoga aprocurar um Guru:

    4.15.Cientes disto, os antigos que buscavamsua libertao, procediam assim.

    Portanto, tu, tambm, procede comooutrora procediam os antigos.[14]4.34.Isto aprende atravs da submisso,atravs da pesquisa e do servio.Os sbios que detm o magno conhecimento,que vem a verdade, esses ho-de instruir-te.[15]

    E na estrofe 17 podemos perceber a razo pela qual esta procura necessria:

    4.17. preciso entender a fonte da aco, preciso entender a aco errada, preciso entender a inaco:o curso da aco um enigma.[16]

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn16https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn15https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn14https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn13https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn13
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    Krishna explica que revelar este ensinamento ao seu amigo devotado, tal como orevelou primeiro ao deus-Sol, dizendo que este Yoga o segredo supremo:

    4.1.Declarei este Yga eterno, imperecvel,

    a Vivasvat, Brman-Sol, primevo antepassado,o qual o transmitiu a seu filho Manue Manu, por seu turno, a Ikxvaku o deu.4.2. Communicado assim por tradioos videntes reais o receberam.

    E, aps muito tempo, este Yga, no mundoperdeu-se, Abrasador do Inimigo!4.3. O mesmo Yga, hoje, Eu te ensino,o mesmo, proclamado antigamente,

    porque tu s Meu devotado amigo

    e o segredo supremo tal Yga.[17]

    Estas so as estrofes que podem ser consideradas como sendo uma referncia passagem do ensinamento pelo mestre ao seu discpulo e que coloca Krishna como sendo oprimeiro Mestre.

    Krishna continua a falar, desta vez dos muitos nascimentos pelos quais ambos tmpassado, mas dos quais Arjuna no se recorda. Tambm, Krishna fala da sua existncia e arazo desta, que tambm explica a razo pela qual est presente nesta grande batalha paradefender a justia.[18] Arjuna tambm est nesta batalha pela mesma razo s que o seutormento age como um vu, a ocultar esta razo.

    O adepto de Jnna-Yoga preocupa-se em adquirir o conhecimento sobre a razo daaco e os mtodos de sacrifcio ou ascese que eliminam o vnculo a essa mesma aco.Segundo Krishna o adepto ao fazer isto conseguir unir-se a Ele:

    4.10.Muitos, libertos da paixo, do medo e clera,absorvidos em Mim e em Mim s procurandorefgio, j purificados pela ascesedo conhecimento, ascenderam ao Meu estado.[19]

    o prprio Krishna que coloca a pergunta sobre aco e inaco para depois dizer queesse ponto confunde os mais sbios. Ensinar o que para que o Arjuna pode-se libertar:

    4.16.Que a aco? E a inaco? Te os poetasse encontram confundidos em tal ponto.Eu ensinar-te-ei o que a aco: depois,sabedor, dimpureza te libertas.[20]

    No seu livro sobre oBhagavad Gt, Swami Sivananda explica esta estrofe dizendo queembora no esteja empreendido na aco, mas se a mente estiver com a ideia de fazer eegoismo, ento esta aco em inaco. Por outro lado, embora empreendido fisicamentenuma aco intensa, se a ideia de actividade est ausente, se estiver a sentir que Prakriti faztudo, esta a inaco em aco. [21]

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn21https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn20https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn19https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn18https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn17https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn17
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    Portanto, Arjuna simplesmente tem que seguir em frente com a batalha, sem apego sconsequncias ou aos frutos da ao, como o seu dever como guerreiro lhe compete e como asua natureza o impele. Assim, atingir a inaco em aco.Ou seja, o adepto de Jnna-Yogaliberta-se da transmigrao quando compreende que no ele que faz a aco, somente o

    corpo que participa nela.No momento que o adepto alcana esta percepo, o vu de iluso levantado e a unio realizada:

    4.35.Ciente disto, j no cairsna iluso, Filho de Pandue vers, sem excepo, a todos, todos os seresem ti, no tma, e em Mim, em Mim, em Mim.[22]

    A preocupao de Arjuna ao participar nesta batalha que esta aco seria contra oconceito de ahimsa ou no-violncia, um dos princpios fundamentais do Hinduismo e do

    Yoga, que tem em conta que toda a vida humana e animal sagrada. Krishna explica quequem alcana a meta deJnna-Yoga consegue anular esta violenta aco:

    4.36.Mesmo que sejas grande pecador,entre os maiores pecadores, inda assim,a fraqueza tu hs-de atravessara bordo do navio do conhecimento.4.37. Como o fogo reduz o bosque a cinzas,

    Arjuna, do mesmo modo o fogodo conhecimento, por completo, a cinzascertamente reduz as aces todas. .[23]

    Portanto, nesta lio Krishna quer ensinar queJnna-Yoga, essencialmente, o caminhopara Brmanatravs do conhecimento e do discernimento entre a realidade e no-realidadepara, por fim, perceber o eterno.

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    Rja-Yoga

    A palavra raj quer dizer rei e refere-se aos monarcas de linhaKshatria/Raiput, assim

    Rja-Yoga traduzido como sendo o YogaReal. ORja-Yoga um neologismo que apareceno sculo 16 d.C. e Georg Feuerstein explica que:

    Refere-se especificamente ao sistema de Yoga de Patanjali, criado no sculo II d.C., e usado na maioria das vezes para distinguir do Hatha-Yoga, o caminho ctuplo deintroverso meditativa preconizado por Patanjali. [24]

    Patanjali considerado como o compilador da tradio de Yogaque visa o controlo dasactividades psicofsicas para realizarmos a nossa verdadeira natureza e conseguir o objectivode libertao ou moksha. Os Yoga-Stradefinem quais so essas tcnicas atravs dos seus

    aforismos concisos. Tambm oBhagavad-Gt, atravs do dilogo entre Krishna e Arjuna,nos oferece um guia prtico para experimentar este Yoga.

    Como oBhagavad-Gt um texto muito anterior ao dos Stras, podemos concluir quePatanjali, genialmente, conseguiu codificar o Rja-Yoga do Gt, definindo quais so astcnicas mencionadas atravs dos seus aforismos concisos para o leitor poder reflectir oumeditar sobre cada Stra e o seu sentido. Consoante a sua experincia, pouco a pouco, o

    propsito das palavras ser-lhe- revelado para em seguida ser possvel aplic-lo na sua vidayoguica.

    Os Yoga-Stra esto divididos em quatro captulos, ou livros, chamadospda, com umtotal de 196 aforismos: Samdhi-pda,Sdhana-pda, Vibhti-pda e Kaivalya-pda. no

    Sdhana-pda,aforismo 29, que encontramos os oito angas,ou membros deyoga(AshtngaYoga), considerados essenciais para a sua prtica.

    Os angas so yama (refreamentos), niyama (observncias), sana (posturas),prnyama (disciplina do sopro), pratyhra(retraco dos sentidos), dhrna (fixao daateno),dhyna (continuidade da concentrao)esamdhi (enstase).Mais especificamente,os yama so ahims (no violncia), satya (verdade), asteya (no roubar), brahmacarya(continncia), e aparigraha(desapego) e os niyama so auca (purificao), samtosha(contentamento),svdhyya (estudo), eIvara-pranidhana (consagrao de Deus).[25]

    No Bhagavad-Gt, enquanto Krishna no discursa definitivamente contra a violncia(himsa), explica, principalmente na terceira lio sobre Karma-Yoga[26], que o pior paraArjuna seria a no-aco. Tem que agir consoante o seu dharma, como guerreiro, sendonecessrio defender a justia. Na segunda lio, Krishna tambm explica que realmente noestaria a matar ningum porque o tman indestrutvel, somente o corpo no qual encarnou que perecvel:

    2.18. Estes corpos caminham para um fim,mas tma encarnado que os anima,afirmam, indestrutvel, insondvel.

    Portanto, luta, luta, Gro Filho de Bhrata![27]

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn27https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn27https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn26https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn25https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn25https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn24https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn24
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    Na dcima-segunda lio, tambm explica que Arjuna no pode deixar que valoresticos tradicionais sejam um impedimento aco quando esta praticada com desapego aosseus frutos:

    12.17. Quem j abandonou, de todo, o egoismoe cujo intelecto no est sujo,mesmo que mate a mole imensa deste povo,no, no mata ningum, nem tem remorsos.[28]

    Podemos encontrar referncias aos Ashtngas em toda a parte do texto deBhagavad-Gt. Por exemplo, na quarta lio podemos ver uma aluso ao niyama desamtosha no primeiro verso:

    4.22.Satisfeito com tudo que o destino d,

    alm da dualidade e sem nenhuma inveja,e indifrente no sucesso e no malogro,esse, mesmo que actue, no est envolvido.[29]

    Na mesma lio podemos ler uma referncia ao anga deprnyama:

    4.29.H os que, concentrados na respirao,aps t-la retido, sacrificamo ar expirado na inspiraoe, na expirao, o inspirado ar.[30]enquanto na segunda lio podemos ler uma referncia ao anga depratyhra:

    2.58.E quando ele recolhe os seus sentidos,tal como a tartaruga as suas patas,de todos os objectos dos sentidos:ele um sbio firmemente equilibrado.[31]e de novo, na terceira lio:

    3.7.Mas quem vigia os seus sentidos com a mentee empreende assim, Ardjuna, o Ygada aco, com os rgos todos da acoe sem apego aos frutos, esse superior.[32]

    As seguintes estrofes so mencionadas por Jean Filliozat, no seu livro ReligionPhilosophy Yoga[33]onde ele indica que tm referncias aos angas dopratyhra(primeiroe stimo versos) e prnyama (terceiro e quarto versos), mas tambm podemos encontrarreferenciados dhrna (segundo verso), dhyna (quinto verso) esamdhi (ltima estrofe):

    5.27.Rejeitando os contactos l de foracoa viso fixa entre as sobreancelhas,tornando iguais, ao respirar, os movimentosdo ar, tal como passam pelas narinas5.28. dominado os sentidos, a mente e o intelecto,

    o asceta cujo alvo s libertao,sem desejo nenhum e sem medo e sem clera,se assim permanecer, pra sempre est liberto.

    5.29. Sabendo que sou Eu, Quem, de facto, recebe

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn33https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn32https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn32https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn31https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn30https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn29https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn28https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn28
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    o sacrifcio mais a ascese, o Gro Senhordos mundos e, de todos os seres, o Grande Amigo,o sbio, certamente, alcanar a paz.[34]

    Esta ltima estrofe tambm tem uma referncia ao niyama de tapas na palavra ascese eh vrias menes a este niyamapor todo oBhagavad Gt, por exemplo:

    4.10.Muitos, libertos da paixo, do medo e clera,absorvidos em Mim e em Mim s procurandorefgio, j purificados pela ascesedo conhecimento, ascenderam ao Meu estado.[35]

    A dcima-segunda lio, dedicada ao Bhakti-Yoga, onde Ivara-pranidhana(consagrao de Deus) est integrado como a essencia deste Yoga. A estrofe 8 tambm

    contm referncias aos outros trs angas de dhrna (primeiro verso), dhyna (segundoverso) esamadhi (terceiro verso):

    12.8.Conserva a tua mente fixa s em Mime faz com que penetre, em Mim, teu intelectoe, desde ento, em Mim, ters tua morada:no h, acerca disto, dvida nenhuma.[36]

    Na sexta lio Krishna explica a Arjuna o prposito deRja-Yogadizendo que paraligar a nossa conscincia a dEle, ou sejaBrman, atravs do controlo do corpo, mente esentidos.Krishna diz que ningum se pode tornar um yogui sem renunciar aos seus desejos e

    para quem j conseguiu elevar-se atravs da aco, agora pode procurar o caminho atravs dameditao em vez de aco:

    6.2.Isso que os homens chamam de renncia, Filho de Pandu, este Yganingum pode tornar-se ygui sem mataros seus desejos, integrado em disciplina.6.3.Pr asceta, que aspira elevar-se ao Yga,

    como se diz, aco o seu instrumentoe, para o mesmo asceta, ao Yga elevado,

    seu instrumento , como se diz, repouso.[37]

    Krishna continua a explicar que preciso apaziguar a mente (tma) e que a maneira de oconseguir concentrando-se no tma Supremo porque assim nem perante o frio, calor, prazer,dor, etc., perder a concentrao e sendo mestre dos sentidos permancer em meditao,imvel na unio com Ele (penso que aqui o uso da palavra Yoga tem a ver com a ligao ao

    Brmanmais propriamente do que uma simples referncia aoRja-Yoga):

    6.7.E, dominado o tma, no homem em paz,tma mantem-se sempre concentradontma Supremo, ante frio, calor,

    prazer e dor, e ante a honra e a desonra.6.8. O ygui pra quem o oiro, a pedrae um pedao de terra, o mesmo valor tm,

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn37https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn36https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn36https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn35https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn35https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn34https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn34
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    instrudo nos livros e na vida, mestre dos sentidos, imvel em Yga.[38]

    A seguir, Krishna indica como o praticante doRja-Yoga sedeve aprontar para meditar

    bem como o deve fazer. aqui que encontramos uma referncia aos angas de asana, que nodicionrio Monier-Williams traduzido como sendo sentar-se[39],dhrna, dhyna e

    samdhi, do niyama encontramos auca e dosyama de aparigraha e brahmacarya:

    6.10.Este ygui medita sempre em tma,sozinho, num lugar secreto e isolado,bem dirigindo o tma e pensamentos,

    sem desejos nenhuns e sem nenhuns apegos.

    (A referncia ao dhynano primeiro verso, dhrna no segundo verso e aparigraha nos

    ltimos dois.)

    6.12.sentado nesse sitio e, tendo concentradoa mente sobre um ponto, e tambm dominado

    seus pensamentos e sentidos, este homem,na prtica dYga, purifica o tma.

    (A referncia ao asana no primeiro verso, dhrna no segundo verso,pratyhra nosegundo e terceiro versos, e ao aplicar estes todos consegue a purificao (auca) da mente(tma)).

    6.13.Sereno, conservando o torso e o pescooe a nuca mui direitos, sem bulir,ele fixa o seu olhar na ponta do nariz

    sem ver nenhuma direco no espao,(Outra referncia ao asana nos primeiros dois versos e dhrna no terceiro.)

    6.14. com tma to tranquilo e livre de tremorfiel castidade do seu voto,mestre da mente e concentrado em Mim,integrado em Yga e, em Mim, absorvido.

    (A referncia ao brahmacarya no segundo verso,dhrna no terceiro verso,dhyanaesamadhi no ltimo.)

    6.15.Em tma, sempre meditando, tal yguique domou por completo a sua mente,alcana, unido a Mim, a paz nirvnica,que tem, em Mim seu fundamento nico:[40]

    (Outra referncia ao dhyana nos primerios dois versos esamadhi nos dois ltimos.)Krishna continua a explicar os processos de Rja-Yoga at Arjuna O interromper

    dizendo que o sistema de Yogaque lhe est a ensinar parece difcil de conseguir devido turbulncia e instabilidade da mente. A concluso de Arjuna que ser mais fcil controlar ovento do que a mente.[41]Krishna concorda e ainda explica que quem se aplica de verdade aeste Yoga consegue atingir a sua meta. Arjuna continua a pedir que as suas dvidas sejam

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn41https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn40https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn40https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn39https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn38
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    esclarecidas e Krishna explica que, se nessa vida no o consegue dominar, ento ter aoportunidade de assim fazer noutras vidas.[42]

    Assim, uma possvel concluso seria que aparentemente Arjuna ainda no O pode

    procurar na meditao porque ainda no entrou na aco para completar o seu dharma, eportanto este Yoga no ainda para Arjuna.

    Na ltima estrofe desta lio, Krishna fala, parecendo querer sossegar Arjuna, dizendoque demonstrando a sua f e tendo a mente sempre absorvida nEle, estar a praticar o Yogamais elevado, ou seja, quem pratica oBhakti-Yoga tem a mxima considerao de Krishna:

    6.47.Entre todos yguis, aquele que tem o tmasempre absorvido em Mim e Me adora com f,na verdade, por Mim, considrado o mais

    integrado, maior entre os yguis todos.[43]

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn43https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn42https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn42
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    Bhakti-Yoga

    A palavra Bhakti, derivada da raiz bhaj (dividir, partilhar, possuir[44]), geralmente

    traduzido como devoo e por conseguinte,Bhakti-Yoga o Yogade Devoo. O caminhopara umBhakti-Yogin o da devoo com o objectivo de atingir o Amor Supremo. Atravs demeios de devoo e o acto de auto-entrega, o devoto espera realizar a Verdade e a comunhoou unio com o Absoluto. O devoto iniciante comea com preces, cnticos, rituais ecerimnias. Repetir o nome de Brman tambm considerado uma prtica importante.Eventualmente, o devoto espera conseguir a humildade interna necessria para a disoluo doego.

    No Bhagavad-Gt, oBhakti-Yoga a forma de Yogamais elevada. Em vrias estrofesencontramos referncias prtica deBhakti-Yoga, tal como a que foi transcrita na pgina 4.

    Outras so referidas por Georg Feuerstein no seu livro[45]e aqui colocadas na verso deAntnio Barahona:

    2.71.O homem que, a todos os seus desejosrenunciou, isento davidez,que no pensa jamais:-Isto sou eu,ou, ento, Isto meu, alcana a paz.2.72.Eis onde, Filho de Prith, reside

    a fixao em Brahma e, quem a conseguiu,no volta a iludir-se e, hora da morte,atingir, em Brahma, o Nirvana.[46]

    5.24.Aquele que s encontra felicidade,e deleite e luz, dentro de si prprio,torna-se Brahma tal ygui e, ento,mergulha no Nirvana assimilado a Brahma.[47]

    6.15.Em tma, sempre meditando, tal yguique domou por completo a sua mente,alcana, unido a Mim, a paz nirvnica,que tem em Mim, seu fundamento nico.[48]

    A pessoa que no assume qualquer aco como sendo dele e para ele, mantendo a menteem Brmn, ligado felicidade interna, chega meta do Yoga. Penso que a ltima estrofetambm uma aluso ao Rja-Yogadevido ao uso de palavra meditando e a referncia aocontrolo da mente.

    6.31.A unidade, concebendo e adorando-Me,no todo incluso em os seres todos, este ygui,

    seja qual for sua maneira de viver,sua morada sempre em Mim, em Mim, em Mim.[49]

    Acima, temos a explicao do que acontece quando o devoto j alcanou a meta doBhakti-Yoga: a disoluo completa do ego e realizao do Brman.

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn49https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn49https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn48https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn48https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn47https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn46https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn45https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn44
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    Neste artigo h uma referncia na dcima-segunda lio, entitulada Bhakti-Yoga, aoanga deIvara-pranidhana. I. K. Taimni no seu livro The Science of Yoga escreve sobreeste anga:

    Por conseguinte, a prtica de Ivara-pranidhana comea com a assero mental Noser feita a minha vontade mas seja feita a Vossa vontade, mas no acaba aqui. H umesforo constante para levar a contnua retirada da conscincia do nvel da personalidadeque o assento da conscincia do eu para a conscincia do Supremo onde a Sua vontadeest a trabalhar no mundo manifestado.[50]

    Portanto, como o Bhakti-Yoga sobre a devoo aBrman, possvel perceber queIvara-pranidhana a essncia da sua prtica.

    Contudo, e continuando com o livro The Science of Yoga, Taimni explica que ao

    princpio este caminho no fcil enquanto a personalidade ou ego no est dominada masao longo do tempo os impedimentos esta realizao so levantados. Para o devoto deBhakti-Yoga o enfase no na fuso da vontade individual com a Vontade Divina mas naunio com o Amado atravs do amor.[51]

    A lico abre com Arjuna a perguntar Quais so os mais versados em Yoga e nasprimeiras estrofes temos a resposta quando Krishna lhe diz:

    12.2. Os seres que, integrados em si, eternamente,Me veneram, a mente s em Mim, deixandodotados duma firme f insupervel,

    so os mais integrados, os Meus fiis devotos.12.3.Mas os que louvam s o Imperecvel,

    Indefinvel, No Manifestado,Omnisciente, Imvel, Imutvel,

    Eterno, Infinito, Inconcebvel,12.4. disciplinando a multido dos seus sentidos

    e cujo intelecto no se altera nuncae rejubilam co bem-estar das criaturasem verdade, em verdade esses ho-de alcanar-Me.[52]

    Aqui Krishna explica que os mais versados so aqueles que perfeitamente seconcentram na Sua forma e O adoram com f e devoo porque assim no h acesmaterialistas tudo feito como oferenda, sem deixar passar um momento sem estes actos dedevoo.

    A lio continua com Krishna a explicar quais as qualidades que um devoto deveriapossuir e que este deveria refugiar-se nele, dedicando-Lhe todas as suas aces, meditando epraticando Yogapara conseguir a meta de libertao ou moksha:

    12.6.Mas, os que renunciam s acesem Mim, e que Me elegem o Supremo,com devoo, em Mim s meditandoe praticando Yga imperturbaveis,12.7. cuja conscincia j penetrou toda em Mim,

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn52https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn52https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn51https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn50
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    desses sou, na verdade, o libertador, Filho de Prith, libertador do mar,do grande mar da morte e da transmigrao.[53]

    Krishna continua a explicar que Arjuna devia manter a mente sempre nEle e se noconseguir, procurar somente fazer o Seu trabalho e seno conseguir fazer isso, ento Lhedevia dedicar o seu trabalho. Se isso for demasiado difcil de conseguir, ento devia renunciaros frutos da aco.

    12.8.Conserva a tua mente fixa s em Mime faz com que penetre, em Mim, teu intelectoe desde ento, em Mim, ters tua morada:no h, acerca disto, dvida nenhuma.

    12.9.Mas se, s incapaz de concentrar,com firmeza, em Mim, teu pensamento,procura, nesse caso, alcanar-Mepela prtica dYga, Dhanandjaya.

    12.10.Se te for, no entanto, impossvel tal prtica,dedica-te a fazer somente o Meu trabalho:

    se realizares, por Mim, as tuas aces todas.Hs-de antingir, sim, com certeza, a perfeio.[54]

    Nas estrofes 8 e 9 so as referncias aos angas de dhrna(primeiro verso), dhyna

    (segundo verso) esamahdi (terceiro, sexto e dcimo-segundo versos) doRja-Yoga.

    Na estrofe 12, parece que estamos a ver qual a ordem de importncia que Krishna d aosquatro YogascomJnna-Yogaa ser melhor do queKarma-Yoga,Rja-Yogamelhor do que o

    Jnna-Yoga, e o Bhakti-Yoga melhor do que o Rja-Yoga, e quem pratica oBhakti-Yogaalcana a sua meta:

    12.12. Melhor o conhecimento do que mero esforomeditao superior ao conhecimentomelhor, renunciar aos frutos da aco

    do que meditao: pela renncia vem paz. [55]

    Nas ltimas estrofes, Krishna continua a explicar as caractetrstcas que o devoto deviapossuir como compaixo, contentamento, pureza e a equinamidade perante tudo e todos[56].Na ltima estrofe ainda clarifica que os devotos mais queridos so os que O elogiam com fsacrificando ou oferecendo as aces e as suas recompensas a Ele, para todo o Dharma, ouseja todo o ensinamento para a vida eterna tal como foi dado em todo oBhagavad-Gt:

    12.20. Mais os que louvam este Dharma que te disse,nctar que d a vida eterna, cheios de fe tendo s em Mim o seu supremo alvo,esses, so para Mim, os devotos mais queridos.[57]

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn57https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn57https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn56https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn55https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn55https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn54https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn54https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn53
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    primeira leitura, podemos pensar que os quatro Yogasdiferem bastante, mas depois deaprofundar mais o texto, percebemos que o objectivo comum e fundamental de todos omesmo, ou seja a unio com o Absoluto ou Brman. Todos eles procuram elevar os seus

    praticantes alm da identificao vulgar do corpo e mente, colocando-os na posico de os

    transcender.

    OBhagavad-Gita considerado o texto sagrado que explica o caminho deBhakti-Yoga,que, por seu turno, considerado o mais elevado de todos os Yogas. Os Yogasde Karma,

    JnnaeRja so considerados vias para conseguir chegar ao deBhakti, embora cada um porsi tambm visto como um caminho para a realizao do Absoluto.

    Esta concluso foi tirada depois de ler a dcima-segunda lio, estrofe 12, onde Krishnacoloca os quatro yogas por ordem, como j foi mencionado neste trabalho e agora explicadoem mais detalhe. Pela leitura doBhagavad Gita parece que oKarma-Yoga o primeiro no

    caminho da realizao do Absoluto/Brman. Tambm pode ser considerado o percursor deJnna-Yoga, mostrando o caminho para este Yogaatravs da aco sem apego. Por outro lado,noJnna-Yoga, depois do adepto j compreender a inaco na aco, quando prossegue nadireco da meditao pode ser considerado o percursor de Rja-Yoga. Por fim no

    Rja-Yogaquando j esto ultrapassados os oito angas, entramos noBhakti-Yoga, o culminarde todos os Yogas, com a renncia de aco, os seus frutos e a dissoluo do ego para chegar unio comBrman. Contudo, umYguique segue o caminho deBhakti-Yogano precisa deseguir qualquer um dos outros Yogas.

    Krishna tambm quer transmitir que em todo e qualquer trabalho que fazemos, somossomente o instrumento e que devemos procurar fazer tudo com serenidade, tanto nos sucessos

    e nos fracassos, no ganho e na perda, na felicidade e na dor. O seu ensinamento mostra que possivl retirar a nossa ligao aos objectos e objectivos sensoriais para o prazer pessoal, paraos transformar no servio a Ele.

    O dilogo entre Krishna e Arjuna tornou o Bhagavad-Gtnum texto universal, nosectrio e significativo para quem procura a soluo dos problemas e conflitos internos queafligem todos ns. Krishna, com as suas palavras repletas de sabedoria, abre a porta paraconseguirmos encontrar a resoluo das perguntas e problemas eternos de toda a humanidade.

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    Anexo:

    Todas as lies tm ttulos que incluem a palavra Yoga[1], aqui traduzidos por AntnioBarahona do livro Poema do Senhor Bhagavad-Gt: [2]

    IVisada Yoga

    O Yoga da Angustia de Ardjuna

    II

    Sankhya YogaO Yoga do Ponto de Vista do Snkhya

    IIIKarma Yoga

    O Yoga da Aco Bem DirigidaIV

    Jnna YogaO Yoga da Conhecimento dtma

    VKarma Vairagya Yoga

    O Yoga da Aco e da Renncia

    VIAbhyasa Yoga (tambm conchecido comoDhyana Yoga ouRja Yoga)

    O Yoga da Meditao em tma

    VIIParamahamsa Vijnna Yoga

    O Yoga da Teoria e a Prtica do Conhecimento

    VIII:Aksara-ParaBrman Yoga

    O Yoga de Brahma Imperecvel

    IXRja-Vidya-Guhya Yoga

    O Yoga do Mistrio Real e da Real Sabedoria

    X

    Vibhuti-Vistara-YogaO Yoga das Manifestaes do Poder Divino

    https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn2https://sementedoyoga.com/o-bhagavad-gita/o-yoga-no-ensinamento-do-bhagavad-gita/#_ftn1
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    XIVisvarupa-Darsana Yoga

    O Yoga da Viso da Forma Universal

    XIIBhakti Yoga

    O Yoga da Devoo Bem Dirigida

    XIIIKsetra-Ksetrajna Vibhaga Yoga

    O Yoga da Distino entre O Campo e seu Conhecedor

    XIV

    Gunatraya-Vibhaga YogaO Yoga da Distino entre os Trs Gunas

    XVPurusottama Yoga

    O Yoga do Puruxa Supremo

    XVIDaivasura-Sampad-Vibhaga Yoga

    O Yoga da Distino entre o Destino Divino e o Assrico

    XVIISraddhatraya-Vibhaga Yoga

    O Yoga da Distino entre as Trs Espcies de F

    XVIIIMoksa-Opadesa Yoga

    O Yoga da Renncia

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    Bibliografia

    [1]FEUERSTEIN, GEORG A Tradio do Yoga So Paulo, Brasil EditoraPensamento-Cultrix Ltda, 1998 p.245

    [2]http://en.wikipedia.org/wiki/Madhusudana_Sarasvati

    [3]FEUERSTEIN, GEORG A Tradio do Yoga So Paulo, Brasil Editora

    Pensamento-Cultrix Ltda, 1998 p.65

    [4]. Ver anexo acima

    [5]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.111

    [6]FEUERSTEIN, GEORG A Tradio do Yoga So Paulo, Brasil Editora

    Pensamento-Cultrix Ltda, 1998 p.39

    [7]FEUERSTEIN, GEORG A Tradio do Yoga So Paulo, Brasil Editora

    Pensamento-Cultrix Ltda, 1998 p.87.

    [8]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.67.

    [9]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 pp.188 e 189, estrofes 6 a 8.

    [10]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.69

    [11]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.71

    [12]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 pp.72-73

    [13]FEUERSTEIN, GEORG A Tradio do Yoga So Paulo, Brasil Editora

    Pensamento-Cultrix Ltda, 1998 p.67

    [14]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.83.

    [15]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.87.

    https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref15https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref14https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref13https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref12https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref11https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref10https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref9https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref8https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref7https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref6https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref5https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref4https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref3http://en.wikipedia.org/wiki/Madhusudana_Sarasvatihttps://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref2https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref1
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    [16]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.83.

    [17]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.79, estrofes 6 a 8.

    [18]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.79 a 81, estrofes 6 a 8.

    [19]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p. 81.

    [20]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.83,

    [21]SIVANANDA, SWAMI Bhagavad Gita The Divine Life Society World Wide

    Web (www) Edition India, 2000.http://www.dlhsq.org/downloads/bgita.htm Even

    though one is not engaged in action, but if the mind is active with the idea of doership and

    egoism, then it is action in inaction. On the other hand, though engaged physically in intense

    action, if the idea of agency is absent, if one feels that Prakriti does everything, it is inaction

    in action. The liberated man is free from attachment and is always calm and serene though

    engaged in ceaseless action. He is unaffected by the pairs of opposites like joy and grief,success and failure.

    [22]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.87.

    [23]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.87.

    [24]FEUERSTEIN, GEORG A Tradio do Yoga So Paulo, Brasil Editora

    Pensamento-Cultrix Ltda, 1998 p.65.

    [25]MICHAEL, TARA O Ioga Paris Editorial Presena, Lda., 1975 pp.86 a 118.

    [26]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 pp.67 a 77.

    [27]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.51.

    https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref27https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref26https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref25https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref24https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref23https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref22http://www.dlhsq.org/downloads/bgita.htmhttps://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref21https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref20https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref19https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref18https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref17https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref16
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    [28]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.221.

    [29]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.83.

    [30]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.85.

    [31]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.61.

    [32]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.69.

    [33]FILLIOZAT, JEAN Religion Philosophy Yoga Dehli, India Motlal Banarsidass

    Publishers Pvt. Ltd, 1991 p. 409.

    [34]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.97.

    [35]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.81.

    [36]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa RelgioDgua Editores, 1996 p.173.

    [37]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.99.

    [38]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.99 a 100.

    [39]http://www.ibiblio.org/sripedia/ebooks/mw/0100/mw__0192.html 3coluna, linha

    31.[40]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.101, estrofes 10 a 15.

    [41]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.107, estrofes 33 e 34.

    [42]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.107 e 109, estrofes 33 a 42.

    [43]BARAHONA, ANTNIO Poema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.111.

    https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref43https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref42https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref41https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref40http://www.ibiblio.org/sripedia/ebooks/mw/0100/mw__0192.htmlhttps://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref39https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref38https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref37https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref36https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref35https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref34https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref33https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref32https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref31https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref30https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref29https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref28
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    [44]http://www.ibiblio.org/sripedia/ebooks/mw/0700/mw__0776.html

    [45]FEUERSTEIN, GEORG A Tradio do YogaSo Paulo, Brasil Editora

    Pensamento-Cultrix Ltda, 1998

    [46]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.65

    [47]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.97

    [48]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.101

    [49]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.105

    [50]TAIMNI, I.K. The Science of Yoga London, England The Theosophical

    Publishing House, 1961 p.229. The practice of Isvara-pranidhana therefore begins with the

    mental assertion Not my will but Thy Will be done, but it does not end there. There is a

    steady effort to bring about a continuous recession of consciousness from the level of the

    personality which is the seat of I consciousness of the Supreme whose will is working out in

    the manifested world.[51]TAIMNI, I.K. The Science of Yoga London, England The Theosophical

    Publishing House, 1961 p.230. []the emphasis is not on the merging of the individual will

    in the Divine Will but on the union with the Beloved through love.

    [52]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.171.

    [53]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.171, estrofes 6 a 7.[54]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.171, estrofes 8 a 9.

    [55]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.173.

    [56]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.175, estrofes 13-19.

    [57]BARAHONA, ANTNIOPoema do Senhor, Bhagavad-Guit Lisboa Relgio

    Dgua Editores, 1996 p.175.

    https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref57https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref56https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref55https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref54https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref53https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref52https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref51https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref50https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref49https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref48https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref47https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref46https://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref45http://www.ibiblio.org/sripedia/ebooks/mw/0700/mw__0776.htmlhttps://sementedoyoga.wordpress.com/wp-admin/post.php?post=830&action=edit#_ftnref44
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