josÉ ca_enfope_07-04-2015

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 A INSTRUÇÃO COMO ELEMENTO DE CATEQUESE E ALIENAÇÃO AO PROJETO POLÍTICO DO ESTADO GT2 -  EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIALMENTE APLICÁVEIS José Carlos Santos [1] Clara Angélica de Almeida Santos Bezerra [2] Maristela do Nascimento Andrade [3] RESUMO Este texto é resultado de pesquisa bibliográfica parcial, lançada sobre a instrução no Brasil, analisa o as questões inerentes à educação na perspectiva da instrução e sua fu ão na formão do homem pa ra a sociedad e brasileira. Esta pe sq uisa é de conotação hist ór ica. Concordamos que a educação está para além dos bancos escolares, contudo somos seres aprend en te s e aprender é uma necessidade fundamental da humanidades. Neste estudo vis itamos momentos importantes da história da educação no Brasil onde far emos incursões a elementos da instrução elementar. Os auto res estudados são: Fernando de Azeve do (199 6), Luciano Mendes Faria Filho (2000) e Maria Thetis Nunes (1984), Jorge de Souza Araújo (1999), Zaia Brandão (1996), José Silvério Baía Horta(1994), e Vanilda Paiva(2000)Â A proposta é provocar uma reflexão acerca da instrução sob o olhar destes autores com vistas a gerar possível análise critica sobre o tema, focando a instrução como recurso do estado para formação cultural do homem social. Palavras-chave: Educação, Instrução, Jesuítas, Instrução elementar. RESUMEN Este texto es el resultado de una invest igación bibliogr áf ica pa rcial , pu esto en marcha en la educación en Brasil , analiza las cuestiones relativas a la educación en la perspectiva de la educación y su papel en la formación del hombre a la sociedad brasileña. Esta investigación es la connotación histórica. Estamos de acuerdo en que la educación va más allá de los bancos de la escuel a , sin embarg o, somos ap rendices y los seres de ap rendiz aj e es una necesidad fu ndamenta l de las humanidades . En este estudio se visita los momentos importantes en la historia de la educación en Brasil donde las incursiones de elementos de la educación primaria. Los autores estudiados son : Fernando de Azevedo ( 1996 ) , Luciano Faria Mendes

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  • A INSTRUO COMO ELEMENTO DE CATEQUESE E ALIENAO AO PROJETOPOLTICO DO ESTADO

    GT2 - EDUCAO E CINCIAS HUMANAS E SOCIALMENTE APLICVEIS

    Jos Carlos Santos [1]Clara Anglica de Almeida Santos Bezerra [2]

    Maristela do Nascimento Andrade [3]

    RESUMOEste texto resultado de pesquisa bibliogrfica parcial, lanada sobre a instruo noBrasil, analisa o as questes inerentes educao na perspectiva da instruo e suafuno na formao do homem para a sociedade brasileira. Esta pesquisa deconotao histrica. Concordamos que a educao est para alm dos bancosescolares, contudo somos seres aprendentes e aprender uma necessidadefundamental da humanidades. Neste estudo visitamos momentos importantes dahistria da educao no Brasil onde faremos incurses a elementos da instruoelementar. Os autores estudados so: Fernando de Azevedo (1996), Luciano MendesFaria Filho (2000) e Maria Thetis Nunes (1984), Jorge de Souza Arajo (1999), ZaiaBrando (1996), Jos Silvrio Baa Horta(1994), e Vanilda Paiva(2000) A proposta provocar uma reflexo acerca da instruo sob o olhar destes autores com vistas agerar possvel anlise critica sobre o tema, focando a instruo como recurso doestado para formao cultural do homem social.Palavras-chave: Educao, Instruo, Jesutas, Instruo elementar.

    RESUMENEste texto es el resultado de una investigacin bibliogrfica parcial , puesto enmarcha en la educacin en Brasil , analiza las cuestiones relativas a la educacin enla perspectiva de la educacin y su papel en la formacin del hombre a la sociedadbrasilea. Esta investigacin es la connotacin histrica. Estamos de acuerdo en quela educacin va ms all de los bancos de la escuela , sin embargo, somosaprendices y los seres de aprendizaje es una necesidad fundamental de lashumanidades . En este estudio se visita los momentos importantes en la historia dela educacin en Brasil donde las incursiones de elementos de la educacin primaria.Los autores estudiados son : Fernando de Azevedo ( 1996 ) , Luciano Faria MendesFilho ( 2000 ) y Tetis Maria Nunes ( 1984 ), Jorge de Souza Arajo ( 1999 ) , Zaia

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  • Brando ( 1996 ), Jos Silverio baha de Horta ( 1994), y Vanilda Paiva ( 2000 ) , lapropuesta es motivo de reflexin sobre una instruccin desde la perspectiva de estosautores con el fin de generar posibles anlisis crtico sobre el tema, centrndose en laeducacin como un recurso para la formacin cultural del estado del hombre social .Keywords: Education, instruction, Jesuits, Elementary education.

    INTRODUO

    A funo da escola numa sociedade educar! Mas qual seria a funo desta palavraSeria orientar, adestrar, domesticar culturalmente, adaptar o sujeito s normasdeterminadas pelo Estado de maneira poltica e cultural Defenderemos, neste brevetexto, que a instituio escolar um instrumento de controle e adaptao dosistema. Obviamente esta categoria no nova e j foi amplamente defendida porMichel Foucault (1999). Seguindo este raciocnio discutiremos a instruo como umaao poltica com o intuito de formar pessoas para seguir o projeto poltico do estadode acordo com a cultura em voga. Ento o que vamos discutir, perpassa pela escolabrasileira num olhar histrico, bebendo em autores que discutem a educao noBrasil. Autores que debatem a instruo elementar como: Fernando de Azevedo(1996), Luciano Mendes Faria Filho (2000), Maria Thetis Nunes (1984), e outros.Faremos uma reflexo ao tema Escola Nova, guiado pelas pesquisas de Jos SilvrioBaa Horta (1994) e Zaia Brando (1999), buscando identificar a importncia dainstruo na educao para sociedade e sua interferncia na disputa pelos espaosde poder. Tivemos, na histria da educao brasileira, fotos historicamenteimportantes, que apontam para este caminho. Alm do movimento dos pioneiros daEducao Nova, um dos mais conhecidos pelos educadores, houveram, a intervenoda Igreja, a incurso dos partidos polticos, a ao do Exrcito e a incursopermanente do Estado Brasileiro. Todos estes fatos apontam a instruo como umveculo para atender ao projeto politico do Estado. Por fim, traremos uma analiseacerca do trabalho da professora Thetis Nunes em Sergipe.

    JESUTAS: OS PRIMEIROS PROFESSORES!

    consenso que a obra de catequese e a de ensino elementar, nas escolas de ler,escrever e contar ultrapassa, nos seus efeitos, os fins imediatos de catequizaovislumbrados pelos jesutas. Sabemos que o processo de catequese no se dabruptamente. Antes necessrio subjugar crenas e tradies arraigadas na culturapopular e por este motivo a metodologia utilizada visa implantar tambm a cultura ea religio dos conquistadores, para concretizar a colonizao. Assim restava aosjesutas ensinar aos ndios a cultura portuguesa, da forma mais rpida e permanentepossvel.

    Os jesutas entendiam que para realizar sua tarefa de catequese necessitavamensinar aos ndios a lngua portuguesa, a cultura e religio dos portugueses, a partirdas crianas indgenas, os curumins, acreditando que estes poderiam levar para o

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  • seio das suas aldeias a mensagem de transformao cultural e religiosa.

    De fato, para se tomar um territrio no se pode transformar o adulto em outrapessoa, com novas crenas e novas atitudes. mais simples e possvel, escravizar oadulto e educar as crianas conforme o projeto poltico do conquistador. Entendemosque os jesutas, no estavam preocupados em mudar radicalmente a forma depensar dos adultos, porque estes so mais apegados s suas razes culturais ecrenas tornando difcil tal incurso, mas pretendiam preparar a nova gerao paraaceitar sua recente condio de vida, adaptados a outra cultura. Por outro lado, como ensino s crianas, os jesutas, podiam ser favorecidos, quando os pais viam osensinamentos como um benefcio para seus filhos, considerando a imponncias etecnologia dominante dos conquistadores, pois vislumbravam para seusdescendentes a mesma fora.

    Os nativos, via de regra, no enxergavam os jesutas como invasores. Ento aescolha obvia feita por estes, foi investir em escolas para as crianas, com a intenode educar para servir a coroa portuguesa.

    No cabe aqui, nem nossa inteno, apor julgamento quela ao, sobretudonaquela poca, pois A obra civilizadora que o jesuta realizou no Brasil, nos doissculos iniciais da colonizao, no pode ser compreendida se no situada na suapoca e dentro das condies da vida social, na Metrpole e na Colnia (AZEVEDO,1996 p. 517). As particularidades daquele momento, assim como o modo de vida, asquestes sociais e polticas a que a Colnia estava atrelada que deveria definir asindigncias e prioridades daquela poca. A ns, resta analisar os fatos, sem oferecerjuzo de valor sobre o acontecimento, mas compreender melhor o tempo presente.Nossa inferncia sobre a instruo como objeto de catequese e alienao aoprojeto politico e cultural do Estado, nunca sobre as aes desta ou aquelapersonagem.

    Considerando a situao poltica naquele momento, temos clareza de que existiamcorrentes distintas atuando no Brasil, entretanto para todas elas, havia aperceptibilidade da necessidade da instruo para os brasileiros. Lembremos quenaquele momento j havia o projeto de educao diferenciada para pobres e ricos.Havia a educao para ndios e posteriormente negos, mas tambm residiam noBrasil, as classes abastadas que precisavam de instruo e que para isso tinham queenviar seus filhos para estudarem em outro pas, uma vez que no existiam escolasadequadas para eles. Notamos neste ponto que classes diferentes com propositodiferentes no projeto do Estado devem ter a educao que atenda o proposito da suaexistncia e classe social no neste projeto.

    No obstante as atividades que desenvolviam, precisamos destacar que a vocaodos jesutas era outra: certamente, no a educao popular primria ou profissional,mas a educao das classes dirigentes, aristocrtica, com base no ensino dehumanidades clssicas, embora precisassem transmitir alguma instruo para

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  • promover a catequese, fazia parte das suas funes ajudar estabelecer a colnia.

    Assim, na sua ao, os jesutas no estavam servindo apenas obra de catequese,mas lanavam as bases da educao popular, pois seria esta, a demanda social nacolnia.

    A obra dos jesutas para os menos abastados se utilizava de um recurso multiplicadore muito eficiente, pois acabavam por misturar as crianas no seu projeto decatequese. Essa ao alm de eficiente no tinha nenhum custos, pois adotavam aaparncia de ao natural. "[...] em toda essa obra magnfica, de catequese e decolonizao, utilizavam os padres no s a influncia dos meninos brancos, rfos oufilhos de colonos, sobre os meninos ndios, posto em contato com aqueles nosmesmos colgios, como tambm a ao dos curumins que, ensinados pelos padres,saam pelas aldeias a ensinar os pais na prpria lngua dos ndios". (AZEVEDO, 1996p.508).

    O que temos at ento uma invaso pacfica embora a passividade no tenhasido o ponto forte da colonizao onde uma civilizao tecnologicamente maisavanada domina outra a partir da mudana de pensamento cultural e religioso. Essaao possvel com os mais jovens. No importa a dimenso ou o quanto essa novacultura se distancie da sua. atravs da catequese dos mais jovens que atransformao acontece.

    uma constatao consensual que a educao no Brasil predominantementejesutica, alm dos colgios estabelecidos nos sculos XVI e XVII, para mocidadecolonial, de quem foram os primeiros mestres e a quem ensinaram as letras, osjesutas fundou, no sculo XVIII, os seminrios para o clero secular, a cuja formaotrouxe contribuio inestimvel, na ltima fase da Companhia de Jesus no Brasil.

    No obstante o controle sobre a educao estar, naquele momento, sob o crivo daigreja, questes polticas e interesses na mesma direo, implementaram a ReformaPombalina. Assim, com a expulso dos jesutas do Brasil h um perodo de declnio,segundo Fernando de Azevedo: Excetuadas essas iniciativas raras e sem influnciassobre a mentalidade colonial, todo perodo de quase meio sculo que se estende daexpulso dos jesutas (1759) a transferncia da corte portuguesa para o Brasil, dedecadncia e de transio (AZEVEDO, 1996 p. 548).

    O Marqus de Pombal justifica sua reforma com a implantao do pas laico,expulsando os jesutas, mas absorvendo suas estruturas de colgios e seminrios. Acriao do Seminrio de Olinda aparece no cenrio da educao nacional numaperspectiva salvacionista. " de fato, no seminrio de Pernambuco, criado na cidadede Olinda por Azeredo Coutinho, que mais fortemente se manifestaram, no seuesprito o seus mtodos, os princpios que orientaram as reformas pombalinas, emgrande parte inspiradas pelas ideias dos enciclopedistas". (AZEVEDO, 1996 p. 548).

    No h como negar a contribuio deste seminrio, pois a gerao educada no

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  • seminrio de Olinda, que se tornou o foco de radiao das ideias liberais, foi abrigada de choque da nova ordem europeia no Brasil (AZEVEDO, 1996 p. 549).

    Existe uma ideia de verdade absoluta na obra de Fernando de Azevedo,determinando que tudo que aconteceu na educao brasileira at 1930, j estesclarecido e bem explicado por ele, e sendo assim, no h o que estudar nestapoca. Vamos esclarecer que o fato de trazer Fernando de Azevedo para estadiscusso no a defesa desta ideia. preciso moderao nestes pensamentosabsolutistas e aceitao de ideias prontas. preciso que se tenha clareza que portrs destas obras havia interesses polticos, perfeitamente normais ao ser humano,mas que carece um olhar crtico.

    As referencias a este autor se d pela sua importncia na pesquisa e escrita sobre ahistria da educao no Brasil e sua contribuio neste registro. Consideremos o fatoda influencia cartesiana no pensamento e nas aes dos pesquisadores, naquelemomento. Portanto Fernando de Azevedo, tambm no est em julgamento nestetexto, assim como nenhum dos autores que surgiro a seguir.

    Convoquemos ento a contribuio de Luciano Mendes Faria Filho, que oferecereflexo a cerca da instruo elementar no sculo XIX e tambm poder contribuircom o proposito deste texto. Este autor apresenta o conceito de que A historiografiaconsagrada sempre concebe a educao primria do sculo XIX confinada entre adesastrada poltica pombalina e o florescimento da educao na era republicana.(FARIA Filho, 2000 p. 135)

    Para este autor, as questes de necessidade e a pertinncia ou no da instruo dosnegros livres, libertos ou escravos ndios e mulheres, eram amplamente debatidae intensa, foi a atividade legislativa das Assembleias provinciais em busca doordenamento legal da educao escolar.

    A instruo como um mecanismo de governo permitia no apenas indicar osmelhores caminhos a serem trilhados por um povo livre, mas tambm evitaria queesse mesmo povo se desviasse do caminho traado pelo Estado como sendo aproposta de enquadramento do cidado. A esta altura poderamos indagar se aquelasociedade estava preocupada com a educao, num momentos onde a deciso sobreos destinos do Pas cabia a poucas pessoas privilegiadas historicamente pela suacondio colonizadora. Teramos ento um problema cultural a ser solucionado

    Pensemos! Os ndios no se permitiram escravizar, mas acabaram por promover umamiscigenao forte no pas e os negos estavam libertos por fora das questespolticas e econmicas, mas tambm estavam miscigenados, eram brasileiros eviviam no Pas. Temos ai um problema social! Seria a escola o instrumento que oestado iria lanar mo para resolver o problema de orientao da sua novapopulao miscigenada

    Com esta preocupao vrios mtodos foram engendrados na educao brasileira na

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  • busca de soluo deste problema. Para FARIA Filho (2000), o mtodo simultneo erao que melhor atendia as especificidades da instruo escolar. Permitia a organizaode classes mais homogneas, a ao do professor sobre vrios alunossimultaneamente, a otimizao do tempo escolar, a organizao dos contedos emdiversos nveis que, dentre outros elementos, garantia um atendimento maisabrangente com a reduo de recursos. A inteno era atender a populao, emborano fosse fcil atender a uma populao que nem sempre desejava ir escola. Namaioria das vezes os pais preferiam que seus filhos estudassem em casa.

    No podemos nem devemos considerar que apenas aqueles, ou aquelas, quefrequentavam uma escola fora do ambiente domstico tinham acesso s primeirasletras, havia vrias situaes em que as famlias contratavam tutores para ensinar nodomiclio.

    No estado de Sergipe, Nunes (1984) nos fala que com advento da independncia acapitania de Sergipe mergulhou num perodo de agitao e instabilidade exacerbada.Somente com a posse em maro de 1824 do primeiro presidente nomeado por PedroI, O brigadeiro Fernandes da Silveira, comeou a normalizao da vida sergipana.Constatamos novamente neste estudo o uso da instruo com veculo de alienaoao projeto poltico.

    Para cumprir o artigo 178 da carta de 1824 que estabelecia que todas as cidades,vilas, e lugares mais populosos teriam escolas de primeiras letras que fossemnecessrias. Segundo Nunes (1984, p. 39) essas escolas de primeiras letrasapresentavam semelhanas ao MOBRAL [4] - O Movimento Brasileiro deAlfabetizao, que surgiu durante o governo militar, como um prosseguimento dascampanhas de alfabetizao de adultos iniciadas com Loureno Filho. Apresentavaum cunho ideolgico totalmente diferenciado do que vinha sendo feito at ento.

    A vida econmica na provncia de Sergipe alcanava na dcada de 1820, ritmopromissor, mas a centralizao do poder, que to eficazmente o Imprio consolidarana rea poltico-administrativa, no envolveu o setor educacional. Entretanto o AtoAdicional de 1834 Constituio do Imprio trouxe profundas consequncias evoluo educacional brasileira. Presidentes de Provncias eram nomeadoslevando-se em conta apenas as questes de ordem econmica e poltica. Alheio arealidade da provncia que chegava para governar, o presidente desconhecia, apobreza da maioria dos que frequentava as aulas, e baixavam normas que nopoderiam ser cumpridas pela populao. A obrigatoriedade do uso da farda e sapato um exemplo da total ignorncia dos governadores ante ao povo que governaria.

    O ensino particular teve grande importncia em Sergipe principalmente nos ncleosurbanos ligados produo aucareira, como no Colgio do Sagrado Corao deJesus, em Laranjeiras, sob a direo do professor Brs Diniz Villas-Boas, funcionandodesde 1841.

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  • Com o desaparecimento do Liceu de So Cristvo, encerra-se um captulo do ensinosecundrio sergipano. O embate poltico usava a educao como jogo de podercriando e extinguindo escolas de acordo com movimentos das cadeiras ocupadaspelos Presidentes de Provncias. Somente com o surgimento dos preparatrios, setorna possvel o acesso s faculdades no menor prazo possvel.

    A ESCOLA NOVA E A INSTRUO

    A Escola Nova no Brasil, contou com diversos movimentos e atores que propunhamprojetos para a sociedade. Neste cenrio preciso levar em conta as cargasideolgicas que encerram os objetivos de cada grupo poltico, cada movimento sociale o gesto que os atores desta contextura apresentam como sendo projetonacionalista e, portanto devendo ser implantado no Pas. Neste aspecto as pesquisasde HORTA e BRANDO, iro contribuir no sentido de apresentar anlise acerca destasleituras e levantar novos questionamentos.

    Para Brando (1999), houve uma reinterpretao do significado poltico-pedaggicodo Movimento da Escola Nova que causou uma grande curvatura na historiografia,transmutando educadores heris em viles.

    No possvel negar a importncia que o projeto da Escola Nova teve para aeducao brasileira, mas importante pontuar que havia naquele momento osinteresses polticos entre vrios grupos daquela sociedade. Devemos levar emconsiderao a existncia de uma reflexo filosfica de fundamento marxista queaponta o escolanovismo como um agente que serve, a partir do discurso tcnico derenovao, aos interesses da hegemonia burguesa. Motivava-me, tambm, apossibilidade de contestar a pretenso de ineditismo da anlise marxista no campoda educao, que as geraes mais novas atribuam ao seu trabalho analtico(BRANDO 1999, p.10).

    Embora a autora afirme sua desconfiana na consistncia do resultado da suapesquisa, no que se refere fonte, que ela chamou de forma nebulosa, eratambm uma fonte indita. Foi nesta perspectiva que fiz as primeiras entrevistascom Paschoal Lemme e passei a explorar as suas Memrias, como testemunho domovimento educacional daquela poca (BRANDO, 1999, p.10).

    A Escola Nova aparece com um cunho ideolgico muito forte, e como toda a aohumana serve a um proposito poltico. Neste aspecto, Foucault (1999) v a instruo escola como um instrumento do estado para incorporar os cidados numadoutrina de obedincia que sirva aos propsitos do sistema que para atingir talobjetivo, criou vrias instituies com vistas a promover o ajustamento social. Ainstruo uma ferramenta que permite moldar o cidado conforme a poltica socialdo estado.Eis ento como devemos imaginar a cidade punitiva. Nas encruzilhadas, nos jardins, beira das estradas que so refeitas ou das pontes que so construdas, em oficinas

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  • abertas a todos, no fundo de minas que sero visitadas, mil pequenos teatros decastigos. Para cada crime, sua lei; para cada criminoso, sua pena. Pena visvel, penaloquaz, que diz tudo, que explica, se justifica, convence: placas, bons, cartazes,tabuletas, smbolos, textos lidos ou impressos, isso tudo repete incansavelmente oCdigo. Cenrios, perspectivas, efeitos de tica, fachadas s vezes ampliam a cena,tornam-na mais temvel, mas tambm mais clara. Do lugar onde est colocado opblico, poder-se-ia acreditar em certas crueldades que, na realidade, noacontecem. Mas o essencial, para essas severidades reais ou ampliadas, que,segundo uma economia estrita, todas elas sirvam de lio: que cada castigo seja umaplogo. E que, em contraponto a todos os exemplos diretos de virtude, se possam acada instante encontrar, como uma cena viva, as desgraas do vcio. Em torno decada uma dessas representaes morais, os escolares se comprimiro com seusprofessores e os adultos aprendero que lio ensinar aos filhos. No mais o granderitual aterrorizante dos suplcios, mas no correr dos dias e pelas ruas esse teatrosrio, com suas cenas mltiplas e persuasivas. E a memria popular reproduzir emseus boatos o discurso austero da lei. (FOUCAULT, 1999 p. 132-133)

    Contudo a breve presena de Foucault, neste texto tem o objetivo de determinar aperspectiva do estado da coroa portuguesa ao estado repblica emanando seupoderio de catequese aos conquistados atravs da instruo.

    A ideologia partidria aparece nesta poca de forma contundente, pois a disputapelos espaos de poder se apresenta de forma clara. O prprio Paschoal Lemmetrabalhou nas duas frentes, tanto pela democratizao da educao, ligado aosgrupos dos pioneiros, como pela democratizao da sociedade com o PCB [5]. Eracomum o jargo de transformao da sociedade e a Educao servia bem comobandeira de luta.

    Nesta perspectiva, ordem do dia, traz o Exrcito Brasileiro preocupado com aformao do cidado, melhor dizendo, a formao do cidado para servir ao seucontingente. Neste aspecto tambm busca reclamar para seus cuidados a formaoescolar do povo. Era desejo das foras armadas cuidar da educao e no poupavadiscursos que justificassem a necessidade da educao ficar sob os cuidados doExrcito brasileiro. "O soldado vem ao quartel apenas para aprender o que lhe necessrio quando a ptria cham-lo sua defesa. Os oficiais [...] constituem opequeno grupo que permanece nas casernas para receber, educar, instruir e restituira vida civil os cidados: desta forma, os oficiais so os verdadeiros apstolos dopatriotismo e do dever cvico". (HORTA, 1994, p. 07)

    Com esta afirmao o Exrcito se prope constituir a continuidade da escola onde oaluno j alfabetizado passa a ser preparado para o dever cvico e por isso nada maisnormal que o Exrcito viesse preparar este cidado. Assim, o ideal seria que oregimento tivesse apenas de completar a obra comeada pela me de famlia econtinuada pelo mestre-escola. Desta forma o Exrcito nada mais seria que oprolongamento da escola (HORTA, 1994, p. 07).

    Vrios movimentos apresentavam-se como detentores de projetos salvacionistas que

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  • pudessem colocar o Pas na rota da modernidade. Vamos encontrar, por exemplo,Olavo Bilac que embora afirme no ter nenhuma relao com o Exrcito, pertence auma famlia de membros das Foras Armadas. O prprio Bilac cria uma instituiopara traar diretrizes para escola que sirva aos propsitos do Exrcito. "SegundoBilac, a defesa nacional no estava ainda organizada e a criao da Liga de DefesaNacional iria suprir esta falta. Aos seus dirigentes caberia a elaborao de um corpode doutrinas que deveria servir de guia e conforto para o Governo e para o povo.Em suas mos estava entregue toda a segurana do Brasil". (HORTA, 1994 p. 12).

    Assim no era o Exrcito que serviria de escola para povo, mas a escola prepararia opovo para servir aos propsitos do Exrcito. Os meninos seriam preparados, fsica ementalmente, para servir a ptria e as meninas para cuidarem do lar. Estapreparao fsica, intelectual e moral prvia dos recrutas est em relao direta coma educao geral do povo e deve ser realizada na escola; ao quartel cabe dar apreparao especificamente militar (HORTA, 1994 p. 13).

    O Exrcito tambm estava dividido no que se refere a essas idias. Dentro do prprioExrcito havia grupos que se confrontavam na disputa pelo poder e cada grupotentava impor sua ideologia. Ideologia que sofria interferncia de grupos estrangeiroscontratados para treinar nosso Exrcito. Um bom exemplo era um grupo que sedeslocou para a Alemanha para treinamento e ao retomarem suas atividadesconfrontava-se com um grupo de franceses que aqui estava para treinar nossossoldados.A Misso Militar Francesa, que dever permanecer no pas at 1937, marcarprofundamente a evoluo do exrcito brasileiro durante toda a dcada de 20 e aprimeira metade da dcada de 30. Os franceses tero grande influncia sobre aorganizao do ensino militar no perodo e, indiretamente, sobre a concepo quetero da educao os militares brasileiros formados sob a sua influncia. (HORTA,1994, p. 15).

    Horta, afirma que os educadores se mostraram incapazes de oferecer a educaoque o Pas necessitava: "Como a educao, enquanto instrumento de mobilizao,interessava de perto defesa do pas, cabia ao Exrcito, que representava osinteresses da Nao, garantir poltica educacional o seu esprito de unidade e escola o ambiente de ordem social que ela necessitava para seu trabalho". (HORTA,1994, p. 27).

    Assim a educao era a bandeira que todos defendiam em nome dos seus ideais.Fossem os partidos polticos, fossem as entidades criadas sob o discursoprogressista, viam na educao a possibilidade de ascenso aos espaos de poderdaquela sociedade.

    Para HORTA (1994), o Exrcito a educao era uma questo de Segurana Nacionale por isso, "Em face da Constituio da Repblica, a educao h de estar em funoda defesa e da segurana nacional, no seu mais amplo sentido. Pode-se afirmar que

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  • toda a poltica da educao e a tcnica posta a seu servio devero estar em perfeitaconsonncia com a poltica e a tcnica da segurana da Nao". (HORTA, 1994, p.36).

    O que podemos deduzir que, a partir dos textos de Horta e Brando, numa anliseacerca das relaes entre Educao, Estado, Foras Armadas Brasileira e a igreja quetambm participou ativamente dos destinos da educao brasileira, que os atoresenvolvidos nesta trama demonstram claramente seu interesse em participar daformao dos conceitos de sociedade. A ferramenta para conseguir este intentoresidia da instruo.

    No caminho desta crtica temos a participao de Vanilda Paiva a partir de umaanalise mais recente, trazendo sua pesquisa acerca de Paulo Freire e o nacionalismodesenvolvimentista, num contexto mais poltico-ideolgico, tentando retomar suatrajetria no Brasil, apresentando algumas indagaes. No temos a inteno defazer afirmaes no que se refere validade do mtodo ou ainda de endeusar ouexecrar Paulo Freire. Apenas levar em considerao o momento poltico pelo qualestava passando o Brasil, naquele momento.

    Constatamos notoriamente nos cursos de pedagogia e outras licenciaturas, umaverdadeira apologia ao nome do professor Paulo Freire e seu mtodo dealfabetizao. Que prega alfabetizar um ser humano em quarenta horas. Com essemtodo, que se pode comprar a um feito digno de uma divindade, o professor PauloFreire passou a ocupar lugar de destaque nas academias, sindicatos e outros espaossociais que tenham alguma ligao com a educao. Talvez a possibilidade dealfabetizar um grande volume de pessoas em to pouco tempo tenha feito doprofessor Paulo Freire um mrtir. importante levarmos em conta, em quecondies se constroem essa fama, a quem ela favorece, em que contexto polticoacontece a trama e quais recursos lhe permitiram essa ascenso.

    Assim vamos beber da pesquisa de Vanilda Paiva que ao publicar o seu texto PauloFreire e o Desenvolvimento Nacionalista, faz uma anlise da influencia do mtododo professor Paulo Freire. Paiva (2000), nos conta que seu objetivo era demonstrarque a pedagogia de Paulo Freire deve ser entendida a partir do movimento de idiasque caracterizou os anos 50, notadamente a ideologia donacionalismo-desenvolvimentista (PAIVA, 2000, 17).

    A contribuio do professor Paulo Freire para a educao brasileira no se devequestionar, entretanto devemos apresentar alguma cautela antes de julgarmosemocionalmente qualquer autor, sob pena de santific-lo ou execr-lo, tirando-lhe dolugar de autor humano, como deve ser, e colocando no lugar mocinho ou vilo.Desde o surgimento do famoso mtodo capaz de alfabetizar adultos em apenas 40horas, no incio dos anos 60, Paulo Freire tornou-se um dos mais conhecidospedagogos do pas (PAIVA, 2000, 31). Parece justo que naquele momento, em queo Brasil passava por srias dificuldades em combater o analfabetismo e, sendo

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  • pressionado a resolver esse problema, um mtodo dessa envergadura realmentesalvaria o pas da ignorncia das letras.

    No nossa inteno julgar se o mtodo bom ou no, se funcionou ou no. Masprecisamos levar em conta o que significava alfabetizar naquele contexto. Com issopodemos fazer trs perguntas: por que o mtodo no mais usado Por que naquelemomento no foi implantado no pas inteiro Por que no o mtodo de alfabetizaonacional Com essas indagaes no estou sugerindo que se adote o mtodo e seesquea o resto, mas havemos de convir que alfabetizar em 40 horas seria perfeito.

    Certamente no nos convm analisar em um texto to breve, a eficincia do mtodo,muito menos sugerir a sua implantao em massa. O que tratamos as diversasnuances da instruo, portanto trazemos Paiva (2000) que vai analisar a fonte daideia que originou esse mtodo. Embora ela aponte vrias correntes de pensamentosde autores estrangeiros, tambm afirma que Paulo freire retirou sua ideia doculturalismo isebiano.

    Tal grupo de culturalistas estaria, no incio dos anos 50, dedicado tentativa deaplicar suas ideias de formulao e soluo dos problemas brasileiros: estaramosdiante de um culturalismo poltico e militante, do qual seria o ISEB um produto.(PAIVA, 2000, 51)

    Para Paiva as ideias pedaggicas de Paulo Freire esto ancoradas na correntefilosfica do idealismoO conceito de conscincia histrica no permitiria apenas a anlise da forma deexistir do homem numa determinada poca e numa determinada cultura; seriatambm um conceito normativo, possibilitando descobrir as exigncias autnticas derealizao humana dos homens de uma determinada poca ou cultura e situar-se asopes concretas desses homens na linha de tais exigncias. (PAIVA, 2000, 90-91).

    Paiva (2000), afirma que o mtodo Paulo Freire nasce em Pernambuco dentro doMovimento de Cultura Popular do qual o prprio Paulo Freire fazia parte. Essaafirmao esclarece a metodologia utilizada das palavras geradoras e a relao comos espaos, no sentido de que o alfabetizando em contato com as coisas que ele jconhece no seu cotidiano, tem maior facilidade em decorar os smbolos que estoagregados ao objeto. "O mtodo de alfabetizao de Paulo Freire nasce da discussosobre a cultura realizada nos termos expostos pelas fichas de cultura, visando personalizao dos participantes e discusso dos problemas brasileiros nos Crculosde Cultura do Movimento de Cultura Popular (MCP) de Pernambuco". (PAIVA, 2000,p.140).

    Nos anos cinquenta o culturalismo era forte o suficiente para engendrar projetos edar sustentao poltica a projetos e ideias nascidas no seio dos movimentosculturalistas. "O culturalismo tambm claramente visvel no livro que serviu comoestopim para a crise do ISEB em 1958. Ele mantm a sua interpretao tendo comobase os conceitos de poca e de fase, situando a histria da comunidade ou

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  • pas na histria da sua cultura e ressaltando o papel desta na constituio dasnaes". (PAIVA, 2000, p.57)

    O ISEB [6] tinha nos seus quadros nomes importante que estavam distribudos nospartidos polticos, no estado, nos movimentos sociais, na educao, semesquecermos que estes homens tambm estavam ligados igreja que detinha umpoderio muito grande junto ao estado. O professor Paulo Freire, era um homem bemrelacionado junto igreja que foi uma das maiores defensoras do seu projetochegando a difundi-lo pelo pas.

    Paiva (2000) apresenta uma nova viso acerca do mtodo pedaggico de PauloFreire. Apresentando-o como uma concepo mais ligada s questes polticaspartidrias e concatenadas aos isebianos histricos. Podemos notar uma relaopartidria, onde o mtodo de Paulo Freire serviu como objeto de disputa poltica,inclusive eleitoral, no campo nacional, e mesmo, internacional. O ConvenioMEC/USAID investiu no mtodo Paulo Freire com intenes estritamente partidriascom a real inteno de reter, ou mesmo eliminar, os focos de revoluo. Assim omtodo em questo acabou servindo muito mais aos ideais desenvolvimentista doque a educao como afirmava ser este, seu objetivo.

    CONSUDERAES FINAIS

    Partindo deste panorama histrico da instruo no Brasil, podemos determinar que aeducao sempre fez parte da pauta de preocupaes de educadores e polticospartidaristas servindo ao proposito de conduzir o cidado sob uma orientao socialdeterminada pelo sistema poltico do estado. As campanhas educacionais trouxeramintrinsecamente, objetivos polticos assim como as campanhas polticas partidriastrouxeram as propostas educacionais como mote de transformao e benefciossociais. Cada um deles apresentou suas ideologias como soluo para a construode uma nova sociedade brasileira. O que vemos aqui uma disputa pela participaonos espaos de poder que se constituiriam na nova sociedade. Embora todostentem passar uma imagem desinteressada, do poder e aleguem boa formao dasociedade brasileira, ficam claras suas intenes em participar dos postos decontrole. Fique claro que no nossa inteno esgotar um tema to complexo eamplo quanto os ideais polticos da educao ou os ideais educacionais da politica,portanto nos pautamos na instruo como elemento da educao que orienta parauma cultura de aceitao do projeto poltico do Estado.

    REFERNCIAS

    ARAUJO, Jorge de Souza. Perfil do leitor colonial. Salvador: UFBA, Ilhus:UESC,1999.

    AZEVEDO, Fernando de. As origens das instituies escolares. In: A culturabrasileira. Parte III A transmisso da cultura 6 ed. Braslia: Editora UNB, 1996.

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  • p. 545-601.

    BRANDO, Zaia. A Intelligentsia educacional Um percurso com Paschoal Lemmepor entre as memrias e as histrias da escola nova no Brasil. Bragana Paulista/SP:IFAN-CDAPH, Editora da Universidade So Francisco, 1999.

    FARIA Filho, Luciano Mendes Instruo Elementar no Sculo XIX. In: Lopes, ElianaMarta Teixeira; FARIA Filho, Luciano Mendes e VEIGA, Cyntia Greive. 500 anos deeducao no Brasil. Belo Horizonte: Autntica, 2000. p. 135-150.

    FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da priso; traduo de RaquelRamalhete. 20 Edio, Petrpolis, Vozes, 1999.

    HORTA, Jos Silvrio Baa. O hino, o sermo e a ordem do dia: regime autoritrioe a educao no Brasil (1930-1945). Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.

    NUNES, Maria Thetis. Histria da Educao em Sergipe. Rio de Janeiro: Paz eTerra, 1984.

    PAIVA, Vanilda Pereira. Paulo Freire e o nacionalismo-desenvolvimentista. SoPaulo: Edies Graal Ltda, 2000.

    [1] Doutorando em Educao pela PUCRS. Mestre em educao pela UniversidadeFederal de Sergipe. professor da Universidade Tiradentes UNIT e Membro do GrupoGPGFOP/CNPQ e-mail: [email protected]

    [2] Mestre em Servio Social PPGSS, da UFAL, Professora da UniversidadeTiradentes Lder do grupo de pesquisa Servio Social Mercado de Trabalho e questoSocial,[3] Mestranda em educao pela Universidade Americana - PY, Especialista emdocncia e tutoria EaD pela Universidade Tiradentes, professora da UniversidadeTiradentes UNIT e Membro do Grupo GPGFOP.[4] A primordial preocupao do MOBRAL era fazer com que os seus alunosaprendessem a ler e a escrever. Foi criado pela Lei nmero 5.379, de 15 dedezembro de 1967, propondo a alfabetizao funcional de jovens e adultos. Perduroudurante toda a dcada de 1970 e foi extinto em 1983 com o fim do regime militar noBrasil.[5] Partido Comunista Brasileiro[6] Instituto Superior de Educao Brasileira

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