sleo ca mama

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PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA AS REDES DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: ENFRENTAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E CÂNCER DE MAMA Edição São Leopoldo Outubro/2015 Médica Lúcia Naomi Takimi [email protected]

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Page 1: Sleo ca mama

PROGRAMA DE FORMAÇÃO PARA AS REDES DE ATENÇÃO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: ENFRENTAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E CÂNCER DE MAMAEdição São Leopoldo Outubro/2015

Médica Lúcia Naomi [email protected]

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ENFRENTAMENTO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E CÂNCER DE MAMA:

Linha de Cuidado Anatomia e Histopatologia Diagnóstico e tratamento Epidemiologia Prevenção Primária, Fatores de Risco Auto-exame das mamas. Sinais e Sintomas das Patologias Mamárias Exame Clínico das Mamas Rastreamento com Mamografia Rastreio Organizado Prevenção Quaternária Cuidados Paliativos Orientações para as mulheres

Discussão de caso

Avaliação

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LINHA DE CUIDADO NO CÂNCER As linhas de cuidado são estratégias de

estabelecimento do “percurso assistencial” com o objetivo de organizar o fluxo dos indivíduos, de acordo com suas necessidades.

Page 4: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: LINHA DE CUIDADO A Linha de Cuidado do Câncer da Mama

tem a finalidade de assegurar à mulher : o acesso humanizado e integral às ações e

serviços qualificados para promover a prevenção do câncer de mama;

acesso ao diagnóstico precoce; tratamento adequado, qualificado e em

tempo oportuno.

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DIRETRIZES DA LINHA DE CUIDADO

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1. PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE Fortalecer e ampliar o acesso às

informações relativas à prevenção do câncer da mama, enfatizando que o controle do peso e da ingestão de álcool, além da amamentação e da prática de atividades físicas, são formas de prevení-lo.

Alertar médicos e população sobre os riscos associados à terapia de reposição hormonal.

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1. PREVENÇÃO E DETECÇÃO PRECOCE Fortalecer e ampliar o acesso às informações

sobre a detecção precoce do câncer da mama para todas as mulheres, ressaltando o alerta para os primeiros sinais e sintomas do câncer da mama.

Realizar o diagnóstico precoce de lesões sugestivas de câncer de mama e encaminhá-las com prioridade para atenção especializada.

Organizar o rastreamento das mulheres de 50 a 69 anos em áreas cuja elevada ocorrência deste tipo de câncer justifique esta iniciativa.

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2. PROGRAMA NACIONAL DE QUALIDADE DA MAMOGRAFIA (PNQM)

Garantir imagens radiográficas de alto padrão com doses mínimas de radiação.

Incluir todos os serviços de mamografia no Programa Nacional de Qualidade em Mamografia.

Page 9: Sleo ca mama

3. ACESSO À CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA Definir e pactuar serviços de

referência para confirmação diagnóstica dos casos suspeitos.

Regular o acesso à confirmação diagnóstica, propiciando que casos referenciados pela atenção primária com lesão palpável, ou outros sinais e sintomas suspeitos tenham prioridade.

Page 10: Sleo ca mama

4. TRATAMENTO ADEQUADO E EM TEMPO OPORTUNO Definir e pactuar com unidade

terciária de referência para tratamento dos casos confirmados.

Garantir que todas as mulheres, com diagnóstico de câncer de mama confirmado, iniciem seu tratamento o mais breve possível.

Page 11: Sleo ca mama

4. TRATAMENTO ADEQUADO E EM TEMPO OPORTUNO Garantir que toda mulher com câncer da

mama tenha seu diagnóstico complementado com a avaliação do receptor de estrogênio e progesterona.

Permitir que as mulheres com câncer da mama sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar especializada, que inclua médicos (cirurgião, oncologista clínico e radioterapeuta), enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e fisioterapeutas.

Page 12: Sleo ca mama

4. TRATAMENTO ADEQUADO E EM TEMPO OPORTUNO Garantir que toda mulher com câncer da

mama receba cuidados em um ambiente hospitalar que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia, dignidade e confidencialidade.

Garantir que todo hospital que trate câncer da mama tenha Registro Hospitalar de Câncer em atividade.

Garantir que toda mulher com câncer da mama tenha direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social, espiritual e psicológico.

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ANATOMIA DA MAMA

Page 14: Sleo ca mama

ANATOMIA DA MAMA

A mama é um órgão dinâmico – submetida a alterações proliferativas cíclicas ao longo da vida, sob a influência de hormônios e fatores de crescimento. Por isto, mais suscetível a carcinógenos ambientais.

Função chave dos receptores de estrogênio e progesterona nas células mamárias. Os mesmos hormônios que são importantes para o crescimento da mama durante a gestação são também importantes para o câncer de mama.

Page 15: Sleo ca mama

ANATOMIA DA MAMA

Cada mama possui 8 a 10 seções (lobos) organizados como pétalas de uma margarida.

Dentro de cada lobo há pequenas estruturas chamadas lóbulos.

Na porção terminal de cada lóbulo há pequenos sacos (bulbos) que podem produzir leite.

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DUCTOS Lobos, lóbulos e bulbos são unidos por uma rede de finos

tubos (ductos). Ductos conduzem leite dos bulbos para uma área

pigmentada da pele, no centro da mama (aréola). Ductos unem-se em dutos maiores, que terminam no

mamilo, onde o leite é excretado.

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SISTEMA LINFÁTICO Ductos linfáticos:

drenam fluido contendo leucócitos do tecido mámario para os linfonodos da axila e atrás do esterno.

Linfonodos: filtram as bactérias e exercem papel-chave na imunidade.

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TRÊS TIPOS DE VASOS

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Bactérias

NutrientesVasos

SanguíneosCélula

2

ResíduosLinfonodos Vasos

Linfáticos

3

LeiteLóbulos Ductos Mamilo

1

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CÂNCER DE MAMA:HISTOPATOLOGIA

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TUMORES DE MAMA

Malignos

Neoplasias

Benignos

Não Cancerosos

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CA MAMA Invasivo

Canceroso/ Maligno

Pode se espalhar para outros órgãos (metástase)

Não Invasivo

Ainda está no seu sítio original.

Pode evoluir para CA mama invasivo.

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TIPOS DE CA MAMA

Carcinoma Ductal

Carcinoma Ductal Invasivo

Carcinoma Ductal in situ

(DCIS)

Cancer de Mama

Inflamatório (IBC)

Carcinoma Lobular

Carcinoma Lobular Invasivo

Carcinoma Lobular in situ

(LCIS)

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CONDICÕES NÃO CANCERÍGENAS

Alterações fibrocísticas: Granulosidade, espessamento e inchaço, muitas vezes associada com a menstruação

Cistos: protuberâncias cheias de líquido que podem variar desde muito pequenas até cerca do tamanho de um ovo

Fibroadenomas: nódulo sólido, protuberância, que se move sob a pele quando tocado, ocorrendo mais em mulheres jovens

Infecções: A mama fica vermelha, quente, macia e irregular

Trauma: uma batida no peito ou uma contusão pode causar uma protuberância

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CONDIÇÕES NÃO CANCERÍGENAS

Microcalcificações: depósitos minúsculos de cálcio pode aparecer em qualquer lugar do seio e muitas vezes aparecem na mamografia.

A maioria das mulheres têm uma ou mais áreas de microcalcificações de vários tamanhos.

A maioria dos depósitos de cálcio são inofensivos. Uma pequena porcentagem pode ser pré-

cancerosas ou câncer (biópsia às vezes pode ser recomendada).

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BIOLOGIA DO CA MAMA

Algumas das células começam a crescer anormalmente.

Estas células dividem-se mais rapidamente do que as células saudáveis e podem se espalhar através da mama, para a linfa ou para outras partes do corpo (metástases).

O tipo mais comum de câncer de mama começa nos dutos de produção de leite, mas o câncer também pode ocorrer nos lóbulos ou em outro tecido mamário.

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MAMA NORMAL Perfil da Mama

A) dutosB) lóbulosC) secção do ducto dilatado para

manter o leiteD) mamiloE) gorduraF) músculo peitoralG) caixa torácica

A) Células normais do dutoB) Membrana basal (parede do

duto)C) Lúmen (centro do duto)

Illustration © Mary K. Bryson

Page 27: Sleo ca mama

CARCINOMA DUCTAL IN SITU (CDIS)

27Illustration © Mary K. Bryson

Células Ductais Cancerosas

Células Ductais Normais

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CARCINOMA DUCTAL INVASIVO (IDC - 80% DE CÂNCER DE MAMA)

O câncer se espalhou para os tecidos circunjacentes

Carcinoma refere-se a qualquer tipo de câncer que começa na pele ou outros tecidos que cobrem os órgãos internos 28Illustration © Mary K. Bryson

Células ductais cancerosas rompendo a barreira do ducto

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VARIAÇÕES DO CARCINOMA DUCTAL IN SITU (CDIS)

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CARCINOMA INVASIVO LOBULAR (ILC)

30Illustration © Mary K. Bryson

Células lobulares cancerosas rompendo através da parede

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O CÂNCER TAMBÉM PODE INVADIR VASOS LINFÁTICOS OU SANGUÍNEOS: METASTÁSES

31Illustration © Mary K. Bryson

As células cancerosas invadem o duto linfático

As células cancerosas invadem vasos sanguíneos

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MARCADORES PROGNÓSTICOS ESTABELECIDOS PARA O CÂNCER DE MAMA

•Linfonodos axilares •Tamanho dos tumores •Grau histológico •Tipo histológico do tumor •Status do receptor de esteróides •Idade

NIH Consensus Conference 2000

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APLICAÇÕES POTENCIAIS PARA BIOLOGIA DO CÂNCER DE MAMA

Prever o risco de desenvolvimento de câncer Estimar prognóstico para estabelecer câncer Prever a resposta ao tratamento Identificar alvos terapêuticos Identificar marcadores de detecção precoce

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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Paciente sente uma massa na mama ou tem uma triagem radiológica anormal.

Biópsia cirúrgica ou aspiração. Observação (CLIS), tumorectomia ou

mastectomia . Estadiamento. Uso de terapias adjuvantes:

radioterapia e / ou quimioterapia, terapias hormonais.

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EXAMES COMPLEMENTARES Mamografia Mamografia Digital Ecografia Mamária Ressonância Magnética Mamária Citologia (PAAF) Histologia (Biópsia Percutânea/ Biópsia

cirúrgica) Pesquisa Gênica

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ESTADIAMENTO Exame físico meticuloso, incluindo exame

ginecológico MMG e ecografia mamária RX de tórax Bioquímica de rotina cirúrgica

Na presença de doença localmente avançada, acrescenta-se:

Cintilografia óssea e ecografia abdominal total.

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CARACTERÍSTICAS DO TUMOR Invasivo versus não-invasivo. Tipo histológico: ductal (85%) versus lobular. Grau de diferenciação celular. Tamanho. Margens.  Linfonodos. Receptores de Estrogênio / Progesterona (2/3

positivo). Her-2/ neu

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ESTÁGIOS DO CÂNCER DE MAMA Estágio 0 --carcinoma in situ Estágio I – tumor < 2 cm, sem LN comprometidos. Estágio II - tumor de 2 a 5 cm, LN + /- Estágio III - doença localmente avançada, LN e

linfáticos fixos ou emaranhados, tamanho do tumor variável

Estágio IV - metástases distantes (óssea, fígado, pulmão, cérebro)

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E AGORA? Estágios 0-II Risco de recorrência é individual O que podemos fazer para reduzir o risco de

recorrência do câncer de mama sistemicamente? Discutir o caso com especialista (oncologista)

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TRATAMENTO CONSERVADOR DA MAMA Constitui-se pela setorectomia +

esvaziamento axilar ou linfonodo sentinela + radioterapia.

É o método de escolha para a maioria dos casos de câncer de mama inicial.

Quando não for possível realizar a cirurgia conservadora com segurança oncológica e reparação estética aceitável, a mastectomia terá indicação formal.

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CIRURGIA CONSERVADORA

DA MAMA

Câncer de mama Programas de rastreio

Intensificação do “Breast

Awareness”

Apresentação em estágios precoces

Melhor ajuste psicossocial

Tratamento Conservador da Mama

Melhor qualidade de vida

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MRM Vs TCM

Ensaios clínicos randomizados

Meta-análise

Comparável controle local e sobrevida global

Melhor resultado cosmético

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Efeito da radioterapia na recorrência local

EBCTCG meta-analysis. Lancet 2005; 366: 2087–2106

5 year gain 16.1%

5 year gain 30.1%

Node Negative Women Node Positive Women

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MASTECTOMIA: INDICAÇÕES Microcalcificações difusas na MMG Doença multicêntrica Impossibilidade ou incerteza de obter

margens livres na cirurgia conservadora Indisponibilidade de radioterapia

complementar Pacientes com contra-indicação ao

tratamento conservador Carcinoma de mama em homens Seguimento incerto Desejo da paciente

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REABILITAÇÃO PSICOFUNCIONAL Equipe multidisciplinar Movimento com o braço do lado operado

Para cima, em direção à cabeça, 20 vezes ao dia Preensão de uma bola flexível

Cuidados com o membro superior Evitar lesões (queimaduras, cortes, punções,

arranhões) Evitar excesso de peso e de atividade física

Readaptação à vida cotidiana Prótese, vestuário, vida sexual.

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DROGAS QUIMIOTERÁPICAS Terapia adjuvante: QT em pacientes tratadas por

cirurgia e consideradas “curadas” ou sem evidência de doença ativa. Apresentam, após a utilização de QT, significativa melhora no intervalo livre de doença e até mesmo redução nas taxas de mortalidade.

Terapia Paliativa: aplicada em pacientes portadores de doença metastática, a fim de eliminar ou diminuir a sua sintomatologia, desde que os potenciais benefícios do tratamento excedam seus riscos e efeitos colaterais. Não há aumento de sobrevida nesse grupo.

Page 48: Sleo ca mama

DROGAS QUIMIOTERÁPICAS Terapia Neoadjuvante: também conhecida

como primária, é aplicada naqueles casos em que, por se tratar de tumores localmente avançados e/ou pacientes potencialmente operáveis com tratamento conservador, busca-se diminuição do volume tumoral antes de tratamento cirúrgico e/ou radioterápico.

Intravenoso, geralmente Náusea, mucosite, alopécia, mielossupressão,

toxicidade cardíaca, toxicidade da bexiga, neurites periféricas.

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DROGAS QUIMIOTERÁPICAS

ATB antitumorais: doxorrubicina, epirrubicina, mitomicina e mitoxantrona.

Taxanos: paclitaxel, taxotere Alcalóides da vinca: vincristina, vinblastina,

vinorelbine. Agentes alquilantes: ciclofosfamida Antimetabóitos: metotrexate, 5-fluorouracil

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TAMOXIFENO/RALOXIFENO Funciona através do bloqueio de receptores de

estrógeno em células da mama, inibindo o seu crescimento .

Quimiorredução (profilaxia em mulheres de alto risco) Adjuvante Paliativo: Mtx ca hormônio-dependente em partes

moles, pleura e ossos. Pode ser dado para pré ou pós menopáusica Os efeitos colaterais incluem ondas de calor,

depressão, aumento do risco de câncer de endométrio (TAM) e eventos cerebrais e coronarianos.

Tomado diariamente por via oral, por 5 anos

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INIBIDORES DA AROMATASE Anastrozol, letrozol, exemestano A aromatase é a enzima que converte estrogênio a

androgênios. Os efeitos colaterais incluem ondas de calor,

depressão, osteoporose, dores nas articulações Só são dadas para as mulheres na pós-menopausa Tomado diariamente por via oral, por períodos

variáveis de tempo. Pode ser mais eficaz que o tamoxifeno

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TRANSTUZUMAB/HERCEPTIN Dada a pacientes cujas células do câncer

expressam Her-2-neu, como medido por IHC ou FISH (25 a 30% dos pacientes)

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BIFOSFONATOS Reforçadores ósseos Dada a osteoporose induzida por terapia ou para o

câncer que se espalhou para os ossos

• Zometa (Zoledronic acid) •Aredia (Pamidronate)

• Demonstrado reduzir o risco de fratura em pontos

com câncer metastáticos para o osso.

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SEGUIMENTO EXAME CLÍNICO DAS MAMAS

Trimestral nos 2 primeiros anos Semestral do 3º ao 5o anos Anual: sempre

EXAME IMAGINOLÓGICO Semestral: nos primeiros 2 anos após tto conservador Anual: sempre

MAMOGRAFIA ANUAL Nas mastectomizadas

OUTROS EXAMES A pesquisa exaustiva de mtx sistêmicas não tem

indicação no seguimento dos estádios iniciais, exceto se orientada por sinais e sintomas clínicos sugestivos de doença em atividade.

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EPIDEMIOLOGIA

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CÂNCER DE MAMA O aumento da expectativa de vida da

população brasileira, nas últimas décadas, tem trazido para o foco de atenção epidemiológica as doenças crônico-degenerativas que representam um significativo problema de saúde pública em nosso país.

Page 57: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA Considerado problema de saúde pública, o

câncer de mama é um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos.

A heterogeneidade do câncer de mama se manifesta pelas diferentes apresentações clínicas e morfológicas, variadas assinaturas genéticas e consequente variação nas respostas terapêuticas.

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CÂNCER DE MAMA: INCIDÊNCIA O CA mama é o segundo tipo de câncer mais

frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo populacional.

A incidência global do câncer de mama está aumentando progressivamente, tanto nos países desenvolvidos como nos em desenvolvimento, com uma taxa anual de 3,1%.

Passou de 641.000 casos em 1980 para 1.643.000 casos em 2010, sendo responsável por 27% dos novos casos de câncer diagnosticados em mulheres.

Page 59: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: INCIDÊNCIA Desse total, cerca de dois terços ocorreram

em mulheres acima de 50 anos, principalmente nos países desenvolvidos. Já nas mulheres abaixo dos 50 anos (entre 15 e 49 anos), a incidência de câncer de mama foi duas vezes maior nos países em desenvolvimento do que nos desenvolvidos.

Page 60: Sleo ca mama

TAXA DE INCIDÊNCIA MUNDIAL

Page 61: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: INCIDÊNCIA Existem diferenças em relação à faixa etária,

sendo observada uma taxa específica de 4 casos a cada 100.000 mulheres entre 40 e 49 anos e 5 casos a cada 100.000 mulheres acima de 50 anos.

Em um trabalho realizado na cidade de Goiânia observou-se que 15% dos tumores ocorreram abaixo dos 40 anos, 27% entre 41 e 50 anos e 57% acima dos 50 anos. Ou seja, mais de 40% dos casos de câncer de mama ocorreram em pacientes abaixo dos 50 anos.

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CÂNCER DE MAMA Incidência de novos casos/100 mil

mulheres

Sul 71 casos/100 mil Sudeste 71 casos/100 mil Centro-Oeste 51 casos/100 mil Nordeste 37 casos/100 mil

Estimativa de novos casos (2014): 57.120

Page 63: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: MORTALIDADE É a quinta causa de morte por câncer em geral

(458 mil óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres (WHO, 2008).

As neoplasias contribuem com 15,6% das mortes na população brasileira.

A taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, apresenta uma curva ascendente e representa a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com 11,28 óbitos por 100 mil mulheres em 2009.

As regiões Sul e Sudeste são as que apresentam as maiores taxas, com 12,7 e 12,62 óbitos por 100 mil mulheres em 2009, respectivamente (INCA, 2012).

Page 64: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: MORTALIDADE

Apesar de CA mama ser mais lembrado como uma doença dos países desenvolvidos, a maioria (69%) das mortes por essa causa ocorre nos países em desenvolvimento.

Page 65: Sleo ca mama

TAXA DE MORTALIDADE MUNDIAL

Page 66: Sleo ca mama

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

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CÂNCER DE MAMA Ainda que se consiga certa redução do risco

mediante medidas de prevenção, essas estratégias não podem eliminar a maioria dos CA mama que surgem nos países em desenvolvimento.

Page 68: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA:PREVENÇÃO PRIMÁRIA Segundo o relatório do World Cancer

Research Fund e do American Institute for Cancer Research, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados por meio da alimentação e nutrição adequadas, atividade física regular e manutenção do peso ideal.

A redução da indicação de reposição hormonal na menopausa nos Estados Unidos, na década de 2000, acompanhou-se de uma redução importante na incidência desse câncer nas mulheres com mais de 50 anos.

Page 69: Sleo ca mama

PREVENÇÃO PRIMÁRIA: EVITAR SOBREPESO E OBESIDADE

Page 70: Sleo ca mama

PREVENÇÃO PRIMÁRIA: PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS E EVITAR SEDENTARISMO

Page 71: Sleo ca mama

PREVENÇÃO PRIMÁRIA: EVITAR ABUSO DE ÁLCOOL (MAIS DO QUE UM DRINQUE – 10 G DE ÁLCOOL)

Page 72: Sleo ca mama

PREVENÇÃO PRIMÁRIA:AMAMENTAR Diminuição do risco

relativo para câncer de mama de cerca de 4,3% a cada 12 meses de aleitamento materno, adicionais à redução de risco relacionada à maior paridade (COLLABORATIVE..., 2002).

Page 73: Sleo ca mama

PREVENÇÃO PRIMÁRIA: MEDICAMENTOS Com relação à quimioprofilaxia para o câncer de

mama, duas drogas têm sido mais estudadas: o tamoxifeno e o raloxifeno.

As evidências existentes permitem recomendar contra o uso da quimioprofilaxia do câncer de mama em mulheres assintomáticas com risco baixo ou intermediário (NELSON et al., 2009).

Não há consenso de que a quimioprofilaxia deva ser recomendada para mulheres assintomáticas, mesmo em grupos com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama (INCA, 2004). As drogas disponíveis para quimioprofilaxia, estão também relacionadas ao aumento do risco de eventos tromboembólicos, câncer de endométrio ou acidente vascular encefálico (NELSON et al., 2009).

Page 74: Sleo ca mama

PREVENÇÃO PRIMÁRIA: MASTECTOMIA A mastectomia profilática também tem sido

pesquisada como forma de prevenção primária do câncer de mama em mulheres com risco muito elevado de câncer de mama. Todavia as evidências sobre diminuição de incidência e mortalidade por câncer de mama por meio de mastectomia bilateral profilática são bastante limitadas.

As evidências existentes são insuficientes para determinar se há aumento da sobrevida em mulheres com realização da mastectomia contralateral profilática em mulheres com história de câncer de mama (LOSTUMBO, 2010).

Page 75: Sleo ca mama

FATORES DE RISCO

Page 76: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: FATORES DE RISCO Aproximadamente 10% da população feminina

pode ser considerada de alto risco para CA mama. No entanto, apenas 30% destas desenvolverão a doença.

Antecedentes menstruais e/ou reprodutivos podem alterar o risco de uma mulher desenvolver CA mama.

Esse risco é quase duas vezes maior em mulheres que tiveram menarca precoce ou menopausa tardia.

Quanto a paridade, sabe-se que a incidência da doença é mais elevada nas nuligestas e em mulheres cuja primeira gravidez ocorreu depois dos 28 anos.

Esses fatores de risco estão relacionados com o estado endócrino da mulher, de maneira mais específica com os níveis circulantes de “estrogênio disponível”.

Page 77: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: FATORES DE RISCO Para considerar uma mulher como tendo risco

aumentado, necessitando de rastreamento mais intensivo, ou até de aconselhamento genético da família, devem existir pelo menos dois ou mais casos de CA mama e/ou ovário em um mesmo ramo da família (materno ou paterno, considerando parentes de primeiro ou segundo grau) , cujo diagnóstico tenha sido feito antes dos 50 anos.

Antecedentes familiares de CA mama (especificamente na mãe e irmãs) e algumas doenças benignas da mama também ajudam a compor os grupos de maior risco.

Page 78: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: FATORES DE RISCO História familiar (parente de primeiro grau)

com casos da doença abaixo dos 35 anos ou tumores bilaterais também são suspeitos de maior suscetibilidade familiar.

História pessoal de cirurgias prévias de mama com anatomopatológicos de hiperplasias atípicas e carcinoma lobular in situ também merecem tratamento e acompanhamento rigorosos.

Page 79: Sleo ca mama

RASTREIO ORGANIZADO

Page 80: Sleo ca mama

RASTREIO ORGANIZADO As estratégias de rastreamento organizado

são adequadas para as mulheres com risco padrão. O risco padrão é considerado o risco da população em geral, sem analisar os fatores de risco de cada indivíduo.

As mulheres com percentuais de risco muitas vezes superiores ao risco padrão são consideradas mulheres de alto risco e são rastreadas de maneira diferenciada.

Portanto, é importante que o histórico de cada mulher seja levantado para identificar mulheres de alto risco.

Page 81: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: CONVERSE COM SEUS PARENTES E CONHEÇA SUA HISTÓRIA FAMILIAR DE RISCO

Page 82: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA:DETECÇÃO PRECOCE Objetiva melhorar o prognóstico e a

sobrevivência das portadoras de CA mama. Há dois métodos de detecção precoce: Diagnóstico precoce Rastreio

O diagnóstico precoce ou o conhecimento dos primeiros sinais e sintomas na população sintomática, para facilitar o diagnóstico e o tratamento precoce.

Page 83: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA:DETECÇÃO PRECOCE O diagnóstico precoce segue sendo uma

importante estratégia de detecção precoce, particularmente nos países em desenvolvimento, onde a doença é diagnosticada em fases avançadas e os recursos são muito limitados.

Alguns dados sugerem que esta estratégia pode diminuir o “estágio TNM” (aumento da proporção de CA mama detectados numa fase mais precoce) da doença, que a tornaria mais suscetível ao tratamento curativo (Yip et al., 2008)

Page 84: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA:DETECÇÃO PRECOCE O rastreio (ou screening) é a aplicação

sistemática de testes em uma população aparentemente assintomática. Seu objetivo é detectar pessoas que apresentem anomalias sugestivas de câncer.

Um programa de rastreio é um empreitada muito mais complexa que um programa de diagnóstico precoce (OMS, 2007)

Page 85: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA Independente do método de detecção

precoce utilizado, dois aspectos essenciais para o êxito deste, a nível populacional, são:

Planejamento atento

Programa organizado e sustentável, Foco no grupo populacional adequado Coordenação Continuidade cuidado Qualidade das intervenções em toda a rede

assistencial.

Page 86: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA A seleção inadequada, como grupos etários

inadequados, por exemplo, mulheres jovens com baixo risco de CA mama, pode traduzir-se em uma diminuição do número de CA detectados por mulher submetida ao rastreio, e aumentar assim o custo-efetividade da medida.

Além disto, esta focalização nas mulheres mais jovens obrigaria a analisar mais tumores benignos e provocaria uma sobrecarga desnecessária dos serviços de saúde por exames diagnósticos adicionais. (Yip et al. 2008)

Page 87: Sleo ca mama

PACE,L.E.; KEATING,N.L. JAMA. 2014; 311(13) 1327-1335.

Page 88: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA O profissional de saúde envolvido na prática

de atenção primária frequentemente se depara com mulheres queixando-se de alterações em uma ou ambas as mamas.

Na maioria dos casos, nenhuma doença é encontrada, cabendo ao profissional tranquilizar a mulher, mas nunca antes de realizar o exame físico.

Page 89: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA: ESCUTA ACOLHEDORA O profissional de saúde

deve estar sempre atento para o fato de que muitas mulheres, por timidez e/ou medo do diagnóstico e suas consequências, têm dificuldade de mencionar problemas relacionados com as mamas, dando apenas sinais indiretos do motivo real da consulta.

Page 90: Sleo ca mama

AUTO-EXAME DAS MAMAS

Page 91: Sleo ca mama

AUTOEXAME DAS MAMAS (AEM) O INCA não estimula AEM como método

isolado de detecção precoce de CA mama.

Porém, observou-se que esta prática empodera as mulheres, que se responsabilizam assim por sua própria saúde. Em consequência, recomenda-se o auto-exame para estimular o auto-conhecimento entre mulheres em situação de risco, mais do que como método de rastreio.

Page 92: Sleo ca mama

AUTOEXAME DAS MAMAS (AEM) Nos anos de 1950, nos Estados Unidos, o autoexame das

mamas surgiu como uma estratégia para diminuir o tamanho dos tumores de mama diagnosticados, naquela época, em estágios avançados. Milhões de mulheres foram educadas para realizar o autoexame por meio de vídeos e treinamentos.

Portanto, na literatura científica, o termo autoexame não se refere genericamente a qualquer exame realizado pela própria mulher.

Esse termo está associado especificamente ao método de rastreamento, que pressupõe treinamento para a realização de exames padronizados, sistemáticos e periódicos, com o objetivo de que mulheres assintomáticas, treinadas segundo técnicas específicas, realizem seu próprio exame mensalmente, em busca de alterações.

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AUTOEXAME DAS MAMAS (AEM) Ao final da década de 90, grandes ensaios

clínicos não demonstraram redução da mortalidade por câncer de mama por meio da educação para o autoexame das mamas. Há evidências ainda de que a estratégia do ensino do autoexame aumentaria o número de biópsias com resultados benignos (KÖSTERS; GOTZSCHE, 2008).

A partir de então, diversos países passaram a adotar a estratégia de breast awareness, que significa estar alerta à saúde das mamas (THORNTON; PILLARISETTI, 2008).

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“BREAST AWARENESS” A política de alerta à saúde das mamas destaca a

importância do diagnóstico precoce e, na prática, significa orientar a população feminina sobre as mudanças habituais das mamas em diferentes momentos do ciclo de vida e a divulgação dos principais sinais do câncer de mama.

Estimula as mulheres a procurar esclarecimento médico sempre que houver qualquer dúvida em relação a alguma alteração das mamas e a participar das ações de rastreamento do câncer de mama.

Esta estratégia mostrou ser mais efetiva do que o ensino do autoexame das mamas, isto é, a maioria das mulheres com câncer de mama identifica o câncer por meio da palpação ocasional em comparação com o autoexame.

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“BREAST AWARENESS” Estimula-se que cada mulher realize a

autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem qualquer recomendação de técnica específica, valorizando-se a descoberta casual de pequenas alterações mamárias.

Os serviços de saúde devem adequar-se para acolher, esclarecer e realizar os exames diagnósticos adequados a partir desta demanda.

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“BREAST AWARENESS” Mesmo nos países com rastreamento

mamográfico e boa cobertura, mais de 40% dos cânceres são identificados inicialmente como massa palpável, sendo a maior parte desses casos identificados pelas próprias mulheres (MATHIS et al., 2010).

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Aumento da sensibilidade e da dor em uma ou ambas as mamas, com ou sem queixa de nódulo: é importante investigar se esses sintomas estão relacionados com o ciclo menstrual. Como regra, sinais e sintomas que desaparecem totalmente depois da menstruação raras vezes são causados por processos malignos.

Entretanto, é recomendável reavaliar a mulher após dois ou três meses, fora do período pré-menstrual.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Nódulos palpáveis: podem ser o resultado da presença de cistos ou tumores sólidos, que podem ser benignos ou malignos.

Cistos muito raramente podem alojar em suas paredes um carcinoma.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Tumores palpáveis em mulheres jovens costumam ser benignos.

A chance de carcinoma aumenta com a idade e é muito maior acima dos 45 anos.

Contudo é alarmante o crescimento do número de mulheres jovens com carcinoma, não estando bem elucidado se isso se deve à solicitação mais precoce de exames ou se existem de fato causas ou fatores de risco ainda não identificados levando a um aumento da sua incidência em uma faixa etária mais jovem.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Retração da pele: pode ser observada como uma pequena indentação da mama. Nesse caso, o diagnóstico de CA mama deve sempre ser considerado.

A identificação dessas lesões é facilitada se a mulher levantar e abaixar os braços.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Retração do mamilo: ocorre frequentemente, sendo importante indagar se o mamilo sempre foi retraído ou se é uma alteração recente. No último caso, a suspeita de CA deve ser levantada, mesmo que nenhum tumor seja palpado.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Descarga papilar espontânea: não é incomum e raras vezes é causada por um carcinoma.

Secreção serosa proveniente de uma ou ambas as mamas pode ser o resultado da ingestão de certos medicamentos, como metildopa, digoxina e sulpirida, assim como anticoncepcionais.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Sempre que a secreção do mamilo contiver sangue, a hipótese de câncer deve ser aventada.

Para se valorizar uma descarga papilar e seguir investigação, esta deve ser espontânea.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Descamação e erosão do mamilo e aréola: podem estar associadas com doença de Paget (tipo especial de CA mama), mesmo na ausência de sinais em exames de imagem.

A ulceração do mamilo ou da pele geralmente está associada a estágios avançados de CA mama.

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SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS COM DOENÇAS MAMÁRIAS

Sinais inflamatórios da mama: devem ser bem investigados, pois o CA inflamatório pode mimetizar um simples abscesso ou mastite. Nestes casos, tipicamente há dor, edema, rubor e calor local, febre e mal-estar geral.

É essencial que se tenha extremo cuidado em diagnosticar e tratar qualquer infecção na mama, sobremaneira na mulher depois dos 50 anos.

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SINAIS E SINTOMAS

110

Mais comum: caroço ou espessamento na mama. Muitas vezes indolor

Mudança na cor ou aparência de areola

Vermelhidão ou corrosão da pele sobre o peito, como a casca de uma laranja

Descarga ou sangramento

Mudança no tamanho ou contornos de mama

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM) O ECM na investigação diagnóstica é o

procedimento realizado para avaliar sinais e sintomas referidos por pacientes a fim de realizar o diagnóstico diferencial entre alterações suspeitas de câncer e aquelas relacionadas a condições benignas.

O ECM também é uma oportunidade para o profissional de saúde informar a população feminina sobre o câncer da mama, sinas de alerta, fatores de risco, detecção precoce e a composição e variabilidade da mama normal.

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM) O ECM é parte integrante da investigação de

lesões suspeitas de câncer de mama e complementa a política de alerta à saúde das mamas como método de diagnóstico precoce.

O ECM deve incluir : inspeção estática, inspeção dinâmica, palpação das mamas palpação das cadeias ganglionares axilares e

supraclaviculares.

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM) A importância da investigação de lesões

suspeitas com realização do ECM por profissional da atenção primária é reforçada por pesquisas que demonstram que a proporção de detecção de câncer em casos suspeitos referenciados a partir da atenção primária é de cerca de 10%, sendo portanto, muitas vezes maior do que a proporção de casos de câncer detectados nos casos com alteração no rastreamento mamográfico (HARCOURT; RUMSEY, 1998).

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RECOMMENDATIONS FOR BREAST CANCER SCREENING –CLINICAL BREAST EXAMINATION

Clinical breast examination is not recommended for breast cancer screening among average-risk women at any age. (Qualified Recommendation)

For women in their 20s and 30s, it is recommended that clinical breast examination be part of a periodic health examination, preferably at least every 3 years.

Asymptomatic women 40 years and older should continue to receive a clinical breast examination as part of a periodic health examination, preferably annually.

ACS, 2015 ACS, 2003

2015 Breast Cancer Screening Recomendation for Women at Average Risk

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM) O exame, quando realizado por um

profissional treinado, pode detectar tumor superficial de até 1 cm.

A sensibilidade do exame clínico das mamas varia de 57 a 83% em mulheres com idade entre 50-59 anos e está em torno de 71% naquelas entre 40-49 anos.

A especificidade varia de 88-96% em mulheres com idade entre 50-59 anos e 71-84% entre 40-49 anos.

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)

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EXAME CLÍNICO DAS MAMAS (ECM)

Quadrantes clínicos da mama,

com a porcentagem de

câncer encontrado em

cada um

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ECM- LINFONODOS

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ECM- LINFONODOS

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CÂNCER DE MAMA

É uma doença: de desenvolvimento lento que pode cursar sem sintomas em fase

inicial Desde o início da formação do CA até a fase

em que ele pode ser detectado pelo exame físico (fase subclínica), isto é, a partir de 1 cm de diâmetro, passam-se, em média 10 anos.

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RASTREIO: MAMOGRAFIA

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ACHADOS MAMOGRÁFICOSMassasMicrocalcificaçõess: “flocos” de

cálcio – como grãos de sal, no tecido conjuntivo da mama.

124

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DETECÇÃO DE TUMORES MALIGNOS

Aspecto mais espiculado.

125malignant benign

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MAMOGRAFIA – CASOS DIFÍCEIS

Mama densa heterogênea.

O tecido fibroglandular (áreas brancas) pode esconder tumores.

A mama jovem contém mais glândulas e ligamentos, resultando em tecido mamário denso.

126

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MAMOGRAFIA – CASOS FÁCEIS

Com o envelhicemnto, há substituição por tecido adiposo.

127

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CALCIFICAÇÕES

A morfologia individual da calcificação (formato, área e brilho)

A heterogeneidade das características individuais (média, desvio-padrão).

Características “agrupadas” (cluster features), como área, concentração.

128

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RASTREIO: MAMOGRAFIA A mamografia é o único método de rastreio

que se mostrou eficaz. Se sua cobertura populacional superar

70%, pode reduzir a mortalidade por CA mama em 20-30% em mulheres com mais de 50 anos nos países desenvolvidos (IARC, 2008).

O rastreio baseado nesta técnica é muito complexo e absorve muitos recursos.

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RASTREIO: MAMOGRAFIA População-alvo e periodicidade do rastreio

(INCA, 2004)População-alvo Periodicidade do exames de

rastreio

40-49 anos ECM anual, e se alterado, MMG

50-69 anos ECM anual e MMG bienal

Mais de 35 anos, com risco elevado

ECM e MMG anual

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PACE, KEATING (2014)

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RASTREIO: MAMOGRAFIA 50-69 ANOS A recomendação para as mulheres de 50 a 69 anos

é a realização de mamografia a cada dois anos e do exame clínico das mamas anual.

A mamografia nesta faixa etária a cada dois anos é a rotina adotada em quase todos os países que implantaram rastreamento organizado do câncer de mama.

Revisões sistemáticas recentes confirmam o melhor equilíbrio entre riscos e benefícios do rastreamento do câncer de mama neste grupo etário (KÖSTERS; GOTZSCHE, 2008; USPSTF, 2009).

Estima-se que o rastreamento bienal causa aproximadamente metade do dano observado quando a periodicidade é anual (USPSTF, 2009).

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RASTREIO: MAMOGRAFIA 40-49 ANOS Para as mulheres de 40 a 49 anos, a recomendação brasileira

é o exame clínico anual e a mamografia diagnóstica em caso de resultado alterado.

Segundo a OMS, a inclusão desse grupo no rastreamento mamográfico tem hoje limitada evidência de redução da mortalidade (WHO, 2008). A USPSTF considera que há moderada evidência de que a relação risco-benefício do rastreamento desse grupo etário é pouco favorável, e recomenda contra o rastreamento populacional nessa faixa etária (USPSTF, 2009).

As causas da pior relação risco-benefício do rastreamento em mulheres na faixa-etária de 40 a 49 incluem a maior densidade mamária que resulta em menor sensibilidade da mamografia, menor prevalência e incidência do câncer de mama e uma maior proporção de cânceres de intervalo, ou seja, cânceres que surgem entre rodadas de rastreamento (IARC, 2002).

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RASTREIO: MAMOGRAFIA > 70 ANOS Embora a USPTF tenha expandido a

recomendação de rastreamento para as mulheres na faixa etária de 70 a 74 anos, há menos evidências sobre os benefícios nessa faixa etária.

Além disso, em função da reduzida expectativa de vida, a probabilidade de sobrediagnóstico aumenta muito em mulheres com mais de 70 anos (USPSTF, 2009). Não existem evidências suficientes sobre possíveis benefícios e danos do rastreamento mamográfico em mulheres com 75 anos ou mais (USPSTF, 2009).

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RASTREIO: MAMOGRAFIA O rastreamento organizado, quando ofertado

para as mulheres entre 50 e 69 anos, com realização de mamografia a cada dois anos, pode reduzir em até 35% a mortalidade, desde que seja alcançada uma cobertura populacional igual ou superior a 70% da população-alvo.

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RASTREIO: MAMOGRAFIA

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RASTREIO ORGANIZADO Esses programas, também chamados de

rastreamento organizado, estruturaram suas ações em quatro componentes essenciais:

Populacional: definição e convocação da população-alvo.

Exames de rastreamento: garantia da oferta adequada de exames e organização de programas de qualidade.

Serviços de diagnóstico e tratamento: garantia da oferta de serviços diagnósticos e tratamento.

Coordenação: organização das referências e fluxos e monitoramento da cobertura, qualidade, acesso, oferta de serviços e resultados.

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RASTREIO ORGANIZADO É importante saber que a contribuição do

rastreamento para essa redução da mortalidade varia entre 30% e 50%, isto é, quando um programa de rastreamento reduz a mortalidade em 30%, o rastreamento contribui com 9% a 15%, enquanto que a melhoria do tratamento e do diagnóstico precoce contribui com 15% a 21%.

Programas de rastreamento somente serão possíveis caso haja o compromisso de todos os profissionais de saúde envolvidos, desde a convocação da população-alvo até o encaminhamento para as unidades terciárias de tratamento do câncer.

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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA

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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Em relação aos malefícios do rastreamento, temos

os resultados falso-negativos e falso-positivos e o sobrediagnóstico (overdiagnosis).

Os resultados falso-negativos e falso-positivos têm importantes repercussões clínicas e psicológicas e são minimizados por adequadas técnicas de execução do exame, garantidas por adoção de programas de qualidade em mamografia.

O sobrediagnóstico acontece quando se descobre um câncer de mama no rastreamento que, se não fosse pelo rastreamento, não teria sido diagnosticado e nem causaria problemas para a mulher.

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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Diversos estudos mostram que cerca de 1/3

a 1/5 dos cânceres identificados no rastreamento são considerados sobrediagnóstico.

Países ou regiões com baixas taxas de incidência tendem a ter mais malefícios em relação aos benefícios, quando comparados com países ou regiões com altas taxas de incidência.

Page 142: Sleo ca mama

PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Os benefícios do rastreamento na redução da

mortalidade e em tratamentos menos agressivos devem ser sempre ponderados em relação aos malefícios e riscos também presentes na adoção dessa estratégia.

Ao ofertar exames de mamografia à população assintomática, os efeitos negativos incluem a indução do câncer de mama por radiação [polêmico];

Taxa de resultados falso-positivos que implicam nos exames complementares e maior ansiedade nas mulheres;

Page 143: Sleo ca mama

PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Sobrediagnóstico (overdiagnosis) e

sobretratamento (overtreatment) de lesões malignas de comportamento indolente que serão identificadas e tratadas sem a certeza de sua evolução.

Alguns ensaios clínicos demonstraram que o sobrediagnóstico e o sobretratamento podem chegar a 30% (KÖSTERS; GOTZSCHE, 2008).

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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA Estima-se que a cada 2 mil mulheres convidadas

para o rastreamento populacional organizado durante dez anos, uma teria sua vida prolongada e dez mulheres saudáveis seriam tratadas desnecessariamente (KÖSTERS; GOTZSCHE, 2008).

É importante ainda considerar, que os grandes ensaios clínicos de rastreamento mamográfico foram realizados em países como Suécia, Canadá e Estados Unidos, onde a incidência de câncer de mama é bastante superior à encontrada no Brasil.

A menor prevalência da doença diminui o valor preditivo positivo da mamografia de rastreamento.

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PREVENTING OVERDIAGNOSIS: HOW TO STOP HARMING THE HEALTHY A 2009 systematic review in the BMJ

concluded up to one third of all screening detected cancers may be overdiagnosed.

However, even with strong evidence from population based studies, it is currently impossible to discriminate between cancers that will harm and those that will not.

Moynihan, R., Doust, J., Henry, D. BMJ 2012;344:e3502 doi: 10.1136/bmj.e3502 (Published 29 May 2012)

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RATES OF NEW DIAGNOSIS AND DEATH FOR BREAST CANCER IN THE US, 1975-2005. ADAPTED FROM WELCH AND BLACK

Page 147: Sleo ca mama

Screening for breast cancer with mammography.

Gøtzsche PC, Jørgensen KJ. Cochrane Database of Systematic Reviews 2013, Issue 6. Art. No.: CD001877. DOI: 10.1002/14651858.CD001877.pub5.

https://www.youtube.com/watch?v=8A9xuLmUHcQ&list=UUier2CaQeEuW1JOBn67ECjg&index=14

Page 148: Sleo ca mama

http://nordic.cochrane.org/sites/nordic.cochrane.org/files/uploads/images/mammography/mammography-pt.pdf

Page 149: Sleo ca mama

Twenty five year follow-up for breast cancer incidence and mortality of the Canadian National Breast Screening Study: randomised screening trial

Miller, et al. BMJ 2014;348:g366 doi: 10.1136/bmj.g366 (Published 11 February 2014)

Page 150: Sleo ca mama

Abolishing Mammography Screening Programs?

A View from the Swiss Medical Board

Biller-Andorno, N. and Jüni, P. DOI: 10.1056/NEJMp1401875

Page 151: Sleo ca mama

Sobrediagnóstico, un problema clínico, ético y social

Juan Gérvas y Mercedes Pérez Fernández

FMC. 2014;21(3):137-42

Page 152: Sleo ca mama
Page 153: Sleo ca mama

LEMBRE-SE: CONHECER OS PRÓS E CONTRAS DOS MÉTODOS DE RASTREIO MELHORARÁ A QUALIDADE DA ATENÇÃO A SUA PACIENTE!

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CUIDADOS PALIATIVOS

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Além da dor e outros desconfortos físicos para o indivíduo, o câncer causa impacto de ordem psíquica, social e econômica, tanto para paciente como para seus familiares. Perdas econômicas devido ao câncer são óbvias: custos diretos (hospitalares, medicamentos, outros serviços de saúde) e custos indiretos (potencial produtivo perdido e sobrecarga do sistema previdenciário) (SILVA; HORTALE, 2006).

Page 156: Sleo ca mama

Cuidados Paliativos consistem na atenção promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. (WHO, 2012)

Page 157: Sleo ca mama

Os profissionais devem reconhecer os limites da medicina e evitar o excesso de tratamento ou tratamento não adequado dentro de um contexto tão específico, dentro dos conceitos da distanásia (morte com sofrimento que poderia ser evitado), seguindo os quatro princípios definidos por Beauchamp e Childress – o respeito pela autonomia, a beneficência, a não maleficência e a justiça (BEAUCHAMP; CHILDRESS, 1994).

Page 158: Sleo ca mama

Devem ser oferecidos o mais cedo possível no curso de qualquer doença crônica potencialmente fatal, garantindo uma abordagem que melhora a qualidade de vida de pacientes e suas famílias.

Idealmente, os cuidados paliativos devem ser prestados à época do diagnóstico de doença avançada ainda que haja dúvidas quanto à possibilidade de cura, sendo desenvolvido de modo dinâmico, envolvendo a transição do cuidado ativo para o cuidado com intenção paliativa, adaptados para as crescentes necessidades dos doentes e dos seus familiares, à medida que a doença progride.

Page 159: Sleo ca mama

OS CUIDADOS PALIATIVOS VISAM:Garantir melhor qualidade de vida.

Controlar a dor e os demais sintomas estressantes.

Facilitar a desospitalização.Contribuir para reduzir a realização

de exames complementares quando os resultados não mudam a terapia.

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OS CUIDADOS PALIATIVOS VISAM:Evitar o uso de terapias ineficazes e

potencialmente danosas aos usuários.

Enfatizar o tratamento domiciliar em detrimento do tratamento hospitalar.

Preparar os cuidadores para a realização, em ambiente domiciliar, de cuidados antes restritos às instituições.

Page 161: Sleo ca mama

A família deve ser ativamente incorporada nos cuidados prestados aos doentes e, por sua vez, ser ela própria objeto de cuidados, quer durante a doença, quer durante o luto.

Para que os familiares possam, de forma construtiva, compreender, aceitar e colaborar nos ajustamentos que a doença e o doente determinam, necessitam de receber apoio, informação e educação.

Page 162: Sleo ca mama

OS CUIDADOS PALIATIVOS VISAM: Reafirmar a vida e ver a morte como

um processo natural. Não antecipar e nem postergar a

morte. Integrar aspectos psicossociais e

espirituais ao cuidado. Oferecer um sistema de suporte que

auxilie o paciente a viver tão ativamente quanto possível até a sua morte.

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NESSE SENTIDO, SÃO OUTORGADOS OS SEGUINTES DIREITOS AO PACIENTE TERMINAL (GÓMEZ, 1998): Ser tratado como pessoa humana até

morrer. Ter esperança, não importa que

mudanças possam acontecer. Ser cuidado por pessoas que mantêm

o sentido da esperança, mesmo que ocorram mudanças.

Expressar, à sua maneira, sentimentos e emoções diante da morte.

Page 164: Sleo ca mama

NESSE SENTIDO, SÃO OUTORGADOS OS SEGUINTES DIREITOS AO PACIENTE TERMINAL (GÓMEZ, 1998): Participar das decisões referentes aos

cuidados e tratamentos. Receber cuidados médicos e de

enfermagem mesmo que os objetivos de cura assumam o sentido de objetivos de conforto.

Não morrer sozinho.Ser aliviado na dor e no

desconforto.

Page 165: Sleo ca mama

NESSE SENTIDO, SÃO OUTORGADOS OS SEGUINTES DIREITOS AO PACIENTE TERMINAL (GÓMEZ, 1998): Ter suas questões (formuladas ou

sugeridas) respondidas honestamente.

Não ser enganado. Após aceitar a morte, receber ajuda

dos familiares e que estes também sejam ajudados.

Morrer em paz e com dignidade.

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NESSE SENTIDO, SÃO OUTORGADOS OS SEGUINTES DIREITOS AO PACIENTE TERMINAL (GÓMEZ, 1998): Conservar a individualidade e não

ser julgado por decisões que possam ser contrárias às crenças dos demais.

Discutir e aprofundar a religião ou experiências religiosas, seja qual for o seu significado para os demais.

Esperar que o corpo humano seja respeitado.

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NESSE SENTIDO, SÃO OUTORGADOS OS SEGUINTES DIREITOS AO PACIENTE TERMINAL (GÓMEZ, 1998): Ser cuidado por pessoas sensíveis,

humanas e competentes que procurarão compreender e responder a suas necessidades, além de ajudar a enfrentar a morte e garantir privacidade do paciente.

Considera-se de suma importância o respeito dos direitos descritos acima, pois, somente dessa forma, conseguir-se-á manter uma convivência eficaz durante a assistência à fase terminal e à morte.

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No sentido de prestar uma atenção integral, nesta complexa rede composta pelos serviços de saúde, às pessoas com doença neoplásica avançada, é importante:

Adequação do processo de trabalho para que esteja inserido na rede de Atenção Oncológica regional ou estadual conforme diretrizes da Política Nacional de Atenção Oncológica.

Compartilhamento dos casos e de seus projetos terapêuticos entre os profissionais que compõem o cuidado do paciente, assim como com outros serviços (ex.: Atenção Básica).

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Formação de protocolos e pactuação de fluxos – estabelecendo os mecanismos de relacionamento de comunicação entre os serviços.

Formulação de uma política relativa à formação, ao desenvolvimento profissional e a educação permanente dos trabalhadores da Saúde (nível técnico e superior nessa área).

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CUIDADOS PALIATIVOS A morte é um dia

que vale a pena viver: Ana Claudia Quintana Arantes at TEDxFMUSP

https://www.youtube.com/watch?v=ep354ZXKBEs

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ORIENTAÇÕES PARA AS MULHERES

Page 172: Sleo ca mama

1- CONHEÇA SEU RISCO Converse com sua família para conhecer

a história de saúde da sua família.

Fale com seu profissional de saúde sobre seu risco pessoal de câncer de mama.

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2- FAÇA RASTREIO Pergunte ao seu profissional de saúde

quais testes de rastreio você necessita, conforme seu risco pessoal.

Procure realizar uma mamografia bienal, iniciando aos 40 anos, se você não tem risco aumentado.

Procure realizar exame clínico das mamas a cada 3 anos, iniciando aos 20 anos, e a cada ano a partir dos 40 anos.

Page 174: Sleo ca mama

3- SAIBA O QUE É NORMAL PARA VOCÊ Procure seu profissional de saúde se perceber

qualquer uma destas mudanças em suas mamas: Bolinhas, nódulos ou espessamento dentro da

mama ou axila. Inchaço, calor, vermelhidão ou escurecimento da

mama. Alterações no tamanho ou forma das mamas. Ondulações ou rugas na pele da mama. Coceira, descamação ou vermelhidão no mamilo. Retrações do mamilo ou outras partes da mama. Secreção do mamilo que inicia subitamente. Uma nova dor, que não melhora

Page 175: Sleo ca mama

4- FAÇA ESCOLHAS SAUDÁVEIS Mantenha um peso saudável Acrescente exercícios físicos a sua

rotina. Limite a ingesta de álcool Limite o uso de hormônios na

menopausa Amamente, se puder.

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CÂNCER DE MAMA: RASTREAMENTO Mesmo nos países com rastreamento mamográfico e boa

cobertura, mais de 40% dos cânceres são identificados inicialmente como massa palpável, sendo a maior parte desses casos identificados pelas próprias mulheres (MATHIS et al., 2010).

A informação sobre a detecção precoce do câncer de mama, incluindo não apenas os sinais e sintomas para o diagnóstico precoce, mas também a importância, os limites e riscos das ações de rastreamento, deve ser amplamente disponível à população, especialmente às mulheres dos grupos de maior risco para a doença. Estratégias de ampliação da comunicação e do diálogo com a população devem ser traçadas pelas equipes de atenção primária, com o objetivo de promover a escolha informada e o exercício da autonomia na aderência a protocolos de rastreamento.

A questão é: qual a estratégia para reduzir o número das que NUNCA receberam o teste?

Page 177: Sleo ca mama

PACE, KEATING (2014)

Page 178: Sleo ca mama

CACHORRO QUE TEM DOIS DONOS, MORRE DE FOME Estipular funções, responsabilidades e metas

em conjunto ajudam a atingir objetivos e evitar falhas.

Page 179: Sleo ca mama

CÂNCER DE MAMA DISCUSSÃO DE CASO

AVALIAÇÃO DO CURSO

CERTIFICADO: http://

sagu.ghc.com.br/miolo20/html/index.php?module=academic&action=main:document:generateReport&report=certificado_rapidos

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OBRIGADA A TODOS!